PINTORA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA Graça Fontis DERRIDA O POEMA #DERRIDA DISSOANTE DESCONSTRUINDO VENTOS FRIOS#
E neste espaço campal cujo o impressionante bizarro
aclareia a superfície formatando um espetáculo lirial, impressionável às minhas
cogitações, inerte não ficarei, enroscar-me-ei aos seus e aos meus próprios
delírios em conformidade a quaisquer inclinações moventes
"dimanizadas" dos pretéritos e presentes,
como a autenticidade empírica a guiar-me nos
projectos exequíveis até então claudicantes, ora precisos, cordatos e análogos
ao que vejo de susceptível às expectações eidéticas de um acordar feliz para
reportar-me imergido na luz onde minhas idéias mais irão diastasiarem-se, só
então dispersar-me-ei extraordinariamente dentre as coisas futuras, sem
esmorecimentos e bem mais vertiginoso ao presente molestador, contando com
minha preponderância celerérrima para obstruir as tentações transparentes e
vigentes às águas de correntezas sinuosas a guardarem as costeiras interditadas
aos olhares vazios da percepção, porquanto meus passos mentais régios e
voláteis no afã dos muitos acordes internos determinam harmonicamente os
semi-tons a serem transcritos por um REPENTISTA excentre-escalador
consciencioso das palavras espraiadoras dos sentimentos ritmizantes da vida num
sofisticado arranjo de tons ou menos tons que se sucedem nas alegrias e
dificuldades cuja representação há-de ser compreendida.
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#DERRIDA DISSOANTE DESCONTRUINDO VENTOS FRIOS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA
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Nala katu
Nala katu
Nala katu
Entre na roda-jingle
E jangle a jinga
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Só risos rindo de ridas loucuras
Tédios entediados entediando
Passos passados passando pés
Pesos pesados pesando medos
O mesmo entendia o zero
O estresse enlouquece
Mundo sem freichas cobrindo abismos
Entre serras distantes de longínquos olhares
Carências, sagas aboletando desdéns
Dúbias dúvidas dispersando longevas visões
Vou de nadas às costas reverberando presenças
Antes que o tempo entre cores
Madureire os finalmentes nas sombras
Torno-me eco passivo
Tecendo de quimeras bizarros campos íngremes,
Sendas primitivas preambulando espaços vazios
A palavra espacializa pretéritos instantes
Inda vertiginados de vestígios contrários
Sentinelas,
Exílio orgulhoso inda que tudo
Sejam representações
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Katu Nala
Katu Nala
Katu Nala
Entre na roda-jingle
E jangle a jinga
A meia barbárie ao lado da cultura
Visa os frissons das hipotéticas
Sensações eclodidas de sopros místicos, legendários
Respingados de arbítrios que emitem
Sonoros verbos do sublime,
Brilhantes estrelas de neve
Sabem expressar níveas desilusões
Pressupondo crença nobre,
Limites no Éden das teogonias,
Palavras palrando letras invisíveis,
A flor o cálix inclina
Lapsos do ânimo consubstanciando vazios re-versos,
Soletrar três letrinhas sábias
Nada de surrealizar profusos retornos
Rogando desérticos tédios
Nos interditos dialécticos do patético e
labiríntico,
Doce loucura o mesmo que dura,
Sonegando as etiquetas em certa espécie de
mergulho,
Derrida dissoante desconstruindo ventos frios
Das idéias, pensamentos
Violentar a morte
Abrindo-lhe frincha para a vida.
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Nala katu
Nala katu
Nala katu
Entre na roda-jingle
E jangle a jinga
Rir a todos os ventos
Dentro e fora das comédias cênicas,
Liberdade pequena e obscura do mundo,
Rio do desprezo por me ver rolando nas correntezas
Nostálgicas das origens e germinações
#riodejaneiro, 20 de janeiro de 2020#
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