#TEMPO-BOI# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
O tempo-boi
me deixa vazio, acontecendo no acontecer que me criva de balas, retalha a
sabres; quero pontuar a alma dos pastos de meu regresso passado, quero marcar
boi-tempo, tenho de criar palavras para, na forma circunspecta,
en-si-{mesmada}, estilo e linguagem colocarem versos na prosa, prosa nos
versos, comungarem sentimentos e idéias em busca das verdades que me habitam a
alma, sentimento da “casquinha” de felicidade e alegrias passageiras,
Às avessas
da in-finitude, semeando a sempre-viva consciência, ética e estética das
dialéticas da iluminação, acompanhada de vivacidade, de que saciar as fomes e
sedes da humanidade é con-templar o verbo amar, de que regar as volúpias da
essência do pó-ema do ser é vis-lumbrar, a-lumbrar, des-lumbrar, na continuidade
das esperanças, caminho sinuoso das estrofes, na continuidade dos amores, na
des-continuidade das sensações, sentimentos e emoções.
O tempo-boi
deixa-me lerdo, olho as coisas, não abstratamente como poderia eu pensar, mas
indiferente ao que são, para que servem, se existem, se não existem, para mim
não tem a menor importância, nem eu que olho tenho importância neste momento;
bom amar, desamar, morder, coaxar, uivar, desesperar, bom mentir, sofrer, o
mundo murchar e abraçar cinchadito ao máximo.
Às re-versas
e in-versas da sublim-itude, ensaiando intimamente a música, que só o íntimo da
alma sabe e conhece, de espíritos da vida singularizando, entre-laçando os
ideais e sonhos com as raízes da verdade, cria-se, inventa-se o aforismo da
leveza do sublime.
Antes o
nada, depois o cosmos...
#riodejaneiro#,
11 de junho de 2019#
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