ANA JÚLIA MACHADO ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA ANALISA E INTERPRETA A SÁTIRA #CAMBIOCOZANDO DES-CAXIMBOS#
Neste texto de Manoel Ferreira Neto, CAMBIOCOZANDO
DES-CAXIMBOS . o escritor optou por um estilo de escrita diferente…não
totalmente porque é um escritor que escreve sempre de modo diferente de
qualquer escritor, uma escrita muito peculiar e que nem todos ou direi muito
poucos o entendem. E aqui eu tive muita dificuldade de analisar este texto,
pois penso que o autor optou por um estilo que muitos lhe chamariam louco, onde
ele próprio intitula as loucuras, onde profere que são benéficas, a não ser
quando não cura e deixa os seres enfermos. O que ele usa é a pura poésis…a
criação de novos meios linguísticos…como o caso de Zaratustra, cavernas de
Mefistófeles que ele mesmo menciona.
A sociedade contemporânea pode ser entendida e
investigada por incalculáveis meios de comunica-ção e tipos distintos de
notícias e manifestações. Dessa forma, residimos em um planeta no qual somos
exaustivamente acareados com imensas novidades. Previsivelmente, pode ser
difícil para alguns autenticar a pertinente utilidade do dialeto na estrutura
dos significados e, logo, da sociedade e do apropriado planeta em si. As
grandes renovações abonam ao homem uma infinidade de faculdades que excedem o
que poderíamos cogitar para o progresso. Porém, é essencial destacar-se que a
linguagem está intrincada em todo progresso humano. É através dela que o homem
transmite, concebe, reinventa e, acima de tudo, identifica-se como indivíduo.
Nesse sentido, o estudo das letras é mais do que enriquecedor sob a estesia do
Pós-Modernismo, considerando-a anteriormente em sua ponderação às estruturas
linguísticas e ao bate-boca acerca da metalinguagem, pode originar em uma
investigação criadora em significados. Tendo em visão que essas diegeses
acarretam reflexões concernentes no que diz respeito ao papel essencial da
linguagem na edificação da precisão e da identidade dos sujeitos (fictícios e
históricos). Sendo que o Pós-Modernismo, por si, nos arrasta a uma investigação
cuidadosa que ambiciona indagar e patentear o intuito dos constructos
linguísticos ao modificar a H(h)istória, facultar linguagem aos marginalizados,
transformar uma realidade e arquitectar identidades.
O Zaratustra foi um renovador devoto e vaticinador
que passou sete anos num fundo de uma caverna … Zaratustra quando proferiu
certas expressões em que em algumas delas contempla o povo e silenciou, e diz…
Aí encontram-se eles e gracejam, murmurou para seu coração, não me entendem,
não sou a boca para esses escutados. Será necessário previamente partir-lhes as
orelhas, para que apreendam a escutar com os olhos? Será necessário estrondar
como os timbales e os missionários da penitência? Ou crerão apenas num homem
que titubeia? Eles hão algo de que se envaidecem. Como alcunham mesmo o que os
faz vaidosos? Apelidam de cultura é o que os diferencia dos campinos de chibas.
Por isso não aprovam escutar o verbo ‘desconsideração’ quando se verbaliza
deles. Então pronunciarei ao seu orgulho. Então lhes pronunciarei do que é mais
ignóbil: ou seja, do derradeiro indivíduo.
Aqui acontece o mesmo no texto do escritor, ao
redigir deste modo…fala ao orgulho dos vaidosos e dos ignóbeis…
Sinceramente, não sei se é esta a ideia que o
escritor pretende ou não…
Ana Júlia Machado
Perfeita, de excelência a sua interpretação e
análise. Um texto que me surgiu inesperadamente, e não me levou muito tempo
para compô-lo, produzi-lo, fluxo de idéias e pensamentos. Só ouvia o barulhinho
dos digitos do computador. Jamais escrevi neste nível, um texto inédito no meu
acervo.
Havia muito tempo que desejava falar, como você o
diz, Ana Júlia Machado, "... ao orgulho dos vaidosos e dos
ignóbeis...", não apenas lhes partindo as orelhas, mas lhes cortando a
língua, retalhando-a, para que aprendam a escutar com os olhos, sobretudo
escreverem com os instintos, não confiro ninguém na Modernidade escutando com
os olhos, escrevendo com os instintos, isto porque de Literatura não entendem
bulhufas, não sabem escrever utilizando das dimensões essenciais e
imprescindíveis dela, arrabiscam letras e chamam de Literatura, sentem-se escritores
e poetas, decantam-se e recitam-se poetas e escritores - e onde está a
"POÉSIS" que a identifica? Em lugar algum. E para criar esta Poésis,
fazia-se mister a criação de novos meios linguísticos.
É preciso resgatar a linguagem com que o homem transmite,
concebe, reinventa, e assim encontrar o "indivíduo" que está perdido
no mundo e na História, sobretudo o escritor que perdeu in totum a sua
individualidade. Óbvio que não sou boca, não sou língua para estes escutados,
pois na minha Literatura sou o indivíduo que fala, que expressa, e com a
Linguagem específica da arte literária, que fui assimilando ao longo do tempo
através de estudos e da própria escrita. O recurso para atingir os meus
propósitos foi a loucura da linguagem, mas que apresenta a consciência de como
anda o mundo e humanidade em todos os níveis, especialmente o mundo da
linguagem. Então, CAMBIOCOZANDO DES-CAXIMBOS é aquele uivo altissonante do lobo
no alto da colina: "Eis aqui o derradeiro escritor", renovando
conscientemente a linguagem literária, como o fez o Modernismo da Semana de
Arte Moderna de 1922, revolucionaram e enriqueceram a Literatura, sem perder a
sua Poésis.
Em verdade, em verdade, o meu grande mestre da
Linguagem, da Poésis é Zaratustra, ele que me ensina a escrever com os
instintos, sobretudo neste texto. Aliás, após este texto, é preciso revisitar
toda a minha Literatura e analisá-la sob outros prismas, em especial a Poésis,
que, aliás, nesta sua crítica, interpretação e análise, já está presente, a
ESTRUTURA DA POÉSIS.
Perfecta, perfectíssima a sua Crítica. Parabéns,
Aninha Júlia.
Beijos nossos a você e à nossa netinha Aninha
Ricardo!
Manoel Ferreira Neto
CAMBIOCOZANDO DES-CAXIMBOS
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA
Epígrafe:
Cambiocozo as palavras, des-caximbo-lhes os
sentidos des-entres importâncias.(Manoel Ferreira Neto)
Escalafobéticas palavr-idades, que não são
fobéticas palavras de alfabéticos sentidos dicionarizados de idades escaladas
nos delírios das intelectualóidices das inspirações bárbaras dos jogos de
sentidos varridos nas loucuras da forma e do conteúdo, mas obrando nos delírios
da criatividade e da genialidade, tudo fobetizando com sentidos e com tidos,
com os des-entres das linhas e ditos nos ins da sem-lógica, na alegria com
delírios e derosas, idílios e crisias nas pós das inspirações e inspiradoentes
e as bárbaras, nada que uma navalha ou gilete de aparelho na quebra das bordas
e das pontas apesar que é melhor que não valha ninguém porque é feio, né?
As loucuras são boas, o duro é quando lou não cura
e deixa nos doente né? E falando sobre o con-cebo, dá pra fazer sabão, porque
sem sebo o sabão vira um saruim. E sem o saruim das idades escalafobéticas das
palavras, o duro é curar o lou do doente no sabão ou no nete do sabo, que não é
sapo coaxando no jardim de lírio e orquídea, são tudo flores, mas sabo de
lesbos no romantismo frenético de sua ilha mágica na des-magia da libo, também
pode ocorrer ou andar des-caximbando os cambiocozados invejosos dos talentos e
dons, se não der pra correr, que ficamos butecarizados, de absinto e conhaque
no tido do sem-senso e na briaguês da cura da lou, ou melhor, barbarizados
pelas barbaridades que não são as idades das barbas, os brancos da id-ent-idade
barbárica de hipo e crisias, não crates nas crateras de Zaratustra, cavernas de
Mefistófeles, nos anais das idades falsas da certidão de nascimento, no cimento
das bases seculares e milenares nas roses do neu, não no breu dos esquizos
princípios do não e do sim, e somos obrigados, que não são gados obrando a
ficar calados, que não são ovelhas brigando com as marias-vão-com-as-outras,
seguidores do nada nas vaquejadas grandes nos sertões das veredas e das sendas
do nonada e da travessia, só não sei se são calados direito ou calados
esquerdo, se na esquerdice de lesbos os sabos da imaginação e criatividade
darão lírios de libos, orquídeas de animas, se na direit-ice da crates de hipo
da linguagem e estilo darão samambaias de Sisifo, na pedra que não cai no meio
do caminho, só quando chega ao topo da montanha, é bom, mas se precisa do
criapassivo, da passividade da criação, que só satisfaz à cria do mesmo e do
vulgaresmo, também pra se ter um resultado tanto profundo, quanto pro raso né?
#riodejaneiro#, 15 de junho de 2019#
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