#ESTÂNCIAS ASPERGIDAS DE ENIGMA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Noite lá
fora, luz no quarto, ruído de vida... O mágico agora não é um mais agora,
simples presente diferenciado, mas está carregado de passado e pleno futuro.
Inverno
embevecido de estrelas dançantes onde o In-finito entrelaça sentido ardente à
liberdade do presente que ficou volátil, ao deus-dará, às águas claras onde a
lua nada deliciada na essência do ser, elas são infinitas; no trans-curso do
tempo são o oceano cultivando as delicias de serem ondas em direção à praia,
ondeando o itinerário de corcovas, espectáculo de movimentos cadenciados da
parassíntese em profusão e deleite, a atmosfera oceânica convida ao sonho, ao
recolhimento, suaviza a alma de suas contingências, evangeliza o espírito,
sensibilizando-lhe as esperanças, livrescendo o ser de quimeras, o luar
maravilha com cores de sonho o in-finitivo do além, no outro lado do oceano as
flores são mais exuberantes, perfumes extasiantes, coração e inspiração entram
em ascese rumo ao cerne do Verbo nos interstícios entre as vozes silenciosas
silenciadas de silêncios e os silêncios sussurrados de sussurros bemóis.
Eternamente
conheci o bem-querer, colocando em pers-pectivas de querença de prímulas
íntimas idolatrando o viço do selvático da realidade, aquele que só à dita
transporta, mistura de sensações, mesmice, carme que versam a representação em
verbos que desnudam as versejas do bem-querer, estâncias aspergidas de
processos e ilusões da alma em enigma rezam de investigar o futuro deificado,
eternizado à prosa, estesia oposta à imaginação que revigora o admirar e
presenteia júbilo à tranquilidade melodiosa da querença imortal. Canto a minha
balada aos que se encontram solitários ou em solidão a dois, e o desejo é que,
quem inda não ouve o que nunca se ouviu, sinta a aventura oprimir-lhe o peito.
A harmonia,
quedou em minhas garras, em minhas unhas afiadas de gato angorá, olhares de
lince da coruja solitária no galho de oliveira, na lamentação dos panos, em
irmandade com as escuridões, baixando bonanças, pronto o admirar...
#riodejaneiro#,
14 de junho de 2019#
Comentários
Postar um comentário