(TESE) - EFÊMERO E O NADA - ENSAIO POIÉTICO DOS CAMINHOS DA LUZ - Manoel Ferreira
1.1
- SUBLIME DE MÍRIADES DO VERBO DO IN-FINI-TIVO
Epígrafe:
Sou
letras que buscam expressar o Espírito do Verbo em comunhão com as
contingências da alma.
Se amanhã houvesse de numinar o ipsis
das metáforas da plen-itude que re-versa o além das con-ting-ências com os
confis do abismo, quando a re-novação das esperanças se faz no entre-laçamento
nupcial dos volos de verbos cujas gerências são lumes da dialética do nada e
ser, na koinonia simbólica dos latinos lácios do infinitivo circunvagado de
versos e estrofes do perpétuo nada, poiésis e poiética da linguística pura e
prática do vazio, poemática do absoluto. Alvorecer de hoje visto sob os linces
de amanhã, visão do imperfeito subjetivo das quimeras e fantasias, perfeição do
indicatrivo que verbaliza os particípios do tempo idealizando as peren-itudes
de arribas em pleno baile de balalaikas e fados de nostagias e melancolias.
Se amanhã houvesse dee omnipresentar a
luz cristalina que incide no riacho de águas notívagas, os raios numinosos do
sol que incidem nos campos de flores silvestres, e a sombra na calçada da
tabacaria resplendendo de serenidade a imanência das glórias, e à soleira das
grutas de estalactites o canto da coruja saudando o silêncio milenar do
genesis, solidão secular do cântico dos cânticos sob a cintilância da lua nova
que perfect-erseja o sublime de miríades do verbo do infinitivo, hoje
simplesmente estivera eu sentado na rampa de meu casebre, a-nunciando o
alvorecer, ouvindo o trinar de um pássaro que me inspira a solicitar do que
trans-cende o além o forclusivo ritmo da etern-itude e no de-curso e per-curso
do dia alumbro os nadas e vazios à luz interstícia e inter-dita do sublime,
creio e re-crio imagens e faces do vir-a-ser
Se amanhã houvesse de memorizar as pers
de pectivas do instante vivido e vivenciado de sentimentos e emoções, as pers
da cusciência do logus e gnoses da liberdade e consciência, quando os
uni-versos e horizontes do há-de ser abrem suas venezianas para os solstícios
do trans-cendente, quando a neblina nívea perpassa as brumas do nada, feliz e
saltitante por vislumbarem a travessia do vazio em direção às forclusivi-itudes
da esperança perfeita, divina da ribalta do silêncio, picadeiro da solidão,
onde, não vez por todas, mas todas as vezes, digo a mim nalguns momentos, como
este, sentado no centro do picadeiro, em posição de re-flexão, meditação, um palhaço
que conquistou diferentemente com as letras que sou, sou as letras que buscam a
expressão do Verbo do Espírito, em comunhão com as con-ting-ências da alma,
hoje tão unicamente estivera eu, houvera a mim estado e pensando, quiçá
elucubrando, as nuvens brancas no espaço celeste , perfilando o ossuário do
uni-verso, cont-templando a montanha coberta de neblina, o tempo nublado,
chovera na madrugada, chuva que só estiou às cinco e meia da manhã, hora de
enviar flores para a amada, via bate-papo do facebook, (se não o fizer, todos
os dias, ela reclama, fica como diz "de rabo azedo); estivera cachimbando,
sentado na cadeira de balanço, olhando de viés as coisas e objetos, fortuitas
as idéias que bailavam na mente, eram tristes e ensimesmadas.
Se amanhã houvesse de elencar os
momentos de felicidade de "filicidade" vivenciados, sorriso de orelha
a orelha, o peito arfando, dizendo-me a mim em palavra a vida me fora solidária
e compassiva, legou-me inúmeras conquistas, só prazeres e alegrias, hoje estaria
escondendo a cabeça debaixo da coberta de tanta vergonha da crassa e ruça
mentira de a vida haver sido plena de felicidade e alegrias, coisas do amanhã,
prefiro a realidade pujante de hoje, se o amanhã houver, quiça elenque os
pensamentos forclusivos da eternidade, quando no mundo só as cinzas de mim
mistruradas na terra. Aeternitas. Libertas.
Se amanhã houvesse de..
Se amanhã houvesse de...
Se amanhã houvesse de...
Se amanhã houvesse de ser o verbo da
carne...
Eis o "sou de mim". Eis o
"tecedor de palavras" em nome da busca da expressão do Espírito do
Verbo, em comunhão com as con-tingências da alma.
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