(TESE) - EFÊMERO E O NADA - ENSAIO POIÉTICO DOS CAMINHOS DA LUZ - Manoel Ferreira
II CAPÍTULO
2.1 - O TEMPO E O VENTO
2.1.3
- MIUDEZAS DO IN-FIN-ITIVO
Miudezas do in-fin-itivo eivando de
luzes e sombras verbais a contingência de só efêmeros na jornada da vida.
Nada de ab-soluto, nada de eterno,
seivando de pectivas do ser ou não-ser as pers re-versas in-versas, ad-versas
de abismos e vazios. Nada adianta fazer as palavras bailarem ao ritmo das
buscas e desejos da compreensão, cumpre con-sentir com a liberdade da id-ent-idade
alicerçada, construída com as contradições do desejo e realização, a leveza do
ser se a-nuncia. Permitir angústias e tristezas, nostalgias e melancolias
naufragando nos ab-surdos do tempo, aceitar a morte sem haver alcançado o eidos
das plen-itudes.
Pretéritos de nada Sonhos molhados de
imperfeitas sensações. Particípios do efêmero. Magia de vida, ontem do caminho
adiante. Gerúndio de vazios. Subjuntivos da liberdade de des-fiar a linha sem
limites no uni-verso das coisinhas vivenciárias e vivenciais. Letras que
inscrevem sinais do vir-a-ser.
Des-aparender o instante-limite,
absurdo nauseabundo do não-ser, escancarar as venezianas do re-conhecer a
proximidade do longinquo se encontra, estabelece-se nas ipseidades da
continuidade dos sonhos e esperanças do verbo que conjuga seus modos de
interação com os horizontes por onde as cores diáfanas e cristalinas do
arco-íris per-vagam, circun-vagam nos eclipses do espaço pético, po-emático das
miudezas da felicidade que nada são senão inspiração e impulso para o inaudito
de mistérios e enigmas, des-compassado de ritmo e melodia, murmurando,
ruminando, sussurrando o silêncio da solidão, emudecendo os paradigmas do
solipsismo.
Genesis do caos. Apocalipses de nonadas
elevando as travessias aos auspícios do tao ser do eidos do silêncio que todos
chamam de sala de vista da re-flexão da coruja cantando o desértico de quimeras
e ilusões, fantasias e sorrelfas, mas o som é a fertilidade que trafega nos
joios da mauvaise-foi e diz com ternura, carinho, amor, caráter a cáritas em
sendo concebida no elisio campo de orquídeas, flores silvestres, sendas e
veredas de cáctus ao longo das poeiras que preenchem o coração de volos e
êxtases da utopia.
Cosmos de pretéritos. Forclusions de
subjuntivos inspirados no gerúndio, participando com abstratos do porvir.
Cenário. Performance. Teatro do alvorecer de amanhã à luz de hoje, hoje de
cobrir de amor e paixão as poeiras do uni-verso.
Amanhã não houve, houve o hoje de
amanhã, amanhã nada é, hoje é o elísio do mar que sonha a praia de gaivotas
ciscando o novo vôo para o in-fin-itivo das miudezas do além.
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