(TESE) - EFÊMERO E O NADA - ENSAIO POIÉTICO DOS CAMINHOS DA LUZ - Manoel Ferreira
IV CAPÍTULO - O NADA E A ARTE LITERÁRIA
4.13 - TAO SER DA VIDA
Eidéticas pers de palavras inscrevendo no
silêncio os volos dos desejos de, no In-finito, entupigaitado de verbos,
a-nunciação de horizontes e uni-versos outros de estesias dos sonhos da beleza
e do belo, as esperanças do eterno se alimentem das seivas divinas, saciando a
sede do ab-soluto que per-vaga solitário nas bordas de confins, carente nos
frontispícios de arribas, desejando ser revelado no
seu eidos de sensíveis dimensões da verdade, do pleno.
Ruminâncias de ouro e riso, peregrinas luzes do ser
iluminando de pectivas do que trans-cende as con-tingências do nada,
enveredando-se na solidão do tempo, querência de futurais caminhos que re-velem
o espírito da alma, em pleno conúbio com as imagens lúdicas que floram simples
na própria floração, ser de éresis, iríases, iríadas, pleno de plen-itudes, no
horizonte longinquo res-plandece o arco-íris, cores vivas, cintilantes
preenchem os vazios do espaço, e sentimentos eivados de a priori eidéticas do
silêncio, re-velando os interstícios do ser, glorificam de semânticas e
linguísticas as "itudes" fenomenológicas das estéticas que nascem, floram
nas suas facticidades, "itudes" da liberdade, éritos do vento que
sopra os idílios do in-fin-itivo, cristalina visão da estética da solidão que
a-nuncia o outro outro das paisagens silvestres a embelezarem os campos elísios
da eternidade que se mostra inda que longínqua, a face en-si-mesmada de
preceitos e dogmas que se foram acumulando ao longo das idéias, ideais e
ideologias, o nada saltita de êxtase e gozo, quem sabe o prenúncio de suas
facticidades serem re-colhidas e a-colhidas, tornando-lhes poiésis que
versificam e versejam as pers do sublime encontro com a verdade, abstraindo-se
de si as inverdades, solstícios de pretéritos crepúsculos que en-velavam a
visão límpida do vir-a-ser, o que suprassume a con-ting-ência e mostra a face
lúdica e trans-versal das essências florais, espendendo o perfume semântico do
verbo tornado poiética das sublim-itudes do ser e tempo, do tempo e vento, do
efêmero e in-cognoscível. A fé trans-cende a solidão do ser e o ser trans-cende
a solidão da fé. A solidão trans-cende o ser da fé. O efêmero con-ting-encia o
nada e o nada trans-eleva o efêmero aos auspícios do In-finito. In-finito de
imagens. In-finito de paisagens. In-finito de panoramas.
Orvalho cobrindo os campos de suavidade e ternura,
de sonhos e esperanças de, no alvorecer, luzes e raios do sol trans-eleve-o do
in-finito in-fin-itivo das eidéticas poiésis do perpétuo, perpétuo que é
travessia de nonadas ao tao ser da vida, ao sol numinoso, cujos raios lumiam os
mistérios do ser-no-mundo.
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