(TESE) - EFÊMERO E O NADA - ENSAIO POIÉTICO DOS CAMINHOS DA LUZ - Manoel Ferreira
4.14 -
DE ÉRESIS FUTURAIS OS VOLOS DO PLENO**
In-finito. Imensidão. Silêncio.
Solidão. Distância. Long-itude.
Flora a poesia entre o in-finito e o verbo do
espírito, espaço, uni-verso, horizonte de paisagens, imagens se a-nunciando
livres, versos e estrofes re-velando a busca do belo, estesia de sentimentos e
emoções, êxtase de utopias, gozo de desejos e esperanças colorindo de éresis
futurais os volos do sonho do pleno. Con-templação
do pleno das plen-itudes que pervagam o silvestre do tempo, da ser-ência das
etern-itudes que circun-vagam a natureza dos campos.
"A poesia se faz entre a palavra e o
silêncio". Miríades de sentidos perpassando caminhos, sendas e veredas,
volúpias do ser, solidão da alma na querência da liberdade de mergulhar na
com-plet-ude dos in-fin-itivos verbais, suprassumindo a tragédia do nada,
superando as ipseidades da con-ting-ência, éritos melancólicos, nostálgicos das
desejâncias do eterno, saudades das ilusões e quimeras.
A neblina fria, suave, cobre a montanha. Nada além.
Aquém apenas a visão que alcança a neblina, a montanha escondida. O in-finito
além da neblina, a poesia suprassumindo o instante-limite da neblina, criação,
re-criação, in-venção de iríadas do verbo que esplenedem o que na inspiração
reside e habita de abertura, venezianas, persianas, para o mergulho no eidos do
verso-uno do in-finito, in-finito de cismes brancos e águias em pleno vôo,
ultrapassando limites e fronteiras do espaço, rumo ao divino das
trans-cend-ências, onde a-nunciações futurais do eterno são projetadas no espelho
do além. Silêncio semântico de linguagens, solidão linguística da língua, a
terra irrompe-se do mundo, o mundo imerge no verbo dos confis e horizontes,
terra-mãe de novidades.
Viagem, Paisageem. Imagem.
Ribalta de luzers iluminando, nonadas aos espectros
das travessias, sorrelfas das pontes partidas, fantasias do pote de ouro a ser
encontrado no fim do arco-íris, quimeras da esperança, última a fenecer.
Quem me dera agora o verso do verbo nas mãos feitas
concha para expressar o sublime, para dizer a leveza do ser, para comunicar o
pleno da plen-itude do divino. Quem me dera a gora a estrafe do ser perpassando
por entre os dedos abertos e livre para versificar a sublim-idade do eterno que
se faz na continuidade das palavras e do silêncio, para versejar a divin-idade
das desejâncias do belo que se fazem na experiência e vivência das semânticas e
da solidão. Fim da dialétrica do eu e do não-eu. Princípio do eu e outro
ad-verso às con-ting-ências do nada.
Comentários
Postar um comentário