(TESE) - EFÊMERO E O NADA - ENSAIO POIÉTICO DOS CAMINHOS DA LUZ - Manoel Ferreira
II CAPÍTULO
2.1 - O TEMPO E O VENTO
2.1.2
- IN-FINITA IN-FIN-ITUDE DAS EFEMER-IDADES
E se me vir sentado à beira do abismo,
estilo oriental de re-flexão, meditação, não percuencie estar orando a Buda,
sim ouvindo o sibilo do vento ad-vindo de prefundas abissais, deixando-lhe
entrar-me nos ouvidos, sentindo-lhe, eivando sentimentos, seivando emoções de
outras pers do nada que se abrem sensíveis para a a-nunciação eidética dos
in-fin-itivos de verbos que conjugam modos e tempos das con-ting-ências, assim
as circunstâncias e situações pret-éritas do efêmero, sintetizadas com as
éresis do sublime presentes no eidos das efemer-itudes presenciam a cristalina
luz de raios cintilantes e esvoaçam em direção aos horizontes onde de suas
fontes de esperanças e sonhos concebem o "ser" de outras miríades do
espírito, espírito que, do silvestre da floresta de orquídeas, rosas,
samambaias, exalando p perfume do genesis, se inspira dos desejos e volos do
eterno, compõe sensivelmente o cântico do além, ritmo e melodia do perpétuo,
seguindo a peregrinação desértica e solitária do "nous" do ente e do
ser, viagem simbólica e metafórica para o outro do nada que se foi perdendo ao
longo do tempo diante das quimeras, fantasias, utopias, sorrelfas, do absoluto
da verdade incólume, idônea, lídima, insofismável, a sabação, redenção da
condição imperfeita do homem, de suas buscas do entes dos "éritos"
para numinar com excelência as sombras líquidas e pálidas do tempo que
con-templa a radiância da areia na ampulheta sob os sols da in-finita
in-fin-itude das efemer-idades.
Se se no amanhecer, alvorecer de trinos
de pássaros, raios de luz que mergulham nas frinchas das árvores, perpassando
galhos e folhas, buscam o solo para resplandecer a terra de numi-nous da vida
concebendo, gerando, dando a luz a outras clarividências da vida, da natureza...,
a alma silenciosa, solitária, estiver re-colhida no seu "cantinho",
ruminando subjuntivos, agonizando de particípios, nauseando seus recônditos de
pre-éritos, não imagine que se rendeu, não haver nela qualquer eidos que possa
suprassumir e superar as dores e sofrimentos do efêmero e nada, entrega-se à
morte, alfim a percuciência da vida é o con-sentimento de seus limites.
E se no limiar das idéias, pensamentos,
ilusões e idílios, esperanças e quimeras, os re-versos in-versos do além, que,
na dialética do cosmos e caos, criou o tempo, criou a continuidade do verbo
para a vida do ser que se faz no encontro irônico do efêmero e nada,
sentirconsumação das verdades e in-verdades, das mentiras e mauvaises-foi a luz
na ribalta, iluminando a rede na varanda das luas resplandecentes dos séculos e
milênios, em verdade, símbolo e metáfora, a semântica, linguística da carne que
se torna espírito aos ventos dos sibilos do abismo, e o efêmero do nada, que,
somente são solstícios imagístico e imaginário do vazio, mergulha nas águas do
oceano, sarapalhas do uni-verso de sonhos e buscas das iríadas dos caminhos do
campo.
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