**E O NADA PERSIGNA-SE** PINTURA: Graça Fontis POEMA: Manoel Ferreira Neto
Tergi-versado de percuciente sentido e perspectivas, persigna-se o nada, ininteligível, inconcebível a fé que em seu alforje traz dentro, que em sua algibeira traz guardada, frente ao uni-verso que se lhe apresenta sem arribas e confins, vazio de linha à entrelinha do espaço. ---- Persigna-se, não debulha as contas do terço, em verdade não conhece terço, nem reza, não sabe única palavra de alguma oração, quem lhe segue não carrega terço, não reza, estas "cositas" não lhes serviram de nada, não lhes deram qualquer resultado, nas suas trilhas seguem a jornada ao Infinito. ----- Persignou-se diante do uni-verso sem arribas e confins, sem quês ou porquês, por muitos lhe estarem seguindo, convictos e cônscios de que chegarão ao destino In-finito, precisa das arribas e confins para a viagem, são eles a sua bússola. ---- Persignou-se, nadificando medos e tremores de desvirtuar seus seguidores, tornarem-s...