#O QUE DESAPARECE NAS CURVAS DO TEMPO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
A subjetividade re-veste a leitura de sentimentos e emoções, deseja mostrar-se na sua plenitude. Os homens somos eternos questionadores, “devotos” dos porquês!, reverenciadores do "cá de que"... (Pobre de quem não pergunta: nada tem dentro de si, vive dos medos das respostas, vive na escuridão dos desejos e vontades, vive na miséria do pensamento e das idéias!). A pobreza dos homens, hoje, ultrapassa todos os limites; ninguém se dis-põe às perguntas, ninguém se angustia com a ausência de respostas; estamos todos enchafurdados nos prazeres materiais – tanto melhor, pois que nada nos exige, nada nos obriga, não sentiremos qualquer dor ou sofrimento de uma busca verdadeira. Onde estou, infeliz de mim? Que escuridão é essa, que trevas me rodeiam? Estou no paraíso de minha inocência ou no inferno de minhas culpas? O que oscila entre o espelho e a memória? O que desaparece na curva do tempo? Quem me toca? Ó tu, quem quer sejas, que estás aqui comigo, se é que tu...