**NOVO ANO, NOVO TEMPO... DES-ABROCHAM-SE NOVAS ESPERANÇAS** - TÍTULO: Graça Fontis/POEMA PROSAICO: Manoel Ferreira Neto
Daqui a exatamente quarenta e cinco minutos, a nova
orquídea do tempo des-abrocha, exalando seu perfume de outros sóis no
alvorecer, de outras neblinas cobrindo as colinas e montanhas, de outras chuvas
regando a terra, de outras estrelas e luas a iluminarem as noites, inspirando
boêmios, poetas e escritores a sensibilizarem de palavras os recônditos da
alma.
A nova orquídea do tempo se revela, de beleza
branca, suave, serena, singela. e brancos são os sentimentos dos desejos, e
brancas são as esperanças da verdade, e brancos são os sonhos, as utopias do
Ser, e branca é a cáritas que re-colhe e a-colhe no instante-limite as sementes
e sêmens do que virá de solidariedade, fraternidade, compaixão. A natureza,
eivada e sensibilizada, con-templa a nova orquídea, sente-lhe nos seus
interstícios.
Saudá-la não é apenas com a liberdade de regá-la a
cada passo, a cada traço. Saudá-la não é apenas com a consciência de seu
sentido, significado, a sua metáfora. Saudá-la é deixá-la des-abrochar-se
livre, mostrar-se plena, ser a cada alvorecer na floração das inspirações do
belo, da beleza, do universal. Saudá-la é projetá-la a todos os horizontes, a
todos os espaços, desde o sideral ao terreno baldio, ao beco sem saída.
As folhas da palmeira balançam-se com o ventinho. A
orquídea branca sente-se acompanhada, as folhas da palmeira são as suas amigas,
o vento é o seu devaneio, levará seu perfume por todos os cantos e recantos.
(*RIO DE JANEIRO*, 01 DE JANEIRO DE 2017)
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