**BEM-AVENTURANÇAS AOS DONS NATIVADOS A CONTEMPLAREM INAUDITOS E INTERDITOS** - TÍTULO E FOTOGRAFIA: Graça Fontis/PROSA POÉTICA: Manoel Ferreira Neto
Quimera de alentas - alvor de apetites. Esperas de bem-querer -
comparência, contactos, afagos. Sensações brotam, sensações de amor, meiguice,
ternura, carícias. Eloquências de rendição, dádiva - Ímpar/Poema do dom,
Uno/Soneto do talento, adejando des-prendido por combas, bosques. O futuro
longínquo considerará assistência imortal, exultação, deleite, céu-aberto
bem-aventurado de perspectivar a nirvana. O espaço soleniza de alvoroços
integrais a macumba do ser consubstanciada no período de diferentes hinos tamborilados
no compasso do horizonte divino, na cadência do transcendente, na sublime
algazarra das letras, no suave silêncio das palavras - entrega, cumplicidade.
Enunciações de bem-querer, de querer, de dádiva, de desejância. Os seres da
existência patenteados no motejo de dois canastros numa existência irrepetível,
de dois íntimos latejando o supremo da exatidão, infinitos gestos verbalizando
o silêncio, evangelizando melancolias e solidão. Só a existência em sua
amplitude é destra de ciciar no escutado da felícia a aragem plácida do
incessante, interminável, o zimbro ameno do duradouro a esconder as relações
imaturas no espaço de todas as excelências, sortilégios.
Espertei hoje de antemanhã, a querença apalpava-me o que me suplanta.
(**RIO DE JANEIRO**, 20 DE JANEIRO DE 2017)
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