**INTERSTÍCIOS DO SER E DO AMOR** - Manoel Ferreira
Se hoje é o amor que ser-eidetica
o eterno de arco-íris cujas cores vivas e brilhantes esplendem no espelho do
horizonte imagens de in-audita beleza estética, de nuvens brancas que deslizam
no celeste azul, de raios numinosos de sol que brilham intensos e pres-ent-ificam
a luz diáfana que ser-essencia a terra e o mundo com o espetáculo da beleza,
ser-espiritualiza desejos e volos do além, o vir-a-ser da compl-etude de
sentimentos e emoções que eivam e seivam a vida de
in-fin-itivos de sonhos e esperanças, de entregas de ternura, carinho, afeto,
afeição que alimentam a alma sedenta da verdade mística do sublime fulgura de
verbos e silêncios os recônditos interstícios da alma e a face trans-lúdica
re-fletida na imagem trans-cendente re-vela a mística verdade da
espiritualidade.
Se hoje é o eterno que intersticia o amor de
miríades de luzes concebidas no genesis das volúpias e ex-tases da plen-itude e
pro-jetadas no infinito cujas paisagens são imagens res-plandecentes do porvir
linguístico e semântico da literatura poética do tempo que dasein-ifica a
solidão dos mistérios e enigmas da espíritualidade, mística da verdade plena, o
há-de ser do sonho in-tran-sitivo do verbo "verso-uno" figurará símbolo,
signo, metáfora do absoluto cujas sin-esteisas das desejâncias e querências são
expressões trans-eidéticas da verdade mística dos cânticos do espírito ritmados
e melodias de sons e vozes do silêncio.
Se hoje é a verdade que verbaliza o místico intransitivo
que habita e reina no âmago do amor, re-versando a lírica dos desejos e utopias
do eterno, in-versando o soneto lúdico dos volos e sorrelfas do absoluto,
re-fazenda da seren-itude do além e do in-finito in-fin-itivo do erudito
uni-verso do espírito que sonha a evangelização das con-tingências das dúvidas
e inseguranças do vir-a-ser a travessia do mundo ao além incógnito, as
esperanças que abrem os braços aos sonhos da verdade-silêncio res-plenderão por
todos os horizontes e espaços a mística visão do eterno e absoluto, cujas
cintilâncias das estrelas, brilhos da lua em todas as suas fases revelarão os
interstícios do ser e do amor.
Manoel Ferreira Neto.
(23 de abril de 2016)
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