**IN-VERSOS DA POIE-LÉTICA DO SUBLIME** - Manoel Ferreira
Dedico esta obra à Mestra Rita Helena Neves com a amizade que por si
nutro
Com palavras de pretérita erudição, tecendo sentido com metáforas e
re-presentações de sonhos, as sinuosidades dos caminhos da alma por
presentificar alguma verdade que alumia a treva das incertezas, que ilumine as
sombras das dúvidas, que clareie a penumbra do universo atrás do infinito, onde
as contradições do bem e do mal re-fazem as hipocrisias do absoluto e do
efêmero, re-criam as dialéticas das quimeras conubiadas com as ideologias
chinfrins da consciência e inconsciência do êxtase e sensual que trans-elevam a
libertinagem aos auspícios incólumes, insofismáveis do inócuo nonsense, do
inóspito em êxtase, a solidão da libido desemboca no caos do genesis, no cosmos
do apocalipse, no nada de Corinthios, e no catavento do orvalho da madrugada a
roda viva gira ao re-verso das ilusões do ser seivado de fracassos,
frustrações, re-cambaia do in-verso das fugas e justificativas os desejos e
esperanças daquele paraíso além de todas as felicidades às pálidas sombras,
penumbras, trevas, con-templando o espírito da eternidade, se é que mesmo e sim
existe a re-encarnação, os ossos suprassumirão a carne, a esperança de
simil-itudes de pretéritos ritma, acorda, musicaliza, até cancionaliza o
imperfeito do pretérito, o particípio do gerúndio, executando a sinfonia do mais-que-imperfeito,
a linguística. luz nítida, à clarividência trans-límpida de luzes ao eterno do
ser que se faz de vivências e experiências do Ser-de Nadas. De nadas em nadas
vou nadificando os vazios, de vazios em vazios vou morrificando,
morri-versejando a luz de meus olhos voltados às ad-versidades do nós, conúbio
do outro e do eu. De nonadas em nonadas vou des-enterrando as pontes do eterno
efêmero que pervaga o etéreo do perpétuo, e assim palmilhando passo a passo os
dormentes que levam ao longínquo do há-de vir que prossegue solene o além. A
vida é isso: amor e sonho, verbo e esperança simil-itudeando os re-versos
inversos da poie-lética do sublime, ópera, sinfonia, seresta, serenata do
silêncio.
Manoel Ferreira Neto.
(15 de abril de 2016)
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