**PURA VERDADE** - Manoel Ferreira
Simples... Sublime... Silêncio...
Simples palavra vers-"ent"-ificando o sentimento de amar a
verdade, dormir o sono do gozo do amor, sonhar o onírico do prazer da entrega
libidinal, vivenciado no desejo da libido preencher a carne de utopias do
ser-para as plen-itudes do prazer símbolo, signo, metáfora da alma a-colhida na
luz do eterno, re-colhida no numinoso do póstumo.
Simples gesto de carinho, ternura vers-"eid"-ejando o espírito
do delírio da querença da compl-etude, experienciado no volo do clímax
completar a sensibilidade de esperança do ser-para a felicidade, linguística do
olhar o interior re-colhido de só alegrias, vers-"re"-citando a alma
do devaneio da des-ejância da plen-essência, vivenciada na volúpia do sêmen
pre-encher a subjetividade de fé do ser-com a alegria, semântica da retina
re-colher a imagem do re-côndito da inconsciência de só etéreos sorrisos.
A carne vers-eja o corpo de versos e estrofes, inter-ditando o espírito
de fonemas do mistério lúdico, entre-linhavando o verbo do ser de vernáculos
eruditos do enigma místico.
Sublime... Antes de quaisquer sublimes que precedem os volos do
eidos-essência do espírito leve do ser, a luz brilhante de piscas-piscas
vagalumiéticas das volúpias trans-pirando as loucuras do sendo não-ser
des-iluminando o brilho da luz e pré-iluminando a cintilância do des-eterno, do
des-etéreo, nobre imortalidade do espírito e da alma.
Silêncio... Num ritmo de fascínio, pulsam corações no ossuário da terra,
apaixonados com o brilho das estrelas, lua, lua crua, sempre lua nua, sagrada
hóstia de querubins e serafins emanados pelo in-efável trans-cender da
contingência e forma. O coração do verso oferece o peito à vida. A vida do
verso entrega o peito ao pulsar do coração. A alma do verbo empresta a carne ao
belo. O espírito do sonho doa o desejo à esperança do Ser. Ser sendo ao sabor
do silêncio sereniza as sombras re-fletidas aos raios do sol.
Manoel Ferreira Neto.
(23 de abril de 2016)
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