**HORIZONTES SARAPALHADOS DO SUBLIME** - Manoel Ferreira
Melancolia... Nostalgia... Ternura...
Sentimentos fluindo livres e soltos à luz de sonhos, emoções re-velando
à sorrelfa cristalina de desejos, volos do sublime em que, solsticiados pelos
ideais do eterno, a beleza solicita do belo o in-fin-itivo sin-estésico do
verbo uni-versal do tempo, o gerúndio linguístico da poiésis do ser, o
particípio semântico da verdade do além, solicitação eivada de cordiais, de
eidéticas esperanças da imperfeição-perfeita do perpétuo re-fletido no espelho
erudito e clássico da utopia do in-finito que trans-cende os dogmas e preceitos
divinos da paz perene, descanso das contingências do absurdo e náusea...
Liames do in-audito e silêncio - e não é que o verbo é o eidos do sonho
da esperança de re-velar a sensibilidade do ser, a subjetividade do tempo?! -
pres-{ent}-ificando os ex-tases e volúpias do vir-a-ser de outras dimensões
sensíveis, de outros olhares que comem os horizontes sarapalhados ao redor do
espaço com o lince invisível do visível das vontades da plen-itude da verdade,
e ainda sentem o sabor trans-cendente do prazer e gozo do sublime, a alma em
seu instante de lazer vislumbra nos terrenos baldios de outroras re-feitos de
quimeras e fantasias o vale de panoramas e paisagens que se esplendem
insustentáveis de leveza aos recônditos abissais do tempo, em cujos movimentos
de passagens e travessias habita versos, re-versos, in-versos, inter-ditos,
além-ditos da vida da poesia-existência que per-corre, per-cursa, de-cursa,
de-corre as sendas e veredas das metafísicas do encontro e des-encontro do
verbo in-trans-itivo da perfeição-imperfeita do espírito, em cuja luz contínua
de cintilâncias, brilhos mora a eterna sensibilidade e subjetividade do
**thelos** e **nous** do vernáculo linguístico e semântico da esperança que
abre os braços aos sonhos, re-colhendo e a-colhendo os seus desejos e vontades
da compl-etude do ser.
Manoel Ferreira Neto.
(25 de abril de 2016)
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