**EURÍTISES DO RESPLENDOR** - Manoel Ferreira
Post-Scriptum: As partes que se encontram entre aspas foram retiradas
dos comentários da Amiga Elizabeth Gonçalves Ferreira.
A-núncio eivado de nunci-essências cintilantes à luz do in-verno de
ausências de lembranças, recordações que flanavam ao vento presentificando
sentimentos, emoções, sensações, apenas desejos in-auditos "criando novas
paisagens", "retirando as pedras do caminho", tocando de leve e
suavemente o espinho das flores, "rimas e versos na longa estrada, nas
curvas retas-inversas, sobe e desce...", sentindo presente o in-audito das
eurítises do resplendor, amando ser livre e voando, voando, voando, "conhecendo
novas paisagens", "ilustrando as viagens da imaginação" no seio
da floresta de árvores de copas frondosas, de flores silvestres, entre serras
com o vento sibilando altissonante, presenciando as ondas do mar sob o brilho
da lua, nas estradas de poeira as marcas do tempo no íngreme do solo, a grama
ressequida, esturricada, e sempre os horizontes adiante a serem des-bravados, a
serem des-vendados, des-envelados, na plen-itude sentir o êxtase do que é
etéreo de con-figurações e performances, o climáx do que é éter de espaço e
uni-verso, o gozo do que é eterno o sublime, o ab-soluto sensível e
trans-lúcido, o prazer orvalhado de estrelas que cintilam na poiésis do coração
à luz de todos os aléns, de todos os longínquos habitados de arribas e confins,
eurítises do resplendor da "raiz da arte" dos sentimentos, volos da
memória sedenta de re-colher e a-colher em si o sêmen uni-versal da beleza,
concebendo sonhos dentro de outros sonhos, dentro de outros sonhos do amor, da
entrega, do espírito da alma, em cujas profundezas abissais habitam a esperança
do perene, em cujas linhas do sensível residem as asas para o voo perpétuo
através da etern-idade, voo de conquistas e glórias, voo de realizações e
alegrias, "alheio o além-mundo", retratando dons e talentos, a arte
da con-tingência à trans-cendência.
A-núncio eivado de nunci-eidéticas brilhantes ao silêncio in-audito da
madrugada de frio preliminar do in-verno, música no ar, "quero saber o que
é o amor", quero sentir o que é o prazer de degustar o sabor do amor,
eurítises do resplendor do belo, da beleza, eurítises do esplendor do coração
sob as chamas ardentes da felicidade, às quiçás dos anjos que performam a dança
do in-fin-itivo verbo do divino, dos passarinhos que trinam por todos os
horizontes o hino do espírito... madrugada de segundos e minutos de solidão,
pensamentos solitários, emoções e sentimentos sozinhos na imensidão do tempo,
pre-liminares eurítises da magia de sonhar o sonho de "ser" as
entrelinhas da poesia do amor, de "ser" o interdito dos desejos e
vontades do pleno, da compl-etude... música na madrugada, ritmos, acordes,
melodias do que trans-cende a solidão, do que trans-cende o estar só no meio
das coisas, dos objetos, do mundo, criando, re-criando a música eterna da vida,
som que trans-eleva idílios, quimeras, fantasias, volúpias voluptuosas da
verdade, trans-literalizando dores e sofrimentos, angústias e náuseas em
líricas metrificadas e ritmadas de euritmia do sensível que se inspira do
in-finito e concebe a luz sonora de notas verbais, miríades de silêncios
brilhantes sin-cronizados, sin-tonizados no uni-verso. harmonisados no espaço
celeste...
Eurítises do resplendor... Eurítises do resplendor... Eurítises do
resplendor...
Manoel Ferreira Neto.
(30 de abril de 2016)
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