ENSAIO FENOMENOLÓGICO DO AMOR DA MESTRA RITA HELENA NEVES SOBRE O TEXTO /**INTERSTÍCIOS DO SER E DO AMOR**/
INTERSTÍCIOS DO SER E DO AMOR
Manoel Ferreira Neto
O amor é feito de silêncios
plenos e absolutos. Vivifica-se no momento da introspecção e na reverência que
faz o Ser ao Universo, trazendo-o para dentro de si todo esplendor da Beleza do
Belo.
Para o poeta, o sentir do Amor faz reluzir o significado da existência do Ser,
transformando-o em Vida!
Rita Helena Neves.
**INTERSTÍCIOS DO SER E DO AMOR**
Se hoje é o amor que ser-eidetica
o eterno de arco-íris cujas cores vivas e brilhantes esplendem no espelho do
horizonte imagens de in-audita beleza estética, de nuvens brancas que deslizam
no celeste azul, de raios numinosos de sol que brilham intensos e
pres-ent-ificam a luz diáfana que ser-essencia a terra e o mundo com o
espetáculo da beleza, ser-espiritualiza desejos e volos do além, o vir-a-ser da
compl-etude de sentimentos e emoções que eivam e seivam a vida de in-fin-itivos
de sonhos e esperanças, de entregas de ternura, carinho, afeto, afeição que
alimentam a alma sedenta da verdade mística do sublime fulgura de verbos e
silêncios os recônditos interstícios da alma e a face trans-lúdica re-fletida
na imagem trans-cendente re-vela a mística verdade da espiritualidade.
Se hoje é o eterno que intersticia o amor de miríades de luzes concebidas no
genesis das volúpias e ex-tases da plen-itude e pro-jetadas no infinito cujas
paisagens são imagens res-plandecentes do porvir linguístico e semântico da
literatura poética do tempo que dasein-ifica a solidão dos mistérios e enigmas
da espíritualidade, mística da verdade plena, o há-de ser do sonho
in-tran-sitivo do verbo "verso-uno" figurará símbolo, signo, metáfora
do absoluto cujas sin-esteisas das desejâncias e querências são expressões
trans-eidéticas da verdade mística dos cânticos do espírito ritmados e melodias
de sons e vozes do silêncio.
Se hoje é a verdade que verbaliza o místico intransitivo que habita e reina no
âmago do amor, re-versando a lírica dos desejos e utopias do eterno,
in-versando o soneto lúdico dos volos e sorrelfas do absoluto, re-fazenda da
seren-itude do além e do in-finito in-fin-itivo do erudito uni-verso do
espírito que sonha a evangelização das con-tingências das dúvidas e
inseguranças do vir-a-ser a travessia do mundo ao além incógnito, as esperanças
que abrem os braços aos sonhos da verdade-silêncio res-plenderão por todos os
horizontes e espaços a mística visão do eterno e absoluto, cujas cintilâncias
das estrelas, brilhos da lua em todas as suas fases revelarão os interstícios
do ser e do amor.
Manoel
Ferreira Neto.
(23 de abril de 2016)
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