COMENTÁRIO DA AMIGA, ESCRITORA E POETISA ANA JÚLIA MACHADO AO TEXTO /**IRÍADAS DA PLEN-ITUDE**/
IRÍADAS DA PLEN-ITUDE
Manoel Ferreira Neto.
Considera-se nas suas entrelinhas, um ser autónomo como um passarinho,
desabotoando suas ansas na extensão.
Sente o vendaval nos cabeleiros e os calcantes desempedrados.
Adoptou as direcções da existência, domesticou a melancolia.
Sente circular nas artérias a força da essência.
Instruiu que para adejar não carece ter pegadeiras,
Basta instruir a imaginar e requestar.
Suas pegadeiras são concebidas de luminosidade e a luminosidade da
convicção e do bem-querer.
percebe que qualquer estorvo consegue exceder.
Pois quem possui audácia e convicção residirá fixo aonde quer que seja.
As cromatizações da luminosidade, do bem-querer, da luminosidade não
cessam, ascendem aos paraísos sob o amparo da convicção, refulgem no cosmos as
luminosidades do pleno.
Cores da Grandeza...
Ana Júlia Machado
*IRÍADAS DA PLEN-ITUDE**
Longínquas a-nunciações de genesis, águas límpidas da fonte virgem a
jorrarem sendas e veredas a serem per-corridas de sem margens o itinerário
livre do tempo à luz brilhante de horizontes, uni-versos incidindo raios nas
travessias sinuosas re-vestidas de silvestres in-finitos "Olhai os lírios
do campo esplendendo beleza à beira do rio sem pressa na travessia do silêncio
eivado de sibilos do vento perpassando o espaço no alvorecer da natureza
louvando a perfeição divina"
Iríadas da luz incididas no templo das esperanças, sonhos fosforescem de
brilhos o ad-vir da redenção, ressurreição, elevando dores e sofrimentos às
antípodas da etern-idade.
Iríadas da luz...
Pássaros metamorfoseiam seus trinos no alvorecer da Glória, símbolo da
fé, compondo a Sinfonia da Paz, Verso-Uno do desejo e da esperança, Ópera da
Felicidade, Uno-Verso da vontade da espiritualidade, verbo da peren-itude. A
natureza silencia-se, as criaturas louvam o esplendor, os pássaros do céu
interrompem o movimento das asas, ouvem a música, som da vida, ritmo do belo,
acorde do espírito, os raios de luz esplendem por todos os uni-versos da Terra.
As águas límpidas continuam as a-nunciações de genesis de águas límpidas
em in-finitos silvestre, como ondas que deslizam nas areias aquém das
contingências humanas, passam nas imagens em câmera lenta a jornada eterna,
deslizando caminhos, deambulando em ondas as curvas finitas, antemãos e
re-vezes do mar de aléns-em-aquéns, mergulhando profundo na cintilância das
estrelas, no brilho da lua a fecundarem e conceberem as estesias do
amar-verbo-da-liberdade, à luz longínqua no farol do porto lusitano dos sonhos
e ilusões do eterno "O resto é silêncio, silêncio dos lírios do campo
banhados do orvalho da noite, húmus da sensibilidade do espírito essencial a
dar a luz sublime da vida ao encontro do mar e o céu de vozes sussurrantes da
plen-itude do Ser".
Iríadas do amor incididas nas plenas efígies da solidariedade, compaixão,
a entrega do Ser-Verbo alumia de miríades da verdade as lusitanas dimensões das
divinidades do pleno absoluto, absolut-idade plena da pureza.
Estalactites de cores do arco-íris, brilhando sob a cintilância das
estrelas, brilho da lua, gotejam serenos e leves os pingos do vir-a-ser,
eivando as flores silvestres, a grama dos campos, flores elíseas dos jardins,
as esperanças e idílios de cada dia, e nas plantações de trigo o orvalho da
noite e os pingos dágua das estalactites despetalam o alimento que sacia o
desejo da carne tornar-se verbo.
As íriadas da luz, do amor, da luz não morrem, sobem aos céus sob a
égide da fé, resplendem no universo as luzes do absoluto.
Iríadas da Plen-itude...
Manoel Ferreira.
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