***VOAR, VOAR, VOAR - II PARTE*** - Manoel Ferreira
"Voar .....Eis uma das maravilhas que encontro no meu coração.
Estou voando no céu de suas palavras. Voando traçando os caminhos de vida.
Voando atingindo lugares em que pessoas deixaram rastros e não voltaram, para
novamente alçar vôos. ....Sozinhos. Precisa abrir os braços da vida e voar
intensamente! !!!!" (Berenice Aparecida Pereira Luchiari)
Sonhamos, entregamo-nos aos sonhos, colocamos nossa liberdade em
questão. Seguimos os passos, circunstâncias a circunstâncias, situações a
situações, à busca da realização. Aqui e ali algumas conquistas. A realização
jamais é como sonhamos, desejamos. Acontece como tem de acontecer, quando tem
de acontecer. Esta é a verdadeira realização: a comunhão do que sonhamos e a
vida.
Acabei de publicar o texto-mensagem VOAR, VOAR, VOAR. De imediato,
recebo comentário de leitora, Berenice Aparecida Pereira Luchiari, dizendo das
maravilhas que encontra no seu coração, "voando no céu de minhas
palavras". E quantos voam nelas, quantos re-fazem seus caminhos, uni-versos
e horizontes através delas. Motivo de orgulho e lisonja não haja duvidar, mas
uma responsabilidade imensa. Cumpre estar sempre aberto a novos ideais,
utopias, sonhos, abrindo leques para outros caminhos. Vida e obra comungadas,
aderidas.
Respondendo à amiga Berenice, soprei-lhe voar, voar, voar sempre.
Cisquei, cisquei palavras de mestres, escritores e poetas. Comecei a voar
através de suas palavras, vôos muito interessantes, fenomenais, mas no peito
aquele sentimento de "... algo não está bem..." O voo tinha de ser
meu, através de minhas próprias asas, experiências, vivências. Mas isto não
acontece, quando sentimos que as letras nos chamam a nós mesmos. Só o tempo
tornará isto possível, através de mergulhos profundos em quem somos no mais
recôndito de nós, arrancarmo-nos de dentro, despirmos de nossos medos,
hesitações, erros, enganos, equívocos, mazelas, nossa condição humana. Ser quem
somos custa a nossa coragem da verdade.
Sinto-me orgulhoso, lisonjeado em sabendo a Berenice e muitos outros
leitores estão voando nas minhas palavras. Sentir-me-ei ainda mais orgulhoso e
lisonjeado quando me disserem: "Hoje, voo com as minhas palavras."
Fui pedra de toque por algum tempo, minhas palavras foram sementes para o
encontro. Eis o meu orgulho, o sentir que estou seguindo o meu voo, semeando
asas por mares, florestas, abismos, por todos os rincões do mundo.
Seja em que dimensão da vida for, o mais importante somos nós. Nas
letras, o que nós arrancamos de nós dentro é que faz a grande diferença, as
nossas verdades próprias semeiam as sementes. No métier de milhões de
escritores, poetas, estrelas de todas as cintilâncias, a nossa solidão é que é
a luz. Nenhuma sabedoria da vida será capaz de contar esta luz.
Manoel Ferreira Neto.
(21 de fevereiro de 2016)
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