**POST-SCRIPTUM" - Manoel Ferreira
Titulo dado pelo tablóide Centro de Minas. Minha crítica não tinha
título, foi uma carta enviada ao tablóide. Escrevi-a num botequim "copo
sujo" Tal matéria foi publicada aos 02 de junho de 2007.
Tais palavras, no tablóide, vieram em tarja preta na edição do jornal.
Vale ressaltar que o diretor José Adonias Ribeiro estava equivocado quando
afirma ser eu membro da Academia Curvelana de Letras, jamais fui e jamais serei
membro desta entidade. Equívoco arrumado porque a esposa de José Adonias lhe
dissera que eu não era membro, aliás era inimigo da Academia. A intenção de
José Adonias Ribeiro foi de quiproquo, desavença. Por esta razão, não mais
escrevi única letra neste tablóide.
Por ocasião da edição distribuída, encontrei-me com o presidente da
academia, Rubens Bittencourt, na Rodoviária, estando nervoso, disse-lhe eu:
“Quanto ao que está escrito na missiva não retiro uma vírgula sequer. Quanto a
ser membro de sua academia, foi um equívoco do diretor”. Respondeu-me:
“Tomaremos as nossas providências. Enviaremos um ofício ao jornal. Isso é muito
ruim para nós, quanto mais que estamos por conseguir sede própria para a
Academia”. O ofício não foi enviado. Nenhuma resposta foi dada.
Estamos em 2016. A sede da Academia não existe. Aliás, por fontes
fidedignas, estou sabendo que a Academia está desativada, nada mais há. Nunca
foi ativa.
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ESCRITOR CONDENA ATITUDE DE VEREADOR CURVELANO
Em carta enviada ao Jornal Centro de Minas, o escritor e membro da
Academia Curvelana de letras Manoel Ferreira expressa o seu descontentamento
pelas palavras ofensivas dirigidas à jornalista Lidiana Braziolli por um
vereador curvelano.
Manoel Ferreira se solidariza à assessora de imprensa e diz que “a
impunidade reinante na sociedade é a verdadeira responsável” pelo que vem
ocorrendo na política.
Abaixo a carta na íntegra .
“Carta à Redação do Jornal CENTRO DE MINAS:
São inúmeras, centenas de vezes que ficamos bestificados com os
acontecimentos quotidianos. São, com efeito, momentos fundamentais para
reflexão a respeito das posturas éticas e morais, imprescindíveis, inalienáveis
para o crescimento de uma comunidade, indivíduos e cidadãos.
O que se questiona é o porquê das reincidências de alguns, de falta de
respeito aos valores e virtudes das pessoas, sejam simples, sejam
personalidades de renome, por seu trabalho digno, por suas contribuições e
feitos à comunidade. São estas, as personalidades, que sofrem diretamente tais
ataques, sempre com termos vulgares. Jornalistas, editores, artistas,
autoridades competentes em suas respectivas funções. Se estas personalidades se
recusam a realizar as coisas de acordo com o figurino, são de imediato
tachadas. Os adjetivos ficam a gosto e paladar.
Não há muito o que pensar sobre tais situações. A impunidade reinante na
sociedade é a verdadeira responsável. É preciso mesmo ir às ultimas
conseqüências, mover ações judiciais contra a falta de ética, penalizando com
rigor. Numa passagem essencial de Grande Sertão: Veredas, João Guimarães Rosa
diz: “É preciso ter coragem, Diadorim”. É preciso ter coragem para tais
procedimentos.
Se nós, os escritores, artistas, não denunciarmos, sendo solidários com
os companheiros, amigos, somos coniventes. Isso é nossa responsabilidade. O
ocorrido com a companheira Lidiana é injustificável, sendo ela profissional
responsável e digna de suas funções. Denunciando, exigindo medida, acaba que
somos nós tachados de oportunistas, acendemos as lenhas com o fogo de um palito
de fósforo. Se não damos atenção, permitimos que continue. Escrevo em meu nome.
Não estou me solidarizando apenas com a companheira jornalista, mas com a
comunidade curvelana, que também sofreu os despautérios e inconveniências do
vereador Carlos Magno. A postura ética dele deve ser mesmo cobrada com rigor. A
cassação de seu mandato é mais do que justiça, é necessária. A impunidade não
pode continuar reinando. Só com medidas sérias é que podemos começar a mudar
essa realidade. Os curvelanos nada têm a ver com as neuroses e complexos do
vereador curvelano. Somos uma comunidade e portanto merecemos respeito.
Lidiana, curvelanos, é preciso sim que todos reivindiquem seus direitos.
Não podem aceitar em silêncio tais despautérios. E você, Lidiana, deve fazê-lo
sim, deve mover ação contra ele. Basta de ataques medíocres à classe
jornalística como sempre acontece.
Desejamos sim nos solidarizarmos com a companheira. Pode contar com o
meu apoio, Lidiana. Seus valores merecem respeito e reconhecimento. Curvelo não
é a Venezuela.
Manoel Ferreira (Escritor).
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