?**CIRCUNSTÂNCIAS CIRCUNSTANCIÁRIAS DAS CIRCUNSTÂNCIAS**/ - Manoel Ferreira
Circunstâncias há nas circunstâncias das circunstâncias que as
circunstâncias não se emudecem, não se calam, não se silenciam, circunspectas
vivem, introspectivas trilham os caminhos, não de melancolias, nostalgias,
saudades, sim buscando, desejando alguma situação que tudo possa re-verter,
re-tornem aos sentimentos singelos, suaves, puros, inocentes, ingênuos diante
do tempo, quando, alegres e saltitantes, alçam voo nas asas dele, aquele
friozinho gostoso no coração, a alma sarapalhando-se de felicidade e prazer, as
maravilhas do uni-verso completam os volos da beleza universal, eterna. E lá
vão as circunstâncias nas asas do tempo pelo uni-verso a fora - quê espetáculo
divino, esplendoroso!
Mas tais circunstâncias in-circunstanciais nos instantes e momentos
circunstanciários nem mesmo ao virarem as curvas dos caminhos, con-templarem o
panorama belíssimo dos vales e montanhas, é-lhes possível imaginariamente que
seja voarem nas asas do tempo, tem de continuar os passos passo a passo, sem
mesmo quaisquer noção do destino, por inúmeros trajetos e itinerários, quem
sabe nalgum pico ou colina sob a presença do vento o tempo não as re-colha e
a-colha nas asas: "Vamos dar um passeio por todos os horizontes..."
Assim deixando de circunstâncias haverem nas circunstâncias das circunstâncias,
e as circunstâncias flanarem nos momentos de trovões, relâmpagos, raios, na
chuva, na tempestade, no dilúvio, na neve, na neblina, na garoa, no orvalho da
madrugada, sentindo-se situações de alegrias, contentamentos, êxtases e clímaces
acima de todas as trans-cendências, as espiritualidades, deusas simplesmente,
situações situacionárias nos situacionáveis verbos da felicidade, os efêmeros
mergulharam-se profundos no abismo das in-cont-ing-ências, esvaeceram-se, o
nada livre e solto dançando Tango e Fado no In-finito com as musas do eterno,
da eternidade, no palco das arribas e confins a grande peça do perpétuo sendo
encenada pelos querubins, deuses e imperadores degustando, desfrutando banquete
de ovelha, regado a vinho, enquanto assistem às esplendorosidades dos talentos
e dons dos querubins.
Manoel Ferreira Neto.
(17 de fevereiro de 2016)
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