**DO VERBO EM SIN-FONIA COM A LÍRICA DO IN-FINITO** - Manoel Ferreira
Nos olhos da poesia, a metáfora do sublime, ex-tase da semântica,
estesia da linguística. Na alma da poesia, a sin-estesia do sentimento
conciliada à inspiração dos desejos e volos do sensível e trans-cendente. No
espírito da poesia, a liberdade do sonho de versar o tempo e o ser re-fazendo
as silhuetas do efêmero e do eterno, senda de luz que despetala no horizonte a
orquídea amarela do há-de ser do gozo e volúpia da felicidade. No coração da
poesia, emoções e sensações do res-plender do sensível as dimensões
trans-cendentes do verbo intransitivo.
No som do poema, ritmo e melodia da música do verbo em sin-fonia com a
lírica do in-finito. No silêncio do poema, a intros-pecção da subjetividade
artificiando as veredas silvestres de a esperança do além trans-literalizar os
recônditos interstícios das etern-itudes, a circuns-pecção semântica e mística
do ser-verbo que seduz o uni-verso das palavras, re-criando-as espírito das
utopias do belo e da beleza. Na solidão do poema, a re-flexão dos versos e
estrofes que silesiam as miríades do tempo, o ser de luzes que iluminam os
vazios da con-ting-ência, o ser de raios cintilantes que numinam os mistérios e
enigmas da vida, trans-elevando-a aos auspícios do in-finito, onde as paisagens
esplendem a estética da pureza e do sublime e o uni-verso exala o perfume
in-finitivo do perpétuo desejo do absoluto(o in-audito da perfeição que concebe
a divin-idade do ser.
Na profundidade da poética, os abismos ansiando a subida às estrelas,
onde semânticas e linguísticas da cintilância poetizam o espaço que vela o
domus do horizonte, poematiza a miniatura do som dos interstícios recônditos do
eterno e musicaliza de acordes da trans-cendência as in-fin-itudes do pleno. Há
no ser da poética a evocação de um trinar de pássaro, dos en-cantos que fazem o
poeta voar, ouvindo gorjear as flores no limiar da eternidade, o ser começa
pelo bem-estar.
Manoel Ferreira Neto.
(26 de fevereiro de 2016)
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