#SASKATCHWAN: JUST NAS DUNAS DAS CONSTELAÇÕES# - GRAÇA FONTIS: PINTURA Graça Fontis E Manoel Ferreira Neto: POEMA ----
DEDICATÓRIA:
À minha
amada Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis um "MIMO" em
homenagem ao seu dia de hoje, DIA DOS ESCRITORES, por me haver ensinado a lição
do que é isto as Letras, as Palavras... Beijos no coração, Amor. Parabéns pelo
seu Dia..."
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Mesmo no vácuo
das turvas paisagens
As gotas
de orvalho, o vento desfaz
Nas
entranhas do solo, força elementar
O
espetáculo desencadeia espasmos e desproteção
E do
grande penedo, um rosnar de coração
Levando
ao futuro, secretos enigmas, Mistério!
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Sou
ouvidos de línguas estrangeiras, sou voz de olhares à espreita do ser e tempo,
sou pulsar do coração à mercê dos sonhos e das contingências,
Ímpeto de
lábios, sorrisos à mercê das coisas hilárias,
Esgares
de tristeza e angústia à revelia das dialéticas
Da vida e
morte,
Do bem e
do mal,
Pele,
pensamentos, poros, pelos...
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Entre o
real e a re-presentação, sou de nascença e a vida tece as germinações e
concepções do retrato do destino. Desejo ec-sistir como é de meu eidos e me
segredam as sombras, ante os olhos que o profundo mar conduza. O ritmo
insolente de pensamentos leves, soltos e fáceis é aquele que deixa a língua
inerte, numa inércia tão suave quanto o cair de flocos de neve no passeio, na
calçada, veredas, sendas de passagens para as vedas do infinito. A melodia
meiga das idéias e pensamentos é aquela que liberdade compõe, o homem decide a
si próprio como ser que busca algo de agradável na entrega aos ideais e
utopias.
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Fronteira
adulta de livre expressão
Esculpe
verdades nas dunas da constelação
Revelando
segredos, nave de sonhos indescritíveis
Respirando
Rock, Blues, Bach, seu corpo em chama
E aguarda
invisível todas veredas em êxtase
Ilha
inabitada, marujo sem Pátria
Ressuscita
imprevistos e momentos de prazer
Alforje
de todas as causas, afetos na mansidão.
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Sou
composto de marcas e cicatrizes;
Uma face
e um símbolo, um rosto e um signo,
Um
semblante e uma metáfora,
Uma
metafísica e uma fisionomia,
Uma
imagem e uma perspectiva,
Uma
silhueta
A poeira
de areia das ruas de minha terra-cordial,
Um olho
mágico,
A neblina
velando o mar na imensidão,
Na sola
de meu sapato,
Poeira
que vou deixando nos pretéritos do tempo
O destino
é a cidadania do mundo
Minhas
mãos postas ao céu, ao que trans-cende,
Sem
rezas, sem orações, sem dogmas e preceitos
Meu punho
erguido,
Um
murmúrio, um sussurro, um grito
Um berro
altissonante,
Uma
agonia, um desespero, um desconsolo
Lágrimas
que descem a face da contingência
Sorriso
enviesado que se esboça frente ao in-audito
Brilho,
por vezes frio, por vezes brilhante
Diante da
solidão do silêncio.
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Sou uma
espera, fantasia, ilusão,
Sou um
movimento, sonho, utopia,
Um pingo
de chuva, um raio de sol,
Orvalho
na madrugada, neblina que cobre a montanha
Uma
lufada de vento, uma luz de relâmpago,
Brilho da
lua bolinando a escuridão da noite,
Luz das
constelações,
Seduzindo
o espaço,
Cintilância
das estrelas seduzindo o universo,
Sou a mão
que pinta de cores semi-vivas a tela de desejos,
Sou a
palavra registrando no dito e inter-dito o espírito da vida,
Sou a
nudez de corpo exposto às primeiras luzes da manhã
Sou tear
na madrugada fabricando vida plena
Sou como
se outro ser,
Não mais
aquele habitante de mim
Há tantos
anos,
Respondo
ao tal apelo, desde há anos,
Que se
abre gratuito ao meu engenho,
Onde o
anseio se abranda,
Na graça
dos quereres das procuras
Mantenho
a chama da lenha acesa,
E quieto,
silencioso, vou tecendo
As
cositas da existência,
Amor,
Liberdade, Consciência.
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Sou capim
do pasto e as ovelhas.
Sou peixe
e água de rios, córregos e lagoas;
Sou
espaço e a borboleta, sou horizonte e a águia
A pomba e
o condor, sou o in-finito.
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Sou a
idéia de uma coruja
Pousada
sobre uma galha de árvore,
E quando
sou a idéia,
Sou a
coruja.
Sou o
pensar de uma águia
Atravessando
os horizontes,
E quando
sou o pensamento,
Sou a
águia.
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Náufrago
da lua à maresia de seus pensares
Extremado
porto de solidão banha outras solidões
Tangencia
o corpo da vida nos...
Olhos
múltiplos ocultos na atmosfera,
No vazio
diáfano nos sentimentos do Ser.
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Trazendo
na algibeira e alforje
Conhecimentos
amadurecendo,
Projetando-se
com liberdade e abertura,
Para
novos encontros com idéias e pensamentos
Des-velados
de tradições e conservadorismos,
De
religiões, ciências,
Just a
Filosofia do Silêncio e a Poesia da liberdade,
Em todas
as dimensões do Espírito da Vida pousam.
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Algemas e
correntes no chão.
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 25 DE JULHO DE 2020, 15:25 p.m.#
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