Graça Fontis PINTORA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA RESPONDE AO COMENTÁRIO DE Sonia Gonçalves SOBRE O AFORISMO #CAMINHO GAITADO DE SEM-DISTÂNCIA#
Sonia
Gonçalves, obrigada, amiga Poetisa, faço o que posso né, destrinçar os escritos
de Manoel Ferreira Neto, não é nada fácil, também gostei muito de seu poema
"ESTÁ LÁ ACREDITE", mas, daí penetrar nessa sua caverna... só Manoel
Ferreira Neto, com seu olhar-de- lince para extrair seus mistérios rsrs...!♥️
Beijinhos .....
Graça
Fontis
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RESPOSTA
AO COMENTÁRIO SUPRA
A minha
resposta ao comentário de ambas as críticas não poderia ser outra senão a
gratidão pelo reconhecimento e carinho com a minha obra. Mas aqui aproveito
para uma declaração inédita. Por todos estes anos que as críticas literárias
tem se enveredado à interpretação e análise de meu pensamento, não confiro
qualquer adulteramento ou deslize nos prismas de visão em que se fundamentaram.
De excelência, todos. Mas digo-lhes com franqueza: não me encontro satisfeito
com a obra, não traduz os desejos e utopias que fui sonhando ao longo de
cinquenta e nove anos com a pena em mão. Preciso com urgência ir mais fundo no
meu pensamento, esclarecê-lo, elucidá-lo. Vou sim tentar essa proeza, é
fundamental. Caso contrário, entreguei a vida às Letras por nada.
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Minha
sincera gratidão à minha Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis, à Ana
Júlia Machado e Sonia Gonçalves.
Espero
sim que consiga o aprofundamento de que necessito para mostrar com veemência
para o que vim, venho. Nunca fui tão sincero e franco como neste momento. Não
me venham dizer ser declaração para chamar a atenção ou modéstia de minha
parte. Nada disso.
Beijos a
todas vocês!
Manoel
Ferreira Neto
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Sonia
Gonçalves ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O ENSAIO DE Graça
Fontis SOBRE O AFORISMO #CAMINHO GAITADO SEM-DISTÂNCIA#
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Dois
lindos! Belíssimos textos de ambos.Repletos de lindezas poéticas, de
estalactites Manoel Ferreira Neto?...Que tudo, olha eu não creio em
coincidências: olhe meu texto não publicado... Estranho né? Bem, eu gosto de
falar de grutas de cavernas dos cristais de estalactites e dos cristais
inversos estalagmites, é um tema muito lindo, mágico, assim como seu texto
maravilhoso! A linguagem da gaita ao som do pulmão um espetáculo Graça Fontis
vocês dois são mesmo côncavos e convexos, se completam, artisticamente falando
e também no sentido literal, parabéns, parabéns!!!Tudo perfeito!
Sonia
Gonçalves
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Graça
Fontis PINTORA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA ENSAIA O VERBO DO SILÊNCIO NO
AFORISMO #CAMINHO GAITADO SEM-DISTÂNCIA#
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Mais um
fabuloso texto; "CAMINHO GAITADO SEM-DISTÂNCIA!... O Escritor perspectiva
seu olhar à vida adiante a ser iluminada mesmo tendo o hoje turvo e neblinado,
numa indução quase surrealista projetou iconograficamente o conjunto de suas
impressões existenciais visceradas nessa grande unidade estética com
originalidade espetacular ao seu experimentalismo "Sui-generis",
aquando o sono acaba e chega o final da primavera anunciando o fim dos sonhos
verdejantes nas pálpebras reticenciadas enquanto sua mente desagregada
confronta-se às pequenezas, fragilidades e indagações ao sentir-se tocado pelo
silêncio e a estranheza diante de seu próprio ser, daí o surgimento dessa
linguagem franca e desinibida em que o Poeta orgânico e estético aborda
hibridamente a transvaloração de seus pensares para todo um mundo paralelo e
progressivo tendo ainda muito a ser descoberto, ou seja, apartar-se desse
"teatro da vida" dentro de uma normalidade de estratégica ironia
entre vida e morte, para orçar suas inúmeras interrogações de vista a uma outra
margem a ser palmilhada sob o sol de olhar febril onde sua frugalidade de
invisível contorno abriga o que dentro vai e estrutura-se num silencioso e
contínuo aperfeiçoamento, colhendo do outro lado os frutos amadurecidos de
exalantes perfumes eternos das estações atemporais, tão só tais a sobejarem
suas tais verdades-sentida, como esta: "A linguagem do tempo inda não entendo"...
sendo assim, continuamos ouvindo o som da gaita a todo pulmão tocada por esse
grande #Poeta, marchando intermitente com sua bota de ferro o chão salpicado de
silêncio-sem-respostas à procura do arco-íris INUSITADO! Beijinhos amor, espero
ter alcançado algo dentro deste belo escrito!💋♥️
Graça
Fontis
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RESPOSTA
À ANALISE SUPRA
A tarefa
do escritor é escrever a obra; a tarefa do leitor, crítico literário é tornar a
obra compreensível sob dimensões outras. Minha esposa e companheira das Artes,
Graça Fontis há quatro anos debruçou-se com veemência no sentido de
inteligibilizar o pensamento literário, poético e filosófico sob o prisma da
estética que é a sua visão, visão da arte plástica, Pintura, que dentre as
Artes é a que mais profundamente requer a Estética, a mais difícil de ser
realizada. Entrega árdua a crítica estética, o estudo de todas as dimensões da
beleza, elaborar a consciência-estética.
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Diz ela
sobre o Aforismo CAMINHO GAITADO DE SEM-DISTÂNCIA, referindo-se eminentemente
ao homem; "... enquanto sua mente desagregada confronta-se às pequenezas,
fragilidades e indagações ao sentir-se tocado pelo silêncio e a estranheza
diante de seu próprio ser...", começando aí a sua jornada de estruturação
do pensamento literário-filosófico. O eu se reintegra depois de se ter na
procura de si mesmo através do Tempo: se o Ser se faz continuamente, a
continuidade é também o Ser. A travessia do tempo se faz pela poesia. Onde não
havia nada, senão aparência, agora existe, uma obra, um Ser, uma consciência.
Na sua análise e interpretação da obra, diz ela que o poeta, escritor Manoel
Ferreira Neto poetizou o tempo e a si mesmo, intencionando outro tempo além do
tempo. De que recurso se utiliza o escritor para alçancar o tempo além do
tempo? Serve-se de outra dimensão da Arte, a Arte que atravessa as dimensões
físicas, adentrando-se na Espiritualidade, a Arte do Espírito, a Música. A
poesia, a literatura é a fundação do Ser pela sonorização, musicalidade da
palavra. A linguagem do tempo só se faz compreendida, entendida através da
música, o som dos sonhos, das utopias. O poeta-poesia não pára, não descansa,
sempre seguindo e tocando a sua gaita fervorosamente à busca do Ser,
apartando-se do "Teatro da Vida", criando outras cenas e cenários de
apresentação e representação da Existência.
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Pode
parecer que as dimensões primordiais da obra sejam a Metafísica, a Ontologia, a
Estética, a Filosofia, mas estas dimensões sem a presença da Música, cuja
função é a sonorização, sonoridade da linguagem e estilo, jamais seriam
inteligíveis, não haveria a Arte Poética-Literária-Filosófica,
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Para
Graça Fontis, a Música é o eidos da obra do escritor Manoel Ferreira, poematiza
o tempo e a si mesmo a partir da Música. Assim, com esta análise primordial,
ela abre janelas e janelas e janelas para outras dimensões do pensamento do
autor, para a transvaloração de seus pensares, sentires.
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Aqui
você, Graça Fontis, não merece apenas os meus cumprimentos, os votos para a
continuidade de suas análises, merece os meus RESPEITOS in totum. Beijos no
coração, meu Amor! Obrigado por análise tão profusa e percuciente.
Manoel
Ferreira Neto
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#CAMINHO
GAITADO DE SEM-DISTÂNCIA#
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: AFORISMO
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O resto é
solidão. O resto é a má-fé da sorrelfa-paraíso-perdido. O verbo do in-finitivo
in-finito do não ser simples idílio, humilde pastoreio neoclássico da
sensibilidade. No pretérito particípio do crepúsculo a palidez insustentável do
desejo ser, querência não-ser, vontade nonada. No subjuntivo gerúndio do
entardecer, no domus da igreja badala o sino da Hora do Angelus, a noite também
tem insônia, o que trans-cende a vigília espera o onírico do genesis.
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Nada de
particípios. Nada de gerúndios. Nada de subjuntivos. Não diga que não. Carne e
ossos inda por verbalizarem inversos re-versos da morte nos mistérios místicos
das ipseidades da alma.
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Nada me
sou. Nonada me é. Pontes não me serão além das divindades e divin-idades nem
mesmo aquém. Travessias me são o imperfeito do nada seduzido pela perfeição do
etéreo, perfeito do éter que risca o pleno com o giz branco do imperene. O
diamante polido que corta o espelho da imagem dúbia, ambígua.
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Particípios
do nada solsticiando pretéritos encaracolados de nuanças que, nas
con-tingências de in-verdades, esplendem o infinitivo long-íquo do em-si, ao
longo do tempo, ao abismo, instantes-limites da vacuidade habitando os
recônditos da angústia. Gerúndios do efêmero solsticiando a continuidade
estruturada de contínuos do mesmo absoluto - tédio, melancolia, nostalgia,
saudade, tristezas inominais , ad-juntos do que jamais existiu, nunca foi,
fresta do espaço sem extensão, frincha do universo sem a long-itude por onde os
olhos pervagam à busca da a-nunciação do pleno. Não deveria cogitar poucochito
mais acerca dos olhos, pois que se analiso a partir de ponto de vista, este irá
mostrar-me que vê somente o que a mente está preparada para compreender. Seria
que a mente estaria preparada para esta compreensão que tão euforicamente
exponho em registro.
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Estalactites.
Gruta. No silêncio da escuridão, madrugada sem estrelas, lua, o barulho dos
pingos dágua no poço. Na extensão do vale o olhar não consegue alcançar o além
do horizonte, montanha coberta de neblina. Que sentimento atribuir à tradução
por inteiro o que a alma sente, coisa que não lhe é dado realizar?: o
pensamento não tem medida comum com a linguagem. Pensar consiste,
ordinariamente, em ir dos conceitos às coisas, e não das coisas aos conceitos.
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O
não-verbo, re-versado de particípio defectivo, in-versado de pretérito
intransitivo, de ec-sistência que nasce sem imperfeito, sem perfeito, sem
mais-que-imperfeito, sem subjuntivos, prolonga-se sem presentes perenes do
indicativo, vela o que não verbalizou a alma da vida, uni-verso do sentimento
revelado antes da a-nunciação atrás do mistério genético e apocalíptico,
iríadas e éresis do sonho, esperança, do que contingencia a carne e os ossos,
verbo do espírito, plen-itude de nonadas, ab-solut-itudes de vácuos e vazios,
antes do fim para que a ipseidade do nada possa inspirar-se para versejar o
ad-verso do universitivo, ao vazio seja-lhe dado o mérito de aspirar o seu
preenchimento, multiplicando as suas dimensões de a-colher e re-colher as
coisas do mundo e do pensamento...
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O nada
preenche de oásis a ausência do deserto sarapalhado de sem-caminhos,
sem-veredas, salpicado de sem-distância, sem-sendas, respingado de
sem-longitudes, sem veredas, simplesmente aberto ao vazio do nada, onde a luz
da verdade se inter-dita, presentificam-se as dialécticas da iluminação e
trevas. O efêmero alimenta de quimeras e sorrelfas o manque-d´être da visão
além do vir-a-ser, aquém da retros-pectiva divindade do trans-cendente,
divin-idade das imanências da fé. O vazio mata a fome do que não pode ser
con-templado nem às frinchas da luz metafísica de cócitos do simples e puro,
revisitado às retinas e pupilas dos mistérios e enigmas. Por último, a náusea
re-vela o em-si dos mitos e rituais que des-facelam a liberdade. Ontem beberei
o pretérito das águas que se projetam aos ilimites do perpétuo. O que trans-cende
o in-fin-itivo finito do não ser nada contingência, mas essência do sonho para
a ipseidade do efêmero, fugaz, êxtase do inaudito. O que trans-cende o
in-fin-itivo in-finito do não-ser nada contingência. O que con-tingencia o
intransitivo do verbo ser en-vela a transcendência, verbo que não conjuga a
vida. Vida que não tematiza o verbo. Temas e temáticas que não evangelizam a
vida do espírito. Carne e ossos para as cinzas. Coração e mente para o
apocalipse do destino "fim".
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Seria
mostragem, demonstração de nonsense, jerivasnada, dizer com toda a língua no
riste das falácias máximas? Encontrei com distinção e soberania que a idéia do
futuro, prenhe de uma infinidade de possíveis, possibilidades, chances, é mais
fecunda do que o próprio futuro, e é por isso que há mais encanto na esperança
do que na posse, no sonho do que na realidade, por isto há mais nitidez da
profundeza da imagem na face, intenciona o mergulho em todas as suas
manifestações... Não é para tocar a gaita com todas as energias do pulmão no
palmilhar o chão de terra salpicado de sem-distância à cata de outros
arco-íris?
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 03 DE JULHO DE 2020, 14:51 p.m.##
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