#INSTANT KARMA SERIES # - GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA $$$
... A ser
relido e revisitado...
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Metáforas a serem sentidas e re-fletidas...
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Imagem a ser sensibilizada e meditada...
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Linguagem a ser tecida com fina lã de utopias de existir...
... Tese,
antítese, síntese...
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Nada de
metafísicas... Ocasos de um momento, ausência! A mente dispersa, pensamentos
perdidos, ideias longínquas. Porventura as regências dos verbos accepcionassem
intenções e aspirações da alma, sentimentos e emoções se patenteassem com
proficiência e eloquência, desvencilhados de quaisquer erudições! Gerências
racionais, lógicas inscrevessem no tempo as vias a serem trilhadas. Contudo,
não se fazem presentes, o nentes performa as falhas e ausências. Tremor, temor.
Desespero humano.
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A sós
comigo, através a minha salvação e as boninas apanhadas no lusco-fusco, que
adornei o servente-cosmos de meu cubículo, o engenheiro-caos de meu casebre, o
mestre-vácuo de meu quarto no escuro, a lâmpada queimou-se, submerjo nas
lágrimas bentas transformadas em sortes e jucundidades, na aragem escuridão
diluviando sobre mim a compadecida umidade da pacificação e de todas as
angélias excelsas e sagradas.
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Trópicos
das gnoses e cáritas, sentimentos e emoções dos grãos de areia o vento sopra, o
esplendor, resplendor das anunciações de ad-vires do tempo, as dialécticas são
inspirações ad-vindas dos questionamentos e indagações, as contra-dicções,
vontades de alçar voos nas esperanças e utopias do belo e do pleno...
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A morte é
certeza real para todos. As glórias são efêmeras, os versos são eternos aqui e
agora, amanhã, infernos astrais; as estrofes se performam ao longo dos dias,
situações e circunstâncias, e se perdem, dissolvem-se, eterizam-se na travessia
para outros tempos, até a inspiração de outras avaliações, in-vestigações,
desejos, diálogo misterioso, enigmático com o eu-poético, em que só eu sei a
"senha" para nele mergulhar e decifrar o que habita nos pensamentos e
vontades. Sabedoria perquiridora de existir o desejo de conhecimento, conhecer
as coisas como elas são de fato, em seu mistério. O real é o virtual realizado,
antecipado e historiado dentro das condições de tempo-espaço.
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Nada de
metafísicas... A inspiração esvaiu-se, o relógio sem ponteiros, o pêndulo
conserva-se tiquetaqueando porventura simbolizando, significando algo não
podido id-ent-ificar, comedidas as batidas cardíacas, instant karma, o silêncio
sibila altissonante, ritmo e melodia do nada. A língua procurando outras
línguas, os olhos frios fixos alhures... no peito, as pulsações do coração são
mínimas, diminuíram sobremodo desde alguns milésimos de instantes,
desequilibradas. Pudesse o deus do sono a-colher-me em seus braços, mas
acenou-me há longas horas, fora passear no bosque, enquanto o lobo mau dorme o
sono das preguiças de uivar. Socorro, ajudem-me!... Faço o que quiserem de mim!
Poderei ser útil, consertar um fusível, aquando faltar a energia, você poderá
crochetear um cachecol para o inverno,
na sala
de estar, sentada, pernas e pés estirados, cobertor por cima, você tricotando.
Posso levar o lanche da noite, colocar na mesinha de centro, trocarmos dedos de
prosa sobre as nossas quiribilas de outrora.
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O melhor
para um indivíduo, quem sente o ar calmo e temperado, brisa suave, sombras
frescas, o aroma da relva, brilho suave do céu sem estrelas e sem lua, patear
compassado e o resfolegar dos cavalos, latidos dos cães no orvalho da
madrugada, a cobra retorcendo-se no galho da árvore, fiapo de luz mergulhou na
fresta, toca a sua cabeça – todos os encantos da estrada, da primavera e da
noite penetra-lhe na alma, o sabor do "coquetel pequim", no alto
verão, degustado solenemente no "Fim de Tarde" - é não ter nascido,
não ser, ser nada.. Por que estar na terra? Posso estar em todos os lugares.
Venha e recolha a sua parte.
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Trópicos
das pleromas, angústias e tristezas que precedem as vontades, desde as das
entregas da alma e espírito às das liberdade e do Ser, desde as recusas da
consciência e razão às da verdade e do saber, as contra-dicções são as poeiras
por onde movimento os passos às sarapalhas da in-fin-itude.
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Oh,
míseros compassos e traços de um instante sem fim e início, filhos do acaso e
da preguiça, da bebedeira e insanidade, da boêmia e da sabedoria, dos fracassos
e da glória, das frustrações e da insolência, o vento do silêncio esplendeu-se
aos horizontes da solidão, porque me obrigam a dizer o que não seria nem um
pouco conveniente, forçam-me a concordar com os despautérios da justiça e do
senso e inda louvá-los como sendo atitude de humanismo, respeito às diferenças
- se houver conveniência é o aprender a tocar qualquer instrumento, cítara,
guitarra, harpa, violino, amar apaixonadamente estes ritmos de qualidade e belo
estilo -, dizer o que não seria, em suma, bom ouvirem? Se ouvissem, com que
perspectiva da intuição e percepção sentiriam as inconveniências de suas
práticas, atitudes e ações, a visão distorcida de suas idéias e pensamentos
sobre o mundo e as coisas? Não é tão simples ouvir os equívocos elencados e
além do mais irreversíveis, a existência precede a essência, nada para
explicar, para justificar, o único responsável pelos equívocos.
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 21 DE JULHO DE 2020, 07:23 a.m.#
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