AS 10 MAIS OBRAS PRIMAS DA ESCRITORA PINTORA E CRÍTICA LITERÁRIA Graça Fontis COM OS MEUS SINCEROS PARABÉNS! $$$
1 -
CANÇÃO DO SILÊNCIO
Graça
Fontis
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No meu
interior,
Na
quietude do silêncio
Presente
presenciava
Vida e
dilemas
Desenrolar
de fitas...
No
sumidouro de civilização
Sendo ser
itinerante
Sem medo,
colorindo
Com cores
inocentes
Reintegro
novo ser
Na
demasia inquietude
Digo:
Chamo
viver!
Na canção
do meu silêncio
Possuidora
de seus enlevos
Então...
Cresço
Porque
sou mulher!
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2 - AS
PALAVRAS E OS SENTIMENTOS#
GRAÇA
FONTIS/Manoel Ferreira Neto: POEMA
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
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Lembranças
inestimáveis
A solidão
presente presencia resquícios de pretéritos
Outrora
de sonhos esquecidos
Tempos de
nada, instantes vazios
Olhares
alheios
Dista a
distância remota, olhares perdidos
Congruência
de sentimentos introspectivos
Agora,
sei não, o que importa saber pouco
Saber com
que intenção, passaram-se as ilusões
Quimeras,
fantasias
Cartas
jogadas aos naipes de horas olvidadas
Neste
navegar a todo pano, mar melancólico
Em que a
prudência surda aflição
Serpenteia
densas nuvens à placidez do olhar
Onde as
palavras caem, acolho-as
E no
ranger de vozes reverbero todos os prazeres
Dos
vícios acautelar-me-ei
Aguçando
mais e mais as sagácias contidas
Repelindo
resignações quando o acaso imperativo
Tenta
abater os sonhos
E da
janela da vida a vontade impera com coragem
Por todos
os ventos antes de perecerem no vazio.
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Entender,
explicar o inaudito cancioneiro
Do tempo,
sobra tempo para investigar
Os liames
entre o medo e o sonho
De
liberdade, livres as razões de ser,
Ser menos
que os princípios,
Ser mais
que os dogmas de outrem
Autentificar
os sentimentos cordiais, pensamentos mentais
Ser
silêncio, ausência de palavras sem tréguas
Vislumbrar
a vida, conotar as idéias
De
perquirições, as atitudes mudas dizem a alma solitária
Por que a
algazarra e não o silêncio?
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São
pensamentos dentre fumaças intermitentes
[São
verdades solenes dentre luzes perspectivadas
De
sentimentos, de que a solidão é íntima,
Ser
liberdade é almático]
Antecipação
das horas entre meio querer
Das
virtudes e renúncias no íngreme sólido do mundo
Fincando
raízes na terra do futuro inda nada
Valham-me
sonhos, estes são infurtáveis
E que o
próprio precursor execute canto de antecipação
Do
abençoado sol e seus mistérios
Do ranger
de vozes omissas, segredadas.
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Silêncio...
Palavras comungam-se nas linhas
Conotam
as luzes do espírito, denotam o brilho das emoções
Mudez,
nada a conceituar, definir
Dizer,
digo a mim,
Falar,
falo a outrem
Sem
intenções de revelar o ser de mim,
Pertence-me
o mundo de ser solidão
De ser
nada,
Vazio
Mesmo
radiantes, sombrias no irrisório destino
Recolhidas
pelo coração, mediante coisas futuras
Aventuras
conscientes e metas registradas no feito
Da
realidade inda sob espesso véu no rosto pasmo
De medo
nas longas noites dormitadas
Ajustando
todas as possibilidades nesta aventura
Sem porto
de chegada, para atracar
Seria que
o nada a habitar o ser-silêncio
Houvesse
de gritar a solidão à mercê da ec-sistência?
Seria que
o ser-[de]-ser a residir as entranhas
Houvesse
de entregar-se ao outro de pensar?
Ser o que
sou no ser quem não sou
Vice-versa
Ser o que
sou e não ser o que sou
Silêncio
Vivo
entre parênteses: primeiro parêntese, nascimento
Segundo,
a morte
Sou quem
o sabe, pertence-me esta sabedoria
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Donaire
da vida íngreme e desigual
São
nestas ladeiras mal calçadas que sinto nos pés
As dores
contidas é um caramanchão invencível
Desejos
secretos e sombrios
Quiçá
rezem a evidência de minha fraqueza
Até uma
alegre a sacolejar-me o ego
No escape
a tantos olhos
No pavor
incutido de mistérios a mim cabem
Nu como
ao mundo cheguei
Eis-me
aqui.
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Silencio-me
entre os homens
Ouço-lhes
as vozes, algazarras
É isto o
que me cala a alma
Voo aos
horizontes, universos da solidão
Amanhã
serei o existir pleno e vazio.
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Tépidos
substratos sentidos cegos
Amarantos
efusiantes de palavras
Na
longitude sem passado ou futuro
Bela flor
primitiva
Impactando
simetricamente as sombras
Inconscientes
da verdade do existir
No
caminho caucionador de palavras assimétricas
Ao
destino do nunca, rapporte com a humanidade
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A vida
são as palavras que em mim habitam
Sou
palavras e nada mais
Diluam-se
no tempo ou não
Inda que
só a mim ditas
Inda que
sentidas por mim só...
#RIODEJANEIRO#,
21 DE OUTUBRO DE 2018)
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3 - DANÇA
DE GESTOS#
GRAÇA
FONTIS: FOTO/POEMA
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Dedicado
ao meu querido Marido e Companheiro das Artes Manoel Ferreira Neto
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G-ravidade
circunvolutiva a golpes dos signos e ausências
R-eflexões
pretéritas na presença veloz do futuro
A-ssumido
ciente, consciência polarizada e dinamismo,
Ça-dan de
gestos sensuais e receptivos
A ávida
corola semi-adormecida tingida pela cor do devaneio.
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F-orma
densa do corpo volátil esculpido de prazer
O sol do
amor a restituir-lhe sorriso grego ao cheiro aderindo aos meus poros
N-uma
intermitente febre - delírios luminosos pre-anúncio do portador do pólen
T-antas
são as vezes que afogastes o que era sede e desespero
I-magino
todos os seus atos e me desato no imaginário ilimitado pelo seu puro ato
secreto de suas vontades
S-ob
morna luz da tarde já em declínio com os meus olhos a pirilampearem.
#RIODEJANEIRO#,
06 DE NOVEMBRO DE 2018)
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4 -
APRENDIZES#
#GRAÇA
FONTIS: TEXTO POÉTICO(AUTORIA) E PINTURA
No
repente do deslumbramento e do inesperado surge... ouço vozes na precipitação
do instante e do aprendiz em coordenação do sentir sistemático e sin-crônico. É
instintivo..
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Mistério
e o precipitar apurados da interpretação do desconhecido, reesculpindo a magia
do acaso - que prazer! Nas descobertas e conquistas decorrem ânsias, desejos,
idílicos devaneios, vibrações elevam à ignição energética na forma densa dos
corpos ao sabor do fruto arrebatado do viver na floração imponderada desta
ampla estrada com setas indicativas das multiplicidades dos sentires irados,
dóceis ou famintos a saciarem-se na ampla mesa farta e cama quente a
prenunciarem a chegada de novos ventos, novos pólens.
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Você, o
vento.
Eu, a
flor!
Assim...
Deu-se o
encontro
E o
iniciar da dança
No rápido
olhar
De entre
os corpos
Sem
temores
No
prolongamento
E
concretagem dos sonhos
Em gestos
e gregos rituais
Submersos
em olhos marinhos
Nos
momentos imprevistos
Densificados
em transparência.
(**RIO DE
JANEIRO**, 25 DE MARÇO DE 2018)
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5 - CORES
E ÊXTASES
Se as
cores são invasivas?
Sim-
sincronísticas desbravam, resvaleiam dominantes
Imprimem
riscos, rasgos ao irromperem os céus
Vezes...
ingênuos projéteis primevos
Outras...
tela-comunicabilidade teatralizada
Nos
interstícios misteriosos dos sonhos submersos
Aos
indeléveis vestígios do passado, do presente a decifrarem-se
Num vazio
onde descambam esparsadas emoções
Mesclaridades
coloridas em êxtases dentro d'um palco em expansão
Via
inerme e infinita ao desgovernado expresso narcisístico
Na
construção solícita do #Belo!
GRAÇA
FONTIS
Rio de
Janeiro, 05/06/2019
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6 -
FOLIÁCEAS DE DENTRO#
GRAÇA
FONTIS: TEXTO(AUTORIA)/PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA
Na flora
de dentro, em que a vida cresce, o revisar precoce nas cordas do tempo, e o
tempo consagra-lhe
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flexibilidade
e rigor ilimitados
às
vocações náuticas nas foliáceas
das
terras ininteligíveis,
de veias,
poros,
pelos...
rios
coloridos inimagináveis a pincelarem
a vida
neste roteiro sem gráfico ou retensão,
marcado
apenas por compassos
ao pulsar
do coração...
preciso,
exato;
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relógio
incansável, recorde de grandes paixões enérgico nas ladeiras no sono um frágil
a compor canções, segregadas na sonorização dos sentidos, sentimentos, às
margens do cérebro minado por acordes aulícos, sensíveis e transparentes...
dócil à cata, terno e lúcido o caminhar frenético rio abaixo, pupulando jubilez
no alvor as úmidas relvas, musa inspiradora d´um poeta cantador.
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Nas
cordas, um tom maior diz do amor,
flores,
peões e pescadores,
do luar
fluindo sobre colinas,
vales e
amantes voluptuosos
em suas
fatuidades convergidos
no mais
profundo idílio -
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corpos já
não são corpos, a metafísica das metas-fisicas inundaram os interstícios de
suas almas, rompendo a lei da gravidade, o tempo e espaço fundem-se num só
acorde, auspiciando novos tempos sem que descabem na hipocrisia e restem-lhes
somente um álbum com velhas fotografias.
(**RIO DE
JANEIRO**, 04 DE ABRIL DE 2018)
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7 - DENSO
OLHAR#
GRAÇA
FONTIS: POEMA E PINTURA
Olhe:com
ousadia,
densifique
as pétalas,
pérolas
que caem da boca
A
rusticidade dos caminhos invernais despidos e
Prontos
para receber
O verão
antecipado
As
pequenas coisas
De
grandes significados
Como...
O oleiro
que apazigua o barro
O sorriso
da criança
Que retém
o tempo
Sob o
frisson de um olhar
A flor
feita prenda
Nas mãos
informes
Ao
volatizarem carícias atmosféricas
No átimo
do inesperado.
Então. ..
Aí está o
amor, a beleza
Não os
descartes
Por conta
das decepções
É o olhar
que viu e não sentiu
Apartado
na mórbida insensatez
Negligencia
plenos prazeres
Perdido
no melancólico suspiro
Num mundo
frio
Só. ..
numa Geleira.
(#RIODEJANEIRO#,
30 DE JULHO DE 2018)
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8 -
ESPARSO TEMPORAL
Ocultos
perfis às fugacidades
Pendem da
haste frêmita da vida
Ao medo
suscintador que enlaça
Com
aproximação de aviltantes mistérios
Presença
diáfana da irrealidade
Sentida
em revigor na parda intimidade
A cada
nova-aurora irreconhecível
São
cordas, grilhões transmultantes
Armadilhas
crepusculares sem vozes altissonantes
A
dispersarem-se ao de mais assustador
Emaranham,
incrustam, fere e assombra
O dorso
débil, trêmulo trazendo à tona
Das
entranhas toda ardência, isolamento
No arfar
descompassado do fluir-refluir
Como
borboletas prestes à dissecação
No breve
vôo rumo ao desconhecido
De dentro
laceram os gritos e vertidos
Às
ignobilidades artificializadas
Indeléveis
na obscuridade superficial
Dos
vestígios de sinais rasteiros
Provocadores
"rupirantes"
Emissários
das coisas maléficas
Interditam
quaisquer ajuizar racionante
Dos
sentidos corpóreos já entenebrecidos
E os
fautos olhos antes luzentes
Tangidos
n'alma, sobrancelhados em si
Na
própria veia exilam-se
Ciente e
condicionado às aves no ninho da morte
Atados a
medos e carências que o mundo produz
A moral
que o futuro crucificou
Nos
trilhos cujo tempo não liquidificou.
Dos
últimos sonhos remanescentes
Farto...
deixou para o vento levar
Às falsas
areias pousarem
Ou...
A aridez
do chão frio acolher
Esse
corpo estéril, inerte sem mais dia
Sem noite
e sem veredas.
Se
testemunhado?
Esparsos
temporários de alguns vivos
Sob a
mornidade da luz e seus olhos retardatários
Na
correnteza veloz do tempo
Onde
muitos na fragilidade
As
lágrimas desaguam
Porquantos
outros ignoram.
GRAÇA
FONTIS
Rio de
Janeiro, 15/08/2019
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9 -
FILHOS DA TERRA#
GRAÇA
FONTIS/POEMA E PINTURA
Em todos
os tempos
Sentimentos,
Pontos de
contactos
Claridade
e visão real
Próxima
ao clarão
Da
compreensão
E
plenitude
Do que há
ao derredor
Na
abundância da terra,
Desta
terra inviolável
E sagrada
A
instar-nos ao aprofundamento
E na
sabedoria afortunada
Que nos
glorifica
A síntese
das delícias
Do ar
puro e transparente
Sorvido
como polpa doce.
Neste
caminho efêmero
De rosas
e atrocidades
Sequências
de tempestade e porto
Calando-nos
ao lançar dos olhos
A
retenção das lágrimas
Neste eco
de lutas e vitórias
Tanto
espirito, tanto corpo
Convertem-se
pela ignorância
Descaminho,
sofrimentos
E muitas
transformações.
Sem que a
virtude desvie-se
Catem o
portador da alegria
E
doutrinem-se na vontade,
Ai mesmo
que perdido
Um novo
caminho vislumbrará.
No ardor
- sol do
meio-dia.
(**RIO DE
JANEIRO**, 17 DE MARÇO DE 2018)
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10 -
INDULTO SILENCIOSO
POEMA
PROSAICO
Há sim
muitas indagações
Não
obstante, ausentes estão as respostas
Porventura
ouvinte sem corpo, sem vida?
Mera
imaginação!
No dia em
que o ritmo do percurso não se altera.
Um calar
de voz
Porquanto
a língua descansa
E os
olhos a divagarem
No
distante nem tão longínquo
Que
afastem, confundam
Ou inibam
as expectativas
De um
coração absorto
Aos
múltiplos sentidos já impactados
Pela
paisagem emoldurada
De
marinescos artefatos
Presentes
a indomáveis pensares
Num
faz-de-conta nebuloso e fantástico
A
envaidecer o novo rosto
Nova #Persona
e novas idéias
Inusitadas
que inebriam
Instantes
e horas desse mundo
Inteiramente
sem urgência
Sem
pressa sob o sussurrar da brisa
E o
murmúrio caliente
Das ondas
ditosas e poéticas...
Indulto
silencioso da tarde
Às #Palavras
transformadoras dos homens
Aquando
ecoam na grande solidão
Rumo ao
indefinido...
Criam,
revelam e modificam
As #Eras-
do ato criador à intuição.
GRAÇA
FONTIS
Rio de
Janeiro, 30/04/2019
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 15 DE JULHO DE 2020, 00:35 a.m.#
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