GRAÇA FONTIS ESCRITORA POETISA PINTORA E CRÍTICA LITERÁRIA POETIZA O AFORISMO 851 /**É SOBRETUDO NO INFORTÚNIO QUE O SILÊNCIO ABRAÇA OS HOMENS**/ PROJECTO #INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL# - PROJECTO #RE-TROSPECTIVA CRÍTICA LITERÁRIA# $$$
#SILENTES
NOTURNOS#
Vibre
silêncio, que urja
Sibilos
nas roucas trevas
Em hora
Luz e
segredos
Mágicas
verazes em tempos
Letras
difusas resplendem
Galopam
as vedetes sem medo
Sirenes
que escorrem,invadem
Vales,sonhos
em flêrtes
No
silente orvalho compacto
Arte e
desafios
No rego
d'agua de meus desejos
Impregna-me
É de ti,
que também colherei
Sabores e
delícias
De suas
vertentes madrugais
Entre
divino e orvalhada
No furto
de lâmina ligeira
Fogueteiam
um canto liberto
Na súbita
ânsia e ardência
Que
morde,vela meu sono
Elas, na
íntegra, outras quebradas
Sinuosas,
capciosas
Essas
palavras
Esquecidas
de quase mortas
Deixadas
por ti, para mim
Como
perdizes em glória
Cacos
fragmentados no tempo
A
rebocarem-me da terra aos céus
Onde o
sol com jeito inseguro
Dispersa
lânguido
De novo o
novo brilho
Vidrilhando
sonhos
Águas de
mar e rios
Já um
suspiro apagado
Da noite
cansada
Sucumbem
as pálpebras indecisas
Cerzindo
os olhos que murcham
Como
flores murchas da tarde sem abrir
É nesta
superfície macia
Que
furtivos recados em códigos
Sem
censuras, suspenses que cortam, atravessam
No
tráfego aéreo até mim
Neste
estranho correio
sem selos
Murmúrios,
cochichos
Em
tempos, atemporais
Postados.
..
As vozes
que se calam
Outras
vagam
Espalham-se
tristes
Choram,
choram, mas...
Bom é
chorar
Para
depois com olhos de gente grande
Nos
amplexos da vida
Sorrir.
Graça
Fontis
(12 DE
JUNHO DE 2018)
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RESPOSTA
AO COMENTÁRIO SUPRA
O
símbolo, signo, metáfora supremos da crítica-sensivel-espiritual. Obra-prima da
crítica poética-pensante. A excelsa compreensão e entendimento do instante de
criação do escritor. Crítica que será húmus de entendimento da obra do escritor
Manoel Ferreira Neto em todas as dimensões.
Rogando à
terra-mãe a sinceridade das palavras e sentimentos dos verbos de ser que hoje o
escritor conjuga, regencia, gerencia, não poderia de outro modo numa
linguística de linguagem e estilo ad-versos, que elevar, vangloriar, trans-elevar
o pensamento e as idéias da escritora, poetisa e pintora Graça Fontis, ao
analisar, interpretar poeticamente este Aforismo, numa poética-pensante nunca
d´antes revelada nos seus caminhos de poetisa, escritora, pintora e crítica
literária, uma OBRA NOVA nas suas dimensões artísticas, conjugando a poesia, o
pensamento e as idéias, sentimentos e emoções, a crítica, as artes, a síntese
de quem sente a Arte na Vida, no Corpo, na Alma, no Espírito, teceu o homem em
todas as suas dimensões, viajando nas luzes e trevas da ec-sistência do
escritor, nas sinuosidades de suas criações e re-criações, o fazimento de seu
destino nas letras, na dialéctica da existência dialética.
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Rogando à
terra-mãe a sinceridade das palavras e sentimentos dos verbos de ser que hoje
conjuga, regencia, gerencia, não poderia de outro modo numa linguística de
linguagem e estilo ad-versos, que elevar, vangloriar, trans-elevar o pensamento
e as idéias da escritora, poetisa e pintora Graça Fontis, Esposa, Companheira
das Artes, ao analisar, interpretar poeticamente este Aforismo, quem realmente
esvoaçou nos seus mistérios e enigmas, dúvidas e convicções, medos e cor-agens,
um retrato do carácter e da personalidade do "eu-escritor" e do
"eu-homem", teceu o homem em todas as suas dimensões, viajando nas
luzes e trevas de sua ec-sistência, nas sinuosidades de suas criações e
re-criações, neste poema solene, pomposo, arrogante e sincero, rompendo os
limites do aqui-poético e mostrando como sonhar a Arte do Amor às Artes, o
fazimento do destino do Casal Das Artes, cônjuges e artísticas.
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Demonstra
isto neste excerto " Rogando à terra-mãe a sinceridade das palavras e
sentimentos dos verbos de ser que hoje conjugo, regencio, gerencio, não poderia
de outro modo numa linguística de linguagem e estilo ad-versos, que elevar,
vangloriar, trans-elevar o pensamento e as idéias da escritora, poetisa e
pintora Graça Fontis, ao analisar, interpretar poeticamente este mesmo
Aforismo, teceu o homem em todas as suas dimensões, viajando nas luzes e trevas
de sua ec-sistência, nas sinuosidades de suas criações e re-criações, o
fazimento de seu destino nas letras.
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Pinta
isto com este sublime excerto deste poema-pensante de meu "É SOBRETUDO NO
INFORTÚNIO QUE O SILÊNCIO ABRAÇA OS HOMENS":
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"Letras
difusas resplendem
Galopam
as vedetes sem medo
Sirenes
que escorrem,invadem
Vales,sonhos
em flêrtes
No
silente orvalho compacto
Arte e
desafios
No rego
d'agua de meus desejos
Impregna-me
É de ti,
que também colherei
Sabores e
delícias
De suas
vertentes madrugais
Entre
divino e orvalhada
No furto
de lâmina ligeira
Fogueteiam
um canto liberto
Na súbita
ânsia e ardência
Que
morde,vela meu sono..."
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Perquiro
a todos, sobretudo às críticas oficiais: "Estes versos não são as viagens
poéticas-pensantes que faço nos momentos da criação, o homem no seu quotidiano.
Estes versos não são o retrato poético da vida do escritor Manoel Ferreira
Neto?
OBRA-PRIMA
DA POÉTICA-PENSANTE!
Manoel
Ferreira Neto
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#AFORISMO
851/
É
SOBRETUDO NO INFORTÚNIO QUE O SILÊNCIO ABRAÇA OS HOMENS#
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: AFORISMO
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"O
silêncio é verbo num pro-jeto poético-pensante, des-velando-se para a luz"
(Manoel Ferreira Neto)
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Post-Scriptum:
Um dos
sonhos proeminentes do escritor é definir os caminhos de sua obra,
esclarecer-lhes, tornar-lhes transparentes. Tarefa árdua, pois o que sabe e
conhece dela é mínimo. O infortúnio é aquele instante em que isto se torna
consciente. Mister dizer a obra, mas antes há-de ser consciente de quem se é no
mundo, com as verdades em mãos feitas distribuindo-as na tinta da pena. Advém o
silêncio: meditar, refletir, pensar, tese, antítese, sín-tese de uma vida,
pensamento, atitudes reais.
Lembra-me
aquando criei este texto num botequim na cidade de Curvelo(Minas Gerais),
instante de muitas dificuldades, problemas, angústias e temores. Cônscio de todas
as situações e circunstâncias. Havia de sentir o silêncio nas palavras, na vida
já diziam e muito. Após escrito, num passo de mágica tudo se trans-formou.
Exatamente o instante em que a vida e a obra se sincronizaram, sintonizaram,
harmonizaram-se.
A lição
fora primordial: não é suficiente, não basta apenas ter consciência, é preciso
a atitude da consciência. Meditei, refleti, pensei.
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É
sobretudo no infortúnio que o silêncio abraça os homens! Endosso solenemente.
Manoel
Ferreira Neto
(11 DE
JUNHO DE 2018)
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Amplexos
do silêncio infeliz...
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É,
sobretudo, no infortúnio que o silêncio abraça os homens; abraço de compreensão
e entendimento, a promessa transparente de libertação, de "humanidade do
ser", de busca, de encontro, suficiente a entrega; abraço de carinho,
ternura, a certeza nítida de aconchego, de desejos, vontades, sonho de traduzir
as emoções, bastante a esperança e o amor pelo sentido da vida; o silêncio é
verbo num projeto poético-pensante; abraço de compaixão e solidariedade, firmeza
e confiança nos interesses e propósitos reais de conhecimento, sabedoria,
cabe-lhe só a entrega absoluta e radical à Vida. Sem escrúpulos. Sem pejo. Sem
vergonha.
Uma
pequena palavra surgida de súbito, em princípio, sugerindo apenas que fora
pensada para que outras viessem à soleira, modifica por inteiro o sentido, o
estilo, a linguagem, revelando sua força e sua perspicácia, acompanhada de
vivacidade e inteligência, para um mergulho muito mais profundo. A palavra fora
“talvez”.
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O que é
isto de, talvez, os que mais conhecem os amplexos do silêncio conhecem sob que
águas caladas e profundas descansa a tênue camada da vida quotidiana, a frágil
episteme da sabedoria uni-versal. Disse-o antes, e, de imediato, faz surgir em
cena uma dúvida, desconfiança. Talvez é quem conhece, sabe o que eles
significam, o valor que possuem, na vida; quanto aos outros homens, a
humanidade, não o sabem; a intenção é justamente despertarem para esta certeza
da vida, para a convicção de se estar no mundo, sentir-se-ão realizados,
felizes, contentes.
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Não é que
nunca tenha percebido os amplexos do silêncio infeliz em momentos de problemas
enormes, insofismáveis, indubitáveis, problemas que, de todo, envelavam
qualquer promessa de alegria, de felicidade, qualquer esperança em um futuro o
mais próximo possível. Não lhe restou outra alternativa senão a de mergulhar
neles, re-pousando a face em suas mãos em concha, e assim pôde constituir esta
verdade em sua vida: “É no infortúnio que o silêncio abraça os homens”. Desde
então, em horas difíceis e complexas, entrega-se à meditação, à reflexão, nos
braços do silêncio, retornando deles apto a seguir a sua jornada, apto a
conjugar e regenciar o tempo e os ventos. Sente-se vivo, forte.
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Só diante
deste pensamento de no infortúnio é que o silêncio abraça os homens pôde
perceber que não é o silêncio que se sente infeliz, é o homem que o sente, e os
abraços daquele é que o tornam feliz outra vez, pronto para continuar o seu
itinerário à busca do sublime e do eterno. Mas não seria verdade também que o
silêncio possa se sentir infeliz frente às situações e circunstâncias, às
arbitrariedades e gratuidades, aos erros e irresponsabilidades do homem consigo
próprio?
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Aí, as
vozes todas que habitam o silêncio calam-se, sequer um sussurro, cochicho,
murmúrio.
Manoel
Ferreira Neto
(11 DE
JUNHO DE 2017)
(#RIO
DEJANEIRO(RJ), 05 DE JULHO DE 2020, 15:59 p.m.#
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