AMADA E QUERIDA AMIGA, Ana Júlia Machado, NÃO FIZ QUALQUER COMENTÁRIO DESTAS SUAS OBRAS, CONSIDERO-AS AS 10 OBRAS MAIS PRIMAS DE SUAS RECENTES PRODUÇÕES. GRATIDÕES E AMIZADE PER SIEMPRE POR VOCÊ $$$
1 - O
mundo em guerra...
Quando
observo o Planeta...
Mais uma
vez contesto...
Será que
o Planeta foi concebido para tanta miséria...
Indivíduos
que aniquilam,
Pelejas
que não expiram,
E cada
vez mais sofisticadas
O surgir
das armas químicas
Bem mais
letais
Enfermidades
sem tratamento,
Inocentes
estuprados sem dó nem piedade
Criaturas
com míngua,
Idosos
desprezados,
Pais
atormentados,
Descendentes
perdidos, seres açoitados,
Vegetação
arruinada,
Natureza
em extermínio,
Comunidade
que não considera,
Ira,
invídia e avidez!
Quando
observo o Planeta,
Contesto
o porquê?
Tanta
contestação repleta de cegueira
E assim
vai o mundo...
Ana Júlia
Machado
$$$
2 -
Imperceptível...
Lunática,
a existência, para lá da abominável calamidade!
Oferendas
de ser e repulsas de abnegar,
Não
impedidor o calvário e os aljôfares.
Continuamente
sublima-se um distinto em nós
Que
peregrina no anelado significado
Da
presença ainda não assolada.
Existe um
enredo extenso para libertar!
Não
antevê-se o seu retiro!
Preferível
é o passamento – possuindo erudição ou não
Qual o
seu marco
Na delonga
do distinto, em alguma parte, além,
À nossa
aguarda, subtil,
Pobremente
até o deslindarem.
Essa data
acercará! A fatalidade findará!
Existe o
Éden e a Notoriedade, o Triunfo
Contra
todas as chagas.
A
existência quiçá um dia retornará a gargalhar
Na chama
ateada
Eminente
nos físicos que bailam
O bailado
dos espíritos no emudecimento das estimas
Permutados
entre as parelhas que voltam a juntar-se
Sem
jamais usufruírem-se descobertas.
Ana Júlia
Machado
$$$
3 -
Tantas dúvidas sem respostas
O planeta
assim, esquisito planeta.
Não o
concebo, e muito menos ele a mim.
Anda a
circular... E o que mais?
Miseravelmente
ninharia mais!
São
tantas as pessoas gemendo e amargando...
massacradas...
Cessando,
e
perecendo extinguiu, o fenecimento é o termo!
Possui
quem verbalize o oposto,
não é o
termo... Somente o princípio,
de uma
outra etapa!
Mas, quem
abalou e regressou?
Desconheço
que eu conheça
nesse
caso como verbalizar que não é o fecho?
Ah... Já
avistaram àquela claridade,
lá no
final do túnel...
Mas isso
é alucinação, evasão, cegueira!
Esse crer
a todo preço,
é um
jeito um tanto frouxo,
de não
contemplar essa realidade:
Um ri-se
tanto, é ditoso a existência completa,
outros
amargando habitam!
Uns
possuem extensa existência,
outros
perecem ao desabrochar.
Uns
possuem tudo que pretendem,
outros
ninharia, nem para nutrirem-se!
E a
contrapartida?
Possuirão
vida perene!
Ou outra
existência diferente oportunidade,
Conversem
comigo, por cortesia,
os que
habitam incessantemente,
nunca os
escutei.
E as
recordações de diferente existência,
quem as
possui?
acreditem
que pretendia crer...
E creiam
que não sou capaz!
E o
funesto é que pretendia cessar,
somente
para satisfizer minha perplexidade.
Sugere
ser divertido, mas é sinistro,
eu
indefinidamente tencionei perecer,
mas as
correntes aguentaram-me aqui!
Foram as
incertezas que aferrolharam-me.
Mas se
posteriormente ao fenecimento, tudo expirar?
Delir-se
tudo, insistirei a desconhecer,
não mais
viverei, a quem inquirir?
então
nunca eu conhecerei,
que
posteriormente ao fenecimento,
não
subsiste ninharia!
Mas... E
se existir facto?
E eu
abrasar-me nas chamas perpétuas,
Escutando
pranto e estrugir de dentes.
Esse
trecho poderei entender,
possuo
desvirtudes razoáveis.
Mas se na
eventualidade abalar para o paraíso?
Não
acredito que consiga,
Serei
impedida, com toda convicção.
Mas de
alguma maneira, meramente assim,
Conseguiria
enfim extinguir minhas incertezas.
E mesmo
do exterior eu berraria teimosamente
ao todo
pujante...
Tu és
mesmo um criador de afeição?
Nesse
caso qual a causa de tanto revés?
Porque
tanto descasalado?
Porque
tantas iniquidades?
Juro que
não entendo, este mundo cor-de-rosa para uns
E para
outros, tão funesto...
Jamais
vou ter resposta a estas minhas inquietações...
Sei que
muitos dirão que há, mas eu não as vejo...
Ana Júlia
Machado
$$$
4 - Minha
arca...
Desfechei
minha arca
Repleta
de tramas e pojo
Desenraizei
tudo do interior
Todos os
meus ocultos
Os meus
insensatos sentidos.
Minha
sonsice
Meu
receio de errar
Meu
devaneio de éden
Meu
protótipo de érebo.
Abdiquei
da minha fantasia
Erradiquei
consciência e entusiasmo,
Aqueles
contos do criador do paraíso
De
sujeito agraciado de acúleo.
Arremessei
uns objectos
Uma vela,
uma cruz, a devoção
Um fio
repleto de rosários
Minha
alucinação, minha cegueira!
Encontrava-se
tudo putrificado
Odorizava
a ilusão.
Cerrei
novamente a arca
Nela não
vou mais arquivar
Fantasmagorias,
embustices ou talismãs.
Vou
atestá-la de exactidões
E
arrecadar erudição.
Não
apresse-me sentenciar
Já deitei
para o exterior a transgressão
De
arremessar tudo para o ambiente!
Ana Júlia
Machado
$$$
5 -
Vida
infeliz
Tardiamente,
e você desamparada
e não
existe ninharia e ninguém consigo
escassamente
suas ideias…
O pez
conquista todos os lugares ao seu arrabalde…
Pela
primeira vez, você encontra-se totalmente em concórdia
Mas numa
sucessão, que acha-se situado no posicionamento n
Radicalmente
infeliz e nostálgica…
Você
questiona-se
E o emudecimento
é o ímpar ensaio de réplica…
Não
existe coisa alguma, somente você
arremessada
em um aposento negro…
Suas
ramificações dilaceram
você
arrisca desprezar toda a mágoa
não de
seus inerentes golpes,
mas de
suas sensações…
Mas
qualquer esforço é infrutífero
você não
consegue permanecer um exclusivo instante
sem
meditar em sua amaldiçoada existência
facto que
já iniciou falhado
não teria
mesmo de caminhar beneficamente…
Como numa
fita você regressa a cada circunstância
relevante
de sua existência
e
compreende que seu fado caminha em aros
realidades
funestas abalando e retorcendo…
e que é
facto que não possui mais como converter-se…
Não seria
preferível então extinguir com tudo isso?
Com todo
esse período de realidades impeditivas
que
somente transtornam os parcos instantes
que você
consegue possuir de dita?
Tudo que
ainda permanecia de benéfico, ausentou-se…
Por facto
que não possuirá vindouro
e uma
hodiernidade fortuita…
Você
considera;
Por que
não sumir de tudo isso?
Mas a
intranquilidade acossa-a
e você já
não possui convicção de coisa alguma.
Nem mesmo
da existência
Se é que
ela um dia apareceu para você…
Ana Júlia
Machado
$$$
6 -
Divergente em analogia ao ser "criatura".
Presentemente,
ensaiei na extremidade
dos meus
olhos uma gota salgada
por
entornar-se, uma gota que armazenou-se
no
interior do meu espírito.
Enxerguei-me
de que a muitas luas não licenciava
que os
meus aljôfares
entornarem-se
à muito tempo, elas apinhavam-me
o
espírito, amontoavam-se,
consumiam-me
e, submergiam-me em sensibilidades atormentadas e inquietas,
que
encarceram-se e açoitam-me, baralham-me.
Diligencio
em alguma parte no planeta adequar-me,
e dominar
essa mágoa
que
despedaça-me a alma, e pesa-me a mente.
Será esse
o meu fado?
Extravasar-me
intimamente essa ânsia que abala
e
aparece, hesitante.
Analisei-me
como escassear-se -me um naco
de
espírito, um porção essencial
do meu
ser, um "eu", que não devia desvanecer-se de mim.
Diligencio
entre quatro vedações facto que não consegue ser
enclausurado
ou domesticado, diligencio entre criaturas ocas,
agenceio
entre imensidão e morros...
Inacreditável
é cogitar que conseguirei
descobri-me,
quando já não resido
mais
assistente nesse planeta.
Encontro-me
a pronunciar sobre facto
que não é
concreto, nem evidente,
encontro-me
a proferir da natureza
de cada
criatura, do fulgor nos olhos,
do
espírito latejante, do rir franco, de reflexões
luzentes
e particularmente
da
idoneidade para estimar. Eu desperdicei!
Desperdicei
tudo isso, deixei tudo
o que
existe de indulgente em mim, desperdicei
a
idoneidade de ser afável,
cortês,
interdependente entre outros qualificativos encantadores, mas agora
igualmente
descobri a ser mordaz, previdente,
gélida,
astuciosa, e "sem alma".
Eu não
sou mais uma criatura, sou semelhante a si, um ser,
mas sou
divergente em analogia ao ser "criatura".
Ana Júlia
Machado
$$$
7 -
Paraíso e érebo
Avistei-me
despida em um vergel
Desapossada
do éden por mim.
Mas a
ofídia; Não entendo
Penso que
eu mesma a convoquei.
Não
pretendia mais perdurar
Incessantemente
contemplando aquele mastro,
Com
proibição tatear.
Libei do
pomo e não pereci
Penso
mesmo que ressurgi!
Desnudei
todo o meu pejo
Sou de
mim a minha deidade.
Afugentei
todo-poderoso do Paraíso
Assim que
auscultei seus andares.
Meu
Gênesis- irei redigir
Meu
inerente Paraíso - conceberei
Nele não
irei assentar
Mastro do
Infortúnio do benefício
Não
causar-te-ei cativo
A ofídia
pode ingressar
Mas é
mouca, não consegue pronunciar
O meu
Paraíso não é irrepreensível
Mas será
incessantemente desse modo
Cá há que
cultivar para nutrir-me
Frui que
altercar para avassalar
Frui que
aligeirar para acercar
Tanto
pode desbaratar como auferir
Somente
resulta de cada um
Não
atesto-te de cegueira
Nem
pretendo veneração.
Eu prezo
a independência
Sou
destituída de maleficência
Minha
fúria não afogueia-se
Não
aniquilo quem não estima-me
E nem
asfixio os inocentes.
Não
possuo crença, escassamente fidúcia.
É sadio
habitar por habitar
Pois em
uma data vai fenecer
Perceba
que não existe para ninguém o perene,
Não
afianço-te o paraíso...
Nem
coloco-te no érebo!
Ana Júlia
Machado
$$$
8 - Saída
sem retorno
As
fragrâncias das roseiras
alteraram
a idade, o vendaval
que por
mim transita e transporta
transporta
toda uma existência,
Transporta
a toda ocasião,
transporta
uma data,
mas não
importa de regresso.
Obscura
uma vereda
sem
direcção e desígnio.
Sobeja um
escasso de plangência e aflição.
Mas, em
uma data expira, e daí ninharia sobeja
nem
excedente, nem tema, nem período,
nem
vendaval, nem vereda, nem fado.
Nos
instantes antecipados a existência vai,
Transporta-te,
mas não regressa
nem
regressa ao pretérito...
Ana Júlia
Machado
$$$
9 -
Pretender crer...
As
criaturas creem em desígnio,
Mas
arriscam alterar de existência, incessantemente!
As
criaturas creem em todo-poderoso,
Mas
acreditam mais no doutor.
As
criaturas creem em existência perene,
Mas
padecem com o terror do fenecimento.
As
criaturas confiam na prece,
Mas não
emprestam um medicamento que extinga a dor.
As
criaturas confiam que todo-poderoso preserva,
Mas
evocam, é os artilheiros.
As
criaturas confiam que todo-poderoso conhece tudo,
Mas
interrogam, apenas a enciclopédia
As
criaturas confiam no refúgio celestial,
Mas não
cedem a vedação com luz.
As
criaturas untam seus descendentes,
Mas vão
rápido para a vacinação.
Na
realidade elas não creem...
Pretendem
crer, a todo preço!
Aí
encontra-se...
Lacrimejando
o transcorrido
Idealizando
o porvir,
Agregando
os fragmentos de ser
Ana Júlia
Machado
$$$
Ser
especial, derivado de uma alteração
Instante
mansinho
A pulcra
narcotizada
Instante
de exibir exultação
Fora de
intenção.
Cruel
assanhada...
Ser
especial, derivado
de uma
alteração
Instante
de cachorro colérico
Mágica
enlouquecida
Volve
intempérie
Com
vendaval sombrio...
Ser
especial, derivado
de uma
alteração.
Ausenta-se
num ápice
Faculta
espaço ao astro-rei, indulgência
Circuito
fixo, buliçoso
Xilo
mélico, de realidade...
Ser
especial, derivado
de uma
alteração
Ana Júlia
Machado
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 14 DE JULHO DE 2020, 15:29 p.m.#
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