SAPERE LONGE PRIMA FELICITATIS PARS EST/O SABER É A PARTE PRINCIPAL DA FELICIDADE (ANTÍGONA) GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO $$$
POST-SCRIPTUM:
Sugiro
aos leitores lerem esta obra, ouvindo BROTHERS IN ARMS, Dire Straits, como quem
toma uma taça de vinho saboreando-lhe.
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Começar
do inverno, resolver a equação das inquietações prolixas, sabê-las com aquele
ar de quem nada sabe de coisas alguma e já sabe de alguma coisa, passear por
todas as ruas, agasalhado, sentindo o orvalho da noite, vagabundo ou boêmio de
mim pelas calçadas, nostálgico clarim longínquo como bandeiras incertas, poeira
de areia parada no fundo da visibilidade, a fogueira das quimeras acesa
esquentando o desejo de soprá-la e espalhá-la por todos os recantos, faça-se a
fogueira, a fogueira se fez nas alamedas perdidas, começar do inverno de hoje a
delinear os passos que levam à primavera, o renascimento das flores, beleza e
magnitude da natureza.
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“Começar
das flores a primavera das metafísicas do encontro e liberdade” ou “começar das
metafísicas das flores o encontro da primavera e suas líricas”, lírios,
lilases, rosas, orquídeas, que resplendem de beleza as auroras, exalam perfumes
que extasiam e elevam os desejos de sentir plenamente a natureza em seu ser, as
suas sendas na essência, mistérios e enigmas no espírito de suas re-vel-ações e
ocultações, e per-fazer o encontro do estilo e linguagem de se expressar a
liberdade, a forma e o conteúdo de se dizer as profundezas do inconsciente.
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Da
primavera os interstícios da alma, do outono, nas veredas de outrora, os mitos,
ritos, gritos da língua em riste que saboreia as palavras que emite, desejando
enfática, murmúrios do coração auscultados nos instantes de indecisão, enfálica
e euforicamente o dó-ré-mi-fá-sol-lá-si das notas de amor, cáritas, a
musicalidade e ritmo das idéias em harmonia com o que o espírito manifesta na
memória, com o que a inteligência lê e interpreta de seus movimentos nas
nuanças da id-entidade que se re-faz, que se re-constrói ao longo do eu que se
busca nas situações da vida e do quotidiano, que se des-faz no outono das
primaveras do ontem e hoje, re-nova-se nas antemãos e revezes do verão de
outros raios de sol à luz das outroras-razões e sensibilidades, subjetividades
com o que a alma ilumina na inspiração, intuição e percepção, com o que a razão
in-versa e re-versa dos sentimentos a sensibilidade da lírica em seus versos e
estrofes de iluminação e trans-cendência, com o que os ideais e utopias do belo
puro, da beleza inocente, ingênua trazem em si para res-plandecer as sombras
que se projectam com os raios faiscantes do sol, em cujos idílios do ser e
não-ser nascem as con-templações das vontades da con-versão do in-verso ao
real, do re-verso à verdade das linhas e inter-ditos, às in-verdades das
além-linhas dos passos, traços, marcas das aventuras que fizeram as lágrimas
caírem leves, livres e suaves...
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A solidão
não quer mais perder as águas de vista nas suas límpidas jornadas para alumiar
as esperanças do encontro do brilho dos olhos que abrem visões e idéias para a
fin-itude do amor que se ama sonhando, se vai ser assim, do avesso aos novos
sonhos do verbo de conjugar balada às estrofes do espírito que se alimenta da
beleza das flores que nascem nas auroras, morrem nos crepúsculos, da natureza
que se projeta na distância, no longínquo, absolutiza-se na beleza de inspirar
as palavras que lavram o ser das profundidades, a alma dos conhecimentos e
sabedorias, a sensibilidade das profecias e nadas-a-dizer, nadas-a-cogitar, o
conhecimento do desequilíbrio, do desequilibrado sentimento da solidão à busca
do sublime, da angústia da carência, desejando a ópera das verdades e
transcendências do “SER”, esperança do homem-novo nos inter-ditos das outroras
inspirações do belo e da magia.
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O dia
translúcido, cristalino. Coriscos de sol possantes. Amanhecer de invernia
avesso de vocábulos em cujas missivas descansam sensibilidades distintas,
alvoroços. A autonomia gravada na campa de indiferente, a paridade degradada.
Sinagogas, oratórios de concepções opostas, fantasias de anteriormente. Opostos
motivos de existência e regalias, regulados em itens, alínea e artigos,
permeiam melancólicas clareiras, cerúleas (transparentes no futuro, as
aparências).
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“Começar
de outrora essa aurora de outono”, entre o outrora e outonos de infinitos
uni-versos na finitude das venturas e fortúnios da verdade às avessas da
in-verdade, da in-verdade re-versa à essência da verdade, por intermédio da
janela da alcova entrando os raios solares escaldantes, algumas sombras se
projetando no chão de tacos sujos, amanhã, quem sabe, mande sintecá-los, o
calor será imenso por todo o dia, além do mundo não há para lá me refugiar, de
madrugada o friozinho estava bem agradável, na escuridão da alcova, a esposa
dormindo, pensava na Sibéria, na con-versão das culpas que o inverno re-vela
com distinção em sentimentos de amor e carinho pela humanidade, o peito arfando
de calor, as chamas do coração brilhando livres e resplandecentes, desejava
sentir-lhe o frio, ninguém está satisfeito com o que tem, eis a di-versão que
encontro pura e singela, suave, em última instância, para mergulhar profundo na
roda-viva das quimeras de alegria e felicidade, assim sentidas nos interstícios
dos desejos, vontades, por serem efêmeras, nem ainda se a-nunciam já se
despedem solenemente, nem dão tempo ínfimo para sentir e toda a alma eivada de
suas esperanças e fé empreende a longa jornada sonho adentro à busca do que elas
deixaram no íntimo que possam ser sementes e raízes de outros encontros e luzes
do “SER”, luzes que irradiam novos ideais, inéditas idéias e projetos,
iluminando as sendas de florestas esquecidas, de estimadas querências deixadas
para trás, por inconsciência das verdades que habitam o tempo da ec-sistência,
os instantes das fantasias, encontros que esplendem outros sentimentos de
entrega, outras imagens de mimeses e do belo-estético, outras conversões do
amor e amizade, outros amores e prazeres.
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Encontro-me
à janela, cotovelos no parapeito da janela, mãos amparando o queixo, neste
alvorecer, rosto virado, um olho invisível, o outro visível, introspecção,
circunspecção, pensando o que me vai íntimo. Entre a cruz e a espada, o caminho
passa "per áspera" e vai "ad astra". Subir as estrelas, aos
píncaros da essência humana, transita justamente pela aspereza das renúncias,
das quedas, da solidão e sempre pela incompreensão. O indivíduo consciente
entende que sua vida não é o começo nem o fim de uma trajetória evolutiva. Em
suas escolhas, vê oportunidades que formarão seu cabedal íntimo, indestrutível
e eterno.
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Dante
avisou: "Feitos não fomos para viver como embrutecidos, mas para perseguir
virtudes e conhecimentos". Angústias, tristezas, melancolias, frustrações
e até solidão do incompreendido são facetas a lapidar pedra que se chama
"vida".
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Escol de
poesia e estâncias, na consciência a comunicação de diferentes existências em
cujas literaturas as prímulas alteiam o entendimento, declaração de fantasmas e
imaginações (escol de ociosidades e ocupações; pétalas de labutação e ânsia).
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 02 DE JULHO DE 2020, 15:35 a.m.#
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