#ELOGIO ÀS VERBORREIAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA $$$
Quem
sobrepuja as facécias do nada tendo sido aclamado de pé e salteados por suas
quimeras de a existência preceder a essência, não conhece de cor e decorações
os dons e talentos que traz nas bordas para protelar o destino que se faz
continuamente na continuidade das decisões e consequências.
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Quem
negligencia as verborreias das veras entupigaitadas de princípios preceituosos
e dogmáticos nas contingências do abismo de idéias e pensamentos sobre as
moléstias psíquicas, e que nenhum produto de limpeza especial é capaz de
tirar-lhes as máculas, não sabe poucochito que seja as contribuições que elas
legam para o início peremptório dos distúrbios da mente e dos instintos que
abrem fendas e frinchas para as elucubrações proeminentes do bom senso e
nonadas.
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Quem
subestima os gogós do orgulho e da vaidade que efetivamente enaltecem os
inúteis no cenário dos valores e virtudes, os incapazes de enfiar as mãos na
cumbuca e fazerem o que lhes pode tirar da miséria da estirpe, não percebe com
percuciência a força e a vitalidade que as palavras adquirem no instante em que
são pronunciadas, e como os olhos faiscam no instante dos olhares de esguelha
para observar se não há algum gaiato que desdiga os objetos que mereceram
tantos júbilos.
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Quem
deprecia as falácias do efêmero e do eterno que acompanham a existência em
todos os seus instantes de labuta ou preguiça, falácias que persuadem a
inteligência a conquistar o mais probo dos doutores a adotarem-lhes como
sementes de pensamentos divinos, falácias que engabelam os sensos do real que é
racional e o racional que é real, não capta por instante-já sequer que elas
prometem com fervor a consciência que visa sempre a morte de outra consciência,
não intui que elas ajudam a prolongar as andanças por fraqueza e morrer por encontro
imprevisto.
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Quem
despreza a flor roxa que nasce no coração dos trouxas, faz deles jeguitos de
presépio, cachorrinhos de madame, andar de quatro para receber a
correspondência de tão precioso sentimento, arrastar na enxurrada em direção à
boca de lobo só para sentir o prazer inominável da alma aliciada e seduzida a
refazer-se inteira de suas condutas de má-fé, acreditar piamente que a o roxo
não é uma cor que revela coisas negativas e sim maravilhosas, de grande
esplendor.
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Quem
cerceia as intuições e percepções das moléstias psíquicas mais atrozes e
difíceis, deixa de sentir a piedade, o dó, a pena, a comiseração das pessoas
por condição tão miserável, podendo assim deitar e rolar nas atitudes mais
medíocres e mesquinhas que são desculpados, perdoados, sentir-se amado,
querido, idolatrado.
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Quem
alhana os sonhos e esperanças, que são fantasias inventadas para o homem não se
sentir impotente, incapaz, zero à esquerda, sente que está em perfeito acordo,
é condizente com a existência sem qualquer sentido e valor, pode ajuizar-se sem
pejo algum o mais insignificante do mundo, motivo de orgulho e vaidade.
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Quem
reprime os instintos mais arbitrários e violentos deixa de lado as
possibilidades de atingir o ápice dos valores negativos que transformam o homem
em um ser digno dos mais profundos elogios e merecimentos, aquilo que endossa a
vida como sendo coisa alguma, nasce-se sem razão, prolonga-se por fraqueza e
morre por encontro imprevisto.
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Quem
abole suas crenças dogmáticas, preceituosas na vida além do mundo, a
ressurreição e redenção são dádivas para todos os seres, não pode avaliar o
quanto se faz importante tornar-se incrédulo a respeito de quaisquer princípios
morais e éticos, é livre para agir conforme lhe dá na teia, nada há de libertinagem,
de posturas indecentes, tudo é permitido, cabe realizar com primor,
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E quem
não faz nada disso, sobrepujar, negligenciar, subestimar, depreciar, desprezar,
cercear, alhanar, reprimir, abolir, o que pode justificar, explicar, explicitar
o de que o homem é capaz para marcar sua presença e ainda despertar saudades
profusas nos seus cúmplices, álibis, lacaios, capacho.
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 03 DE JULHO DE 2020, 11:39 a.m.#
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