LIMIAR DE TODOS OS VERBOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: Aforismo ----
DEDICATÓRIA;
À
Inestimável Amiga e Escritora, Crítica Literária, Ana Júlia Machado, um
"Mimo" mui especial ao seu Dia do Escritor, de como você me ensinou
as Vias do Silêncio nas Letras. Parabéns, minha querida. Beijos especiais à
nossa amada e querida netinha Aninha Ricardo.
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Epigrafe:.
"A
origem das palavras é o ser que as elabora, delineia, compõe através de todas
as suas experiências." (Manoel Ferreira Neto)
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Se ser
especial é escrever a alma plena de esperanças do verbo, de sonhos, de fé no
vir-há de ser, doando as mãos feitas concha, no peito a alegria da entrega,
então as palavras trans-cendem a realidade em que foram criadas, re-criadas, o
amor preenche os vazios da carência, solidão, faltas, no inter-dito das linhas
retas de góticas letras a imagem nítida nula de quem escreve não ser dono de
si, sim ser objeto dos desejos do outro.
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Se ser
especial é trazer dentro de si, na ribalta do espírito, a luz diáfana da
compaixão, sentimento de ternura, amizade, carinho, que, não há duvidar, incide
os raios luminosos nos recônditos do íntimo, projetando na vida as sementes da
felicidade, então a divin-idade do ser se faz presente fecundando a alma do
verbo com outras visões do eterno e absoluto.
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Se ser
especial é ouvir com sublime atenção, na calada da noite, no silêncio da
madrugada, os gritos antigos da solidariedade, os gemidos de dor e sofrimento,
os suspiros de medos, inseguranças, que os homens sentimos no quotidiano à
busca do pão que nos alimenta, move-nos na realização que nos fora legada, a
vida na sua plen-itude, a verdadeira vocação, então é-se capaz de criar,
re-criar, re-fazer horizontes e uni-versos à luz do in-finito, do que eterno-há
de vir, então as carências todas que originaram dos gritos antigos tornam-se
seivas divinas para o encontro da verdade.
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Se ser
especial é projetar a liberdade no espelho do perpétuo, cuja imagem refletirá o
amor sublime aos princípios da responsabilidade e compromisso com a justiça,
com o respeito, com os ideais, utopias da plen-itude do ser, pedra de toque do
ser do espírito, eidos da trans-cendência, em cujos liames do finito e imortal
reside a dialética do instante-limite, então a carne do sentido do real, da
verdade tornar-se-á o telos do verbo e tempo, o corpo das etern-itudes , por
onde as energias das esperanças do belo e estético se projetarão ao inaudito,
desconhecido, mistério e enigma, de lá trazendo para o alvorecer os raios
numinosos do perene.
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Se ser
especial é re-conhecer que o sonho de amar não existe sem o verbo do amor que
se a-nuncia, revela-se, id-"ent"-fica-se em todos os momentos, em
todas as experiências e vivências, sempre buscando a síntese do efêmero e
eterno por inter-médio dos ínterins do amanhecer e anoitecer, no onírico as
imagens trans-lúcidas, trans-lúdicas do pleno-há de vir, que são numinosos
volos da fé, então amar é fecundar o outro do outro, outro do outro com o sêmen
da verdade das contingências e trans-cendências, com o substrato da vontade da
felicidade, prazer, êxtase, mesmo que permeados de nostalgias, melancolias,
náuseas dos pretéritos e particípios, mas sendo-com a liberdade de colocar a
entrega em questão.
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Quiçá
emitem com todas as regências verbais da dignidade, honra, sinceridade,
fidelidade serem estas considerações especiais, pois nascidas e dadas a luz dos
interstícios da vida, da existência, e como a origem das palavras é o ser que
as elabora, delineia, compõe através de todas as suas experiências, juiza-se
ser especial, só há a dizer que, apesar dos tapetes silvestres ao longo dos
caminhos trilhados, há o amanhecer do sol a ser conquistado, presentificado,
encontra-se no limiar de todos os verbos.
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 25 DE JULHO DE 2020, 16:33 p.m.#
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