ESCRITORA POETISA ANA JÚLIA MACHADO ENSAIA, INTERPRETA, ANALIZA E POETIZA O AFORISMO 195 /**AFORISMO 195/QUEM É VOCÊ?**
Neste belo texto Manoel Ferreira Neto verbaliza acerca do devaneio que
interpreta a existência. Ideias. Idílios. Alucinações. Fantasmas. Mutismo de
isolamento estatuindo nas sinagogas do paradoxal os poderes espirituais
inesquecíveis que entidades ou forças sobrenaturais que existiam em espaços
naturais ou que estavam ligadas a momentos da vida e às acções humanas. O fátuo
de confianças, o nente do local onde as pessoas vivem
Apraz-me fazer a seguinte análise…quiçá descabida do escritor…
Fantasias ilustres e escuras
que afrouxam ao contemplar o paraíso
tão incontável e enorme e intrincado
deglutindo os olhos do crítico.
Cautelo encerrar-me nessas cegueiras
mas a ansiedade é superior e é para lá do pretender
nessa circunferência universal sem elucidação
onde não existe termo, só existe infinidade.
E os astros são os instintivos dessa azáfama
que o bardo penetra com todo seu espírito
Arriscando descobrir os motivos da existência
Intentando entender a vereda transitada.
E as ideias desperdiçam-se e vertem
toda essa pulcritude apolínica nos turbilhões do devir
e seus incorretos desvarios entre berros ressoam
essa superior intenção de se desagregar;
E se desintegrar entre corpúsculos e onda eletromagnética
de força resplandecente, na teórica
dos quanta que bailam essa ininterrupta baila divina
e expelem supernovas e brumosas infindáveis
Atestas de colorações originais e universos sem idêntico.
E é meramente nas parecenças
do macro e do micro cosmo
que encontram-se eclipsas todas os preceitos
que patenteiam todos as significações.
Ana Júlia Machado
Jamais descabida de mim, Aninha Júlia. Em verdade, uma análise
ensaística que re-vela ipsis litteris e verbis as intenções que desejei revelar
in totum.
Ipsis verbis complicado o "EU", a vivência do "Eu",
diante das futilidades, idiotices, imbecilidades, hipocrisias, falsidades,
aparências, farsas dos homens. A EXISTÊNCIA ESTÁ MORTA. Com a morte da
existência, com efeito o mundo esvaeceu-se. Resta apenas o CORPO na terra.
#AFORISMO 195/QUEM É VOCÊ?#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto
O sonho re-presenta a vida. Fantasias. Idílios. Ilusões. Quimeras.
Silêncio de solidões pres-crevendo nos templos do absurdo os mantras
inolvidáveis que numinam o efêmero de esperanças, o nada e querências.
Verbo de luzes. Semântica de solstícios perpétuos. Linguística de
perspectivas do além re-fletido no espelho côncavo de imagens convexas, se é
que se pode acreditar a face do absoluto seja vista trans-parente e nítida,
sine qua non intenção de esplender as nostalgias e melancolias acumuladas ao
longo das imperfeições pretéritas, paradisíacas da plen-itude visualizada por
intermédio das frinchas do tempo. Saudade do perfeito semblante do horizonte
refestelando-se no ínterim dos raios de sol e as cores fulminantes, diáfanas do
arco-íris.
Quem é você? Qual o sentido de todas as suas lutas?
Náuseas da con-ting-ência manifestam nítida e nulamente a alegria breve
seduzindo a notívaga solidão que é o lirismo da lua e estrela velando o ritmo e
melodia da canção na vida do boêmio em posição voltada para a Medina dos
fundamentalismos do niilismo.
Amanhã será o pretérito do genesis do apocalipse sob a cintiliância das
meiguices insolentes do inferno, à mercê do vento que sarapalha a poeira das
veredas, crepúsculo de brumas e brilhos só visível através do lince metafísico
dos gerúndios do verbo e particípios do Ser, volúpia do prazer e gozo das
nonadas sin-cronizadas com os vazios de confins e arribas, harmonizadas com as
angústias e tristezas da vida frustrada, quando alguém só possui a alternativa
da morte em consequência de qualquer "sim" ao longo de estar jogado
no mundo.
Quem é você? O que significa o seu sacríficio? Você então é o que todos
pensam de você?
Lua e estrelas enamoram-se. Alvorecer e luzes seduzem-se com semânticas,
linguísticas, sentidos e metáforas. Arco-íris e coriscos amam-se apaixonadamente.
Tudo isso para a revelação da mauvaise-foi dos princípios éticos e estéticos do
nada, alfim o nada é supremo, egrégio, lídimo na trans-modernidade do pretérito
e jardim sáfico-paradísiaco da imortalidade.
Sem inspiração que numina as esperanças e sonhos, que ilumina as utopias
e sorrelfas, imperfeitos e pretéritos se re-vestem dos instantes-limites que
originam o movimento retrógrado para a arte das contradições e dialéticas,
nonsenses, a ac-sistência facilita a glória e sucesso da interrogação do que
seja a alma das insolências meigas do abismo que re-presenta o sem-limite.
Sem inspiração... Sem arte, sem sonho e esperança. Sem nada. Contudo, na
janela do peito, veneziana do quarto, con-templo a efígie de ouro no
santuário-basílica do verbo há-de ser a sublim-itude solícita da perpetuidade,
idiossincrática do divino... Ad-juntos ad-nominais dos termos essenciais do
nada desejando a vida.
Quem é você? O que significa o seu sacrifício? Você então é o que todos
pensam de você?
Lá nos confins do uni-verso a imagem da cara das ipseidades. La nas
arribas do horizonte a perspectiva da fisionomia das deidades. No além das
não-inspirações, a katharsis do manqu-d´être produzida com a éreisis e iríadas
da mauvaise-foi.
(**RIO DE JANEIRO**, 20 DE SETEMBRO DE 2017
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