Ana Júlia Machado ESCRITORA E POETISA ENSAIA FILOSÓFICA-LITERARIA-POETICAMENTE O AFORISMO 189 /**NO OUTRO DE SER, A SABEDORIA DE LUZ DO VERBO**
Princípio do irrepreensível que ninharia mais é que metamorfosear a
pedra no meio do trilho em pedra de contacto e basilar do iluminismo…Sim, Sou
Eu!
Sou Aquele que habita em você;
Sou Quem compreende em você;
Sou o Tal que te acarreta:
Do inexistente ao autêntico;
Das escuridões à Luminosidade;
Do fenecimento à perenidade…
Sim, sou a perceção que concebe-te cônscio de quem somos…
Sou em você a intelecção de que apenas existe um de nós…
E somos indivisíveis como a resignação e a instrução…
Sou esparto e fim; início e final de todas as realidades.
Resido em você e em universalidade; e tudo encontra-se em quem Sou…
Alteie-se em entendimento!
Interatue comigo!
Você consegue
Sim, você consegue porquanto eu consigo
Sou eu em você quem tudo consegue…
Opere compreendendo quem actua em você…
Opere com abdicação aos pomos da execução…
Nesse caso compreenda que eu sou quem realiza!
Manobre com esse conhecimento de uniformidade comigo.
Dê cada passo consciente de que Sou Eu Quem dá os passos…
Perfilhe sua vereda cônscia de que eu Sou a Vereda!
Seja verídico e cônscio de que eu sou a Justeza!
Ande com sua existência ciente de que eu sou a Existência!
Entenda que é meramente por mim que se aflui a mim…
Experimente aquela intelecção em você que compreende-me!
E conheça que essa intelecção em você é a minha…
Absorva-se nesta intelecção que compreende-me!
Aprecie tudo o que ela motiva-te apreciar…
Nesse caso pondere! Entenda-se- um Comigo.
Pensar é compreender!
Entender o que é!
É compreender o autêntico…
É compreender-me…
E entender-me…
Sim, cogite!
Você consegue!
Eu consigo
Sou você!
Sou Eu…
Para este enorme aforismo do grande Mestre Manoel Ferreira Neto, em que
existe uma concubinato entre ele e o amor…e o quem sou e quem és…apenas
consegui fazer-lhe este comentário ou análise…visto que revejo-me um pouco
neste texto…para compreendê-lo é tarefa árdua..e só o compreendê-lo o posso
entender…Parabéns por mais um belo aforismo.
Ana Júlia Machado
#AFORISMO 189/NO OUTRO DE SER, A SABEDORIA DE LUZ DO VERBO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
EPÍGRAFE:
Mergulhar profundo nas luzes do verbo é comungar-se com o espírito da
sabedoria, é conciliar-se à alma do querer e desejar o saber, viver a
plen-itude. (Manoel Ferreira Neto)
O sempre acabou. O para-sempre eterizou-se. O nunca inacializou?
Eternizou?
Acabou - iniciou. Eterizou - eternizou. O ovo é o sempre da galinha,
embora a sua contra-dicção. A galinha é o nunca do ovo, embora a sua
contra-dicção. O que vive foragido por estar sempre adiantado demais para a sua
época: o sempre ou o nunca? Nesta roda-viva, há onde se aportar?
A palavra é o útero do verbo
Conceber o sonho, a esperança, a utopia
Gerar os frutos, conquistas, o real
Dar a luz a vida, aos desejos, vontades da Verdade
Mister mergulhar na inconsciência e seus inestimáveis problemas.
Saber a luz que ilumina, sentimentos, emoções, desejos, raios
perpassando horizontes, cintilâncias a-nunci-ando uni-versos da alma sob a
imagem cristalina do sonho de ser, harmonia, sin-tonia, sin-cronia, a verdade é
saber o que a verdade a-nuncia no per-curso das perspectivas pro-jetadas das
esperanças no vir-a-ser das plen-itudes de sendas e veredas que pres-ent-ificam
a vida, a vida é conhecer da alma suas vontades de suprassumir a contingência
do efêmero com a trans-cendência do sentir o que perpetua sublime os volos da
real-ização, o ser no de-curso das experiências e vivências, travessia da
solidão ao silêncio da compl-etude que se faz na continuidade de imperfeitos do
tempo sob o lince da busca, verdade da querência, mergulho pleno nos
interstícios dos mistérios, inauditos, desconhecido, espírito do divino que
encarna a solidão do nada, trans-eleva a nonada do estar-aí, instante-limite de
terrena eternidade, térrea imortalidade.
A morte encarna a origem da vida,
A vida alimenta-se do genesis do ser.
Nada.
Nonada.
Esvaece-se o vazio no vento ad-vindo do abismo, sibilando no itinerário
do caminho ritmos e melodias do cântico do que há-de ser do "ser" que
sonha a esperança in-finitiva do além, além que re-presenta o tempo de
querências e desejâncias do sublime sob a luz dos vernáculos das pontes
partidas, caminhar no vento, sentir o ar na sola dos pés, pro-jetar confins e
aléns no espírito da esperança.
Saber o verbo que con-templa o in-finito do tempo de ser, conjuga as
etern-itudes das arribas e confins com os subjuntivos da alma, saber o infinito
que vislumbra o ser-de sonhos do verbo em direção, pro-jetado, ao divino que
concebe as alamedas que hão-de per-correr a vida no trans-curso para as
verdades que numinam as frinchas e frestas abertas, das vezenizanas semi-
abertas, às virtudes e tern-idades, amor e verbo amar, encarnados de
sensibilidade e espiritualidade, amanhecer, alvorecer do outro presente no
outro de ser a sabedoria de luz do verbo.
Luzes de sabedoria e vero. Deus sabe o que faz. A sabedoria do homem é
sentir no mais inaudito do ser o que Deus deseja com a sua sabedoria. Nada
mais, nada menos, e acima de todos os conhecimentos, o verbo da vida é a
esperança da verdade, a verdade é o sonho de conhecer a
id-"ent"-idade, sin-cronia, sin-tonia, harmonia, sensibilidade da
vida, espiritualidade das contingências do não-ser nos vazios do querer e
desejar, princípio do absoluto que nada mais é que transformar a pedra no meio
da caminho em pedra de toque e angular das divin-itudes.
Quando
O verbo da vida é a esperança da verdade,
As ondas do mar simples e serenas dirigem-se à praia,
A verdade é o sonho de conhecer a sabedoria do ser.
Amor, amor,
Entrelacemos nossas mãos,
Andemos sempre juntos nas orlas marítimas do tempo
Con-templando a luz das estrelas e lua,
Fique ao meu lado,
Escrevamos e pintemos os horizontes de arco-íris
Na vida, no de-curso, per-curso, trans-curso, a verdade . O amor, a vida
divin-izam-se Vida, o divino amor-alia-se a verdade de quem vive a esperança e
sonho da Vida-Ser.
(**RIO DE JANEIRO**, 18 DE SETEMBRO DE 2017)
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