#PINTORA E POETISA GRAÇA Graça Fontis COMENTA O AFORISMO 181 /**AFORISMO 181/MIRÍADES DE LUZ#
Grata, amor, mas feliz sou eu por estar ao seu lado colaborando com as
concretizações de seus sonhos e objetivos selando assim nossa união envolta da
reciprocidade, companheirismo e confiança... por tanto nada faço além do que
você também faz por mim... Parabéns querido por mais este belo texto
Aforistico! Beijinhos...
Graça Fontis
Chave de ouro no seu comentário, amatíssima Companheira das Artes, Graça
Fontis, é a escolha do verbo "colaborar". O verbo
"colaborar" na accepção de "cooperar" é transito indireto,
quem colabora "colabora com". E, no que concerne à Filosofia
Heideggeriana, é a dimensão do "ser-com", é-se com o outro, a
entrega, a doação, o con-sentimento da busca da comunhão do "eu" e o
outro", o "nós". Compartilhamos nossas vidas de esposos e
artistas, doamo-nos. E numa linguagem outra, peculiar ao métier dos
intelectuais, "trocamos figurinhas", o que significa estar realizando
o "nós". Sinto-me muito feliz com as suas conquistas com as suas
artes-plásticas, escultura e pintura.
Beijos
#AFORISMO 181/MIRÍADES DE LUZES#
GRAÇA FONTIS: ESCULTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Epígrafe:
Aforismo presente, cá e aqui, instante em que comemoro 38(trinta e oito
anos) de lançamento de minha primeira Antologia de Contos, intitulada
CONT.ANDO, em parceria com o poeta e escritor Paulo Ursine Krettli, FUMARC, no
Auditório da Escola de Filosofia da Universidade Católica de Minas Gerais, 12
de setembro de 1979/12 de setembro de 2017; seguindo-se-lhe, ÓPERA DO SILÊNCIO,
NOVELA, Armazém de Idéias, Belo Horizonte, 28 de setembro de 2000, lançamento
28 de novembro, Auditório do Tribunal de Contas de Minas Gerais. ALTERIDADE DE
OUTRO EM SARTRE - UMA LEITURA DO DO OLHAR NO SER E O NADA DE SARTRE,
dissertação em Filosofia, 2003, Gráfica Diamante, lançamento 21 de setembro, na
BOUTYQUE CYRILLO, das Amigas Maria Hermínia, Mariinha, Martha
Moura(artista-plástica, pintora), Diamantina, Minas Gerais. Hoje, na madrugada,
deitado na rede do alpendre, lembrava-me deste lançamento, e muitas vezes a
minha Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis,
pergunta-me: "O que está pensando?...", seu amor, sua ternura, sua
sensibilidade, seu ser nesta pergunta. E sempre lhe digo: "Amo você... A
Esposa, a Companheira Eterna das Artes...". O amor é a liberdade dos
sonhos e das esperanças do eterno, Verso-uno.
Assim, comemoro estes longos anos de viagem
literária-filosófica-poética, à busca do "Eu Poético". O encontro com
Benzinha, Graça Fontis, a cada dia real-iza com sensibilidade este sonho e
esperança do Eterno, ao lado da Esposa e Companheira das Artes, assim sonhei,
assim sonho realizando o EU-POÉTICO-DO-VERBO-AMAR (Manoel Ferreira Neto)
O que é isto - a sensibilidade da cáritas? O que é isto - a intuição da
Koinonia do sublime e os verbos do sonho, desejo, querer, vontade, liberdade?
Não unicamente o esplendor do verbo que esperancializa os sentimentos que no
vir-a-ser trans-epigrafa o sonho plen-ificado de verdade inscripta no
inconsciente do "eu poético".
Cantos idílicos ou nostálgicos, risos e flores brancas ou lilases,
vermelhas ou rosas, olhares de esguelha, soslaio, de banda a criação do
destino, da vida, somos os homens imperfeitos, mas é nossa liberdade criar o
tempo, os ventos, iluminem o mortal destino, a eterna sina, o desejado ser
livre, para o ermo envelar fundo, na essência e ser dele, noturno do
pensamento, curvado já em vida sob a idéia dos clímaces alucinados, cônscio da
lívida esperança do caos redivivo, eis o que me perpassa a vida em todas as
suas dimensões sensíveis, racionais e intelectuais, psíquicas e emocionais, com
as suas re-versas e in-versas ausências, traumas e tramas, conflitos e jogos
escusos, a carne e os ossos, até mesmo as entranhas das vísceras. Eis o que
explica a entrega plena ao verso-uno de amar, do amor.
Con-templo a terra de céu sem nuvens,
De nuvens sem céu.
De nada atrás das constelações,
Espero o amanhã para outras idéias,
Pensamentos que me in-diquem
As poeiras da metafísica,
Efêmeras e etéreas,
As fumaças da antropofagia, da carne viva,
Da antropologia da passagem,
Travessia do ser ao conhecimento,
Iluminismo? Utopias do verbo,
Da cultura à consciência,
Do nada de trevas à luz do nada..
Lendas.
Simplesmente o eidos
Do verbo solidariedade e compaixão.
Sentidos implícitos, inter-ditos nas linhas de uni-versos salpicados de
uno-verso da espiritualidade, horizontes sarapalhados de margem e sem pressa, a
vida sempre vai, não volta. A vida vai, a morte vem, dialética do ente que
nasce sem razão.
O vento soprou forte, trouxe o tão almejado passaporte para novas folhas
de outono, chuvas de março fechando o verão, gritar bem alto o pensamento em
plena liberdade.
Frontispício gótico do nada... Palavras ocas, vãs, re-colhidas do antro
de venturas, cheio de capricho de felino a saltar por toda janela, zás!, para
todo acaso, para todo crepúsculo do ocaso, correr em florestas virgens entre
bestas de jubas coloridas, entre feras de dentes e língua, subindo por
mentirosas pontes de palavras, arco-íris de mentiras entre falsos céus
pervagando, vagueando, deslizando, flanando. Somente louco. Somente poeta.
Somente desvairado, des-virtuado, homem des-equilíbrio.
Miríades de luzes
Perpassando pers de pectivas de longínquos horizontes
Flores silvestres, campesinos lilases
A águia solitária flana as asas levemente, segue o seu itinerário
Sentimentos, emoções, sensações do porvir de esperanças
Lívidas a-nunciações do tempo do ser sussurrando verbos do amor
Inspirações, percepções, intuições da verdade
Infinitas in-fin-itudes pervagando de sonhos de ocasos
Con-tingentes con-tingências circunvagando
De sorrelfas de quiçás
Espírito de nostalgias,
Alma de melancolias,
Garoa de orvalhos
Salpicando as flores de efemer-itudes.
Alvorece novo dia, clima de inverno, tempo agradável, pensamentos e
idéias per-vagam dispersos nas nuvens brancas celestiais, circun-vagando as
constelações, a alma re-colhe e a-colhe os versos do infinito com-pondo de
esperanças o sonho dos gerúndios do vir-a-ser, o amor plen-ificando o silvestre
das sendas da entrega, a verdade do verbo ser comungada ao do amor
re-versejando no espírito o cristalino da pureza. mergulhando no há-de ser da
felicidade a con-templar as belezas do inconcebível absoluto da verdade-casa-do-ser
e eu, colocando o café coado na térmica, olho através da janela aberta o
longínquo, o distante, o que só o espírito sabe nas suas dimensões sensíveis
que o absoluto lhe a-nuncia através das venezianas do eterno às genesis do
início, divin-idade antes de quaisquer divin-idades, rituais míticos antes de
quaisquer lendas do pleno, folk-lores místicos antes de quaisquer banquetes
paradisíacos do pretérito im-perene, solstícios do ocaso.
A esposa abraça-me por trás, beija-me o rosto de lado.
"O que está pensando?..."
"Fique ao meu lado... Fique comigo."
(**RIO DE JANEIRO**, 12 DE SETEMBRO DE 2017)
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