#AFORISMO 97/DE AZUL E LUAR A ALMA CHORA DE CREPÚSCULOS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"A alma chora de crepúsculos o entardecer das ilusões,
quimeras." (Manoel Ferreira Neto)
Flores despetaladas, livres abs-tratos do sublime, suave emoção de
trans-cend-"ente" verbo, singelos sonhos e esperanças pres-entes na
pres-ença que pres-encia o ad-vir de sentimentos puros, raios de luz, lâminas
de águas - essência do tempo, cerne dos ventos que sibilam as percepções da
verdade - esplendem querências no horizonte de além.
Fascinação. Sentimento utópico, fantasia, delírios. Para a morte de um
re-nascer... re-nascer de sentimento, do sentido, mesmo diante do sofrer, mesmo
diante do nada e efêmero, da visão e cegueira do querer que tudo seja não como
o vento, que passa, da musa que inspira sentimento in-efável, da sereia que
excita volúpias do prazer.
O espírito seduz de silêncio a divin-itude de travessias - volúpia. O
verbo do amor inspira a meiguice lúdica do eterno - êxtase. Vozes altissonantes
compõem cânticos aos versos efêmeros de desejos, às emânticas que cedem, antes
do verbo ser-de vontades do belo e estético, símbolos e metáforas do silêncio a
porvir de outros horizontes do espírito.
Manhã de magias desenha de luzes, na moldura do tempo, estesias de amor
plen-ificando, de nuvens brancas passageiras, o paraíso de utopias do belo.
Miríades de segundos no deslizar dos ponteiros delineiam sendas e veredas na
continuidade sensível do amor, tecem caminhos silvestres com o olhar eivado de
desejos - clímaces. Amor de eternos desejos re-fletindo no espelho do amanhã a
imagem abs-trata do soluto-ab de pretéritos melancólicos, nostálgicos, saudosos
- prazeres. Verbo da carne de esperanças in-cidindo nas sombras do eterno a
efígie mítica do tabernáculo das letras - solidão que existe na alma, que faz
mergulhar na profundidade do eu, na incerteza e na certeza, na re-flexão e na
meditação, na compreensão do próprio eu.
A alma chora de crepúsculos o entardecer das ilusões, quimeras. O
espírito sorri de alvoreceres as verdades absolutas do vir-a-ser. Tarde de
con-templações, estesias imaginárias do po-ente res-plandec-endo de verbos as
pers-pectivas do "SER", burilando a essência do divino-espírito à
trans-parência nítida da Alegria Breve - felicidade. Seria que sobrevivesse até
amanhã? - a angústia, tristeza, desolação, descontentamento são tantos; ao
menos a sabedoria da liberdade. Caminhos de luz nas trevas, iluminando o
silvestre das etern-itudes - alegria. Águas limpidas, sem fontes, sem gêneses,
correndo os tempos da etern-idade - silêncio.
"O resto é silêncio",
Caminhos a serem trilhados à busca da plen-itude dos sentimentos de
amar, dos sonhos de compl-etude, do "ser" na melodia de ideais,
desejos, do "não-ser" nas cordas do violão que entoa as notas do
eterno e do efêmero, da alma na dança musicalizada de emoções, trans-cendidos
no ritmo de arribas, desde confins ao infinito de todos os uni-versos, cujos
ventos suaves e serenos sussurram a gênese do perene no vôo dos tempos, nas
asas de idílios, quimeras, fantasias do ab-soluto da verdade, do divino do
espírito da vida, verbalizados da travessia do amor ao eidos da essência,
trans-elevados ao "vento, à serra, ao mar, Subindo em crescendo a sol
po-ente...", "... num lago sereno de azul e luar".
(**RIO DE JANEIRO**, 15 DE AGOSTO DE 2017)
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