#AFORISMO 96/MIUDEZAS DO ALÉM IN-FIN-ITIVO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"Miudezas do in-fin-itivo eivando de luzes e sombras verbais a
contingência de só efêmeros na jornada da vida." (Manoel Ferreira Neto)
Restos dos efêmeros regando de imaginações férteis e instintos
retrógrados a impossibilidade do perpétuo ser o gênesis dos místicos mistérios.
Exsudadas nostalgias do efêmero eterno, sêmens do vazio
re-pres-"ent"-ando pretéritos subjuntivos, ziguezague de sombras e
trevas, roda-viva de crepúsculos envelados de mistérios, sinuosidades de
caminhos esplendidos ao além... A pó-ética de cinzas nítidas versejando, de
perpétuos silêncios re-versos e in-versos às efígies de tempos, que emolduravam
absolutos e vidinos na imagem defectiva dos idílios, ritmos e acordes da alma
que delirava noctívagos medos, inseguranças, rogando ao além a presença do nada
antes de quaisquer efêmeros do caos trans-bordado de vacuidades, das ipseidades
re-vestidas de solipsismos antes de quaisquer faces ocultas do cosmos
trans-figurado de falsas verdades do para-sempre, que é um retorno
entupigaitado de sinuosidades às origens do sem-tempo, hades e paraíso, simples
devaneios do póstero e retrógrado, do eterno para a divin-idade do além-póstumo,
mergulho no inconsciente, profunda penetração abismática e abissal nos pecados
capitais dos instintos, quando conubiam com as angústias do rastejar nas
sarjetas do prazer e êxtase e a felicidade de refestelar na rede, pers-crutando
a travessia do absoluto às pré-fundas do inexistente, em pretérito algum se
a-nunciou nos longínquos confins, de para cima, a luz das trevas esplendendo
raios de sabedoria e conhecimento no céu noctívago dos verbos que mostram o
instante-limite de sono e a vigília do amanhecer.
Vestígios das in-fin-itudes das zagaias pretéritas e primevas
substanciando de brilhos e brumas regenciais as in-digências de exclusivamente
solipsismos nas travessias do verbo ao tempo, das pontes partidas do nada ao
absoluto silêncio.
Nada de ab-soluto, nada de eterno, seivando de pectivas do ser ou
não-ser as pers re-versas in-versas, onde retros aninham guaxos do nonsense,
ad-versas de abismos e vazios, con-versas de cavernas e grutas. Nada adianta
fazer as palavras bailarem ao ritmo das buscas e desejos da compreensão, cumpre
con-sentir com a liberdade da id-ent-idade alicerçada, construída com as
contradições do desejo e realização, a leveza do ser se a-nuncia. Permitir
angústias e tristezas, nostalgias e melancolias naufragando nos ab-surdos do
tempo, aceitar a morte sem haver alcançado o eidos das plen-itudes.
Ninguém chegará a entender, compreender à luz da razão e intelecto o
deserto de oásis na continuidade das sendas e veredas dos caminhos para o há-de
ser, se não reportar ao verbo da sensibilidade livre de inspirações e
intuições, se não re-correr à espiritualidade espontânea do sentir e ser o
eidos-paulus da língua que só palavra o bíblico do ser e do verbo nas linhas da
verdade, fé, nas asas soltas e livres do vento que sopra dos abismos o ar
sereno e pacífico do ser-para o tempo, tempo que se estende ao perene, tempo de
ilusões, fantasias, rolando idílios, per-vagando sorrelfas, vagabundando ideais
furtivos, passageiros, vazios passeiam livres na solidão noctívaga, no silêncio
insone de pretéritos gerúndios do póstumo.
Sem inspiração para as regências da sin-estesia,
Sem inspiração para as concordâncias do estilo e linguagem,
Sem inspiração para as elipses do inter-dito e significante
Sem inspiração para as intuições da sátira da sublim-itude
Sem inspiração para as visões-{de}-mundo futurais
Na fonte luminosa, cores bailam no subir e cair de águas cristalinas,
sentimentos e emoções outros mergulhando entre-laçados nos re-cônditos da alma
que suplica das verdades ao longo da vida as fosforescências do saber,
mistérios e enigmas são pedras de toque para a luz da liberdade, ruminâncias de
ouro e risos, mitos e rituais são pedras angulares para as imagens do há-de ser
se projetarem na superfície lisa do espelho, a face des-velada das dores e
sofrimentos que se trans-formam em verdades e volúpias, do belo e estético, do
bem e ético.
Pretéritos de nada. Pretéritos éritos do apocalíptico tempo das
consumações dos passos a passos que deixam marcas no solo de canaviais, nas
areias das praias defronto ao pôr do sol. Sonhos molhados de imperfeitas
sensações. Particípios do efêmero. Magia de vida, ontem do caminho adiante.
Gerúndio de vazios. Subjuntivos da liberdade de des-fiar a linha sem limites no
uni-verso das coisinhas vivenciárias e vivenciais, cositas dialécticas e
contradictórias. Letras que inscrevem sinais do vir-a-ser.
Des-aprender o instante-limite, absurdo nauseabundo do não-ser,
escancarar as venezianas do re-conhecer a proximidade do longínquo se encontra,
estabelece-se nas ipseidades da continuidade dos sonhos e esperanças do verbo
que conjuga seus modos de interação com os horizontes por onde as cores
diáfanas e cristalinas do arco-íris per-vagam, circun-vagam nos eclipses do
espaço pético, po-emático das miudezas da felicidade que nada são senão
inspiração e impulso para o inaudito de mistérios e enigmas, des-compassado de
ritmo e melodia, desconectado de acordes e musicalidade, murmurando, ruminando,
sussurrando o silêncio da solidão, emudecendo os paradigmas do solipsismo, os
paradoxos das facticidades.
Gênesis do caos. Apocalipses de nonadas elevando as travessias aos
auspícios do tao ser do eidos do silêncio que todos chamam de sala de visita da
re-flexão da coruja cantando o desértico de quimeras e ilusões, fantasias e
sorrelfas, mas o som é a fertilidade que trafega nos joios da mauvaise-foi e
diz com ternura, carinho, amor, caráter a cáritas em sendo concebida no elísio
campo de orquídeas, flores silvestres, sendas e veredas de cáctus ao longo das
poeiras que preenchem o coração de volos e êxtases da utopia.
Ópera do silêncio. Sinfonia do vazio. Orquestra de travessias. Quiçá
ritmos, acordes musicalizem os interditos da esperança que habitam as
pre-fundas do ser-verbo na continuidade dos sentimentos e volos da vida em seu
singular eidos de perfeição e beleza! Quiçá!... Em verdade, sons místicos e
míticos re-velam o in-audito das sendas e veredas por onde trilham as
a-nunciações do perpétuo, do póstero. A vida é sempre mergulho na fonte da vida
à busca das temáticas e temas do eterno-para o verbo, do verbo-para o por-ser
além da vida, aquém da morte. Vida que mergulha na originária fonte da vida.
Vida que mergulha nas águas que, no de-curso e per-curso de seus caminhos em
peregrinas sendas e veredas, passam de por baixo de pontes, e no limiar do
instante de passagem outras miríades de moléculas, outros horizontes a serem
realizados, ah quem dera o itinerário das águas no rio quotidiano do humano.
De baixo para cima, de cima para baixo, oásis de nadas, arco-íris de
efêmeros, a face da verdade litteris voltada para a in-dita luz que origina o
amanhecer, e em cada amanhecer são outras luzes a alumiarem as estradas do
"sendo" ao tempo do há-de estesiar, há-de estasiar, extasiar.
Cosmos de pretéritos. Forclusions de subjuntivos inspirados no gerúndio,
participando com abstratos do porvir. Cenário. Performance. Teatro do alvorecer
de amanhã à luz de hoje, hoje de cobrir de amor e paixão as poeiras do
uni-verso.
Amanhã não houve, houve o hoje de amanhã, amanhã nada é, hoje é o elísio
do mar que sonha a praia de gaivotas ciscando o novo voo para o in-fin-itivo
das miudezas do além.
(**RIO DE JANEIRO**, 12 DE AGOSTO DE 2017)
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