#AFORISMO 121 - FILOSOFIA DA ESTÉTICA, DA POESIA DO SER E TEMPO# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


#EPÍGRAFE:


"Deixe a lírica do pleno e do sublime
Poetizar a música dos poemas,
Sonitizar as estesias e ex-tases da leveza do ser!
Veranear-se com a beleza do belo
De sua linguagem, linguística, semântica
- Não mate a POESIA com despautérios, futilidades,
Melosidades românticas, amores não correspondidos,
Solidões, ausências, faltas e falhas"


Deixe o amor esquentar o inverno!


Deixe as chamas da lareira iluminarem
As inquietudes soltas no in-finito!


Deixe os sonhos de amor e poesia
Inter-ditarem as sin-estesias linguísticas,
Semânticas, estilísticas do pleno
Entrelaçado de etern-itudes e efemer-itudes!


Deixe as gotículas de orvalho respingarem
Nas folhas livres ao sopro do vento!


Deixe o cântico dos cânticos contingenciar
Ritmos, acordes, melodias
Musicalizando de silêncios o in-trans-itivo verbo
Do tempo, do ser!


Deixe os raios de sol tocarem as asas do condor
Que sobrevoa livre abismos, vales e montanhas!


Deixe o deserto si-mesmo conceber oásis
Que serão trilhas de paisagens desenhadas
De tentações fortes para o limite
Luzes, contra-luzes re-fletidas no espelho da imagem!


Deixe a terceira margem do rio
Ser a travessia para o genesis da fonte
Que inspira as ondas do mar, deslizando na superfície
Das docas, sendo a visão plena da imagem dentro
Do espelho incidindo o uni-verso das perspectivas do eterno,
A des-velarem e des-vendarem o cristalino das águas
Que se espalhará na extensão da praia!


Deixe a neblina do alvorecer que cobre as montanhas
Esvaecer a distância entre o incognoscível e os mistérios,
Efemerizar a longitude entre o in-audito e o místico!


Deixe a chuva fininha e lenta cair nos bosques
Fecundando a terra, molhando a vegetação!
Deixe a segunda lâmina do machado
Ser afiada com as primeiras luzes do amanhecer
Para tocar o tronco da árvore com singeleza
Cortar as achas de madeira para crepitarem na lareira
Sob as ardências das chamas de fogo!


Deixe a ausência do ser
Preencher as lacunas do desejo,
Numinando de luzes os interstícios da inspiração,
Luminando de ideais os inter-ditos da percepção,
Alumiando de utopias os segredos da intuição,
Alumbrando de esperanças as cintilâncias
Dos verbos in-fin-itivos que a-nunciam a verdade,
Dos verbos defectivos que subjetivam o absoluto,
Dos verbos anômalos que con-tingenciam os instantes-limites,
Dos verbos in-trans-itivos que dimensionam
As divin-itudes sob os brilhos das cores vivas do arco-íris!


Deixe a lírica do pleno e do sublime
Poetizar o som dos poemas,
Soniatizar as estesias e ex-tases da leveza do ser!
Veranear-se com a beleza do belo
De sua linguagem, linguística, semântica
- Não mate a POESIA com despautérios, futilidades
Melosidades românticas, amores não correspondidos,
Solidões, ausências, faltas e falhas!


Deixe as inquietudes soltas no in-fin-ito
Serem a Arte
Serem a Beleza do Belo
Serem a Desejância, Querença
Do Sono de Sonhos da Magia!...


(**RIO DE JANEIRO**, 25 DE AGOSTO DE 2017)


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