**CREPÚSCULO DO PARAÍSO PERDIDO** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Epígrafe:
"Meu
nome é "Nada". Refestelo-me no crepúsculo do paraíso perdido - seria
muitíssimo ridículo refestelar-me nele, sabendo que não honrei o meu nome. Agora
é apenas rebuscar algumas arestas de quem sou, levará o resto da vida, mas
deixarei algumas nadicas de nada a serem re-pensadas"
Pretéritos
do nada. Nada perfeito. Nada im-perfeito. Nada mais-que-perfeito. Subjuntivos
do vazio. Vazio incondicional. Vazio futural. Vazio de infinitos uni-versais,
uni-versal-izáveis. Gerúndios do ser. Cores vivas do arco-íris. Ribalta de
sorrelfas cristalinas ascendem colóquios ad-nominados ao silêncio, solidão
inscreve nas lácias palavras do medo as vacuidades do tempo, do inaudito, a
surpresa do vazio preenchido de nonadas do desconhecido, o queixo caído do nada
multiplicado de faces do absoluto, do ininteligível, olhos esbugalhados do
efêmero re-vestido de infinitudes de glórias do indizível, a nihil inspiração
da beleza à luz das trevas abissais, mágico teatro para a mauvaise-foi, nada do
vazio-ser indicativo do ser-nada de pretéritos genéticos, ser do nada-vazio,
subjuntivo de carências da alma, picadeiro de perdidas quimeras
trans-lúdicas...
Café com
pão, manteiga não, café com pão, manteiga não, "vagalume, lume, lume, teu
pai, tua mãe estão aqui...", a Maria-Fumaça das tristezas, angústias
correm nos trilhos solitários do destino, vagalume à janela, a noite transpassa
segredos e mistérios, lágrimas pujantes, palavras sem fonemas, semânticas sem
ritmos, melodias, linguísticas sem símbolos, signos, termos sem sílabas. No
alvorecer o que será que será? Sem destino a tragédia do horizonte, uni-verso,
infinito, ausência da pers de pectivas do abismo, preliminar da esperança. do
ser-nada o verbo de pretéritos, concebendo o tempo infinitivo de vers-ências do
ad-vir, poematizando, poesi-alumiando de estrofes-entes de a-nunciadas
vertentes efemerizadas nos instantes-limites, a sinfonia sin-crônica do
efêmero-sonho da felicidade, da alegria, tecendo no útero do caos-cosmos a luz
dia-lúdica do verbo "Pers-Ser", Poesi-numinando de sentimentos do
amor por vir o crepúsculo do paraíso perdido.
#RIODEJANEIRO#,
26 DE JANEIRO DE 2019#
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