#OUTRA HORA DA HISTÓRIA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Inexprimível
anseio exige rendição;
Virtude de
água verte da colina,
Despoja-se
de futuro recuo.
Preso à verdade
que em mim se re-vela, não penso no “eu” onde ela se re-vela, nem mesmo quando
penso em como é que se re-vela. Nem mesmo quando não atento na luz que
atravessa a vidraça da janela e penso como é que ela a atravessa, nem mesmo
então re-flito sobre o que é isso que é atravessado, se o que me atravessa é o
mim, sou a mim, se o que me é atravessado é o eu de mim.
De nada
serve saber que a minha sensibilidade seria outra e a minha justiça, nascida
que fosse a outra hora da História, o outro instante do Tempo, se o não posso
sentir na hora que me marcaram, no quando que me cachapraram, no segundo e
minuto que me id-ent-ificaram com todos os atributos do bom senso e da
sensibilidade verdadeira. O que há de a alma escolher, em tanto equívoco? em
tanto mistério? em tanto desengano? em tanto erro? Se uma hora crê de fé, logo
duvida; se procura, só acha... o desatino!
Sente-se a
construção e estabelecimento das estratégias para a consumação do que é
plenamente o ilícito, do que são em absoluto o ordinário e imoral, ao longo das
décadas e séculos assiste-se ao desenvolvimento e progresso de todas as
características e essências das idoneidades caguinchas.
#RIODEJANEIRO#,
15 DE JANEIRO DE 2019#
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