#ÂNGULO DO ZERO OBTUSO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Se... Alma
da vida
Ó alma, alma
minha!
Minh´alma,
eu carecia,
Para
atravessar o abismo
cujo fim não
vislumbro,
E para
durante a noite até Deus
eu ascender,
De construir
uma ponte
e em mil
arcos a estender,
Se em mil
arcos não a estender,
é que não
engenhei
o sonho.
Se à luz das
estrelas e luas
Na noite de
buscas de re-nascimento,
Re-fazenda
de idílios, sorrelfas,
A alma
mergulha profundo nos interstícios
Do além,
(Seria que a
alma fosse assim dotada
para este
mergulho? Nada posso declinar.)
Desejando a
essência do espírito,
A luz, que
se esvaece no crepúsculo,
Estende seus
raios,
Ainda que,
entre-brilhos, de versos inconscientes,
entre-meios,
de estrofes imaginárias,
Ao portal da
eternidade,
Soleira da
travessia,
Ângulo do
zero obtuso,
Prisma do
nada elevado à quinta potência
Por onde
con-templar
As
ad-jacências do solene, sublime
Desejo da
perpetuidade,
À mercê da
posteridade
Que nasce
das cinzas da morte e da vida
Na
perspectiva primeva, secular, milenar
Da gêneses
Do Caos,
Cosmos, Chronos...
Se,
tempo
incondicional
do só
fantasias,
O pleno,
absoluto, verdade
Advêm dos
sonhos, esperanças, fé,
As
con-tingências elevadas ao vir-a-ser
Das
liturgias e cânticos do além-eterno,
Das exegeses
e apocalipses do nada-divino
Trans-elevado
ao índice divino da gênese,
Trazem no
bojo e algibeiras
O eidos da
essência
- Verbo do
Espírito,
Alma da
Vida...
#RIODEJANEIRO#,
31 DE JANEIRO DE 2019#
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