**A POESIA-PAULICÉIA EM GENESIS - 1922** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
A poesia
habita-lhe os interstícios mais abismáticos da alma: você verseja as folhinhas
da parreira verdejantes, as uvas dependuradas atraindo o seu desejo do sabor
pleno, toma de sua pena, escreve um poema, uma prosa inspirado e eivado de
sonhos...
Mas quando
você toma da pena, inspira-se, transcende-se para compor um versinho miúdo e
profundo sobre Sampa, aí se revela o limite de seus versos, de sua inspiração,
de sua sensibilidade em sentir este uni-verso, este horizonte, este além...
Sampa trans-cende todas as dimensões da arte, da poesia, da Literatura, da
música, da pintura, do teatro, das artes-plásticas... Sampa trans-cende todos
os desejos e esperanças do pleno, o pleno de Sampa estende-se, esplende-se a
todos horizontes, só no in-finitivo de paulicéias do verbo Cintilar esperanças
e sonhos se conciliam ante as dimensões de sua beleza o belo, de seu espírito
aberto ao In-finito.
Não acredita
nisso! Pura poesia tecendo poiesis da uni-versalidade que pulsa em todos os
recantos e cantos... Experimente num instante, numa rua, numa avenida, mesmo
num playground ou pracinha pública, sentir por inteiro o espírito que habita os
seus recônditos interstícios, sentir-se-á carente, ausente, de todo o
resplendor, tudo se lhe figurará vazio, e a alma alça vôos ziguezagueantes à
busca de uma luz, de um brilho que refulja no olhar e lhe mostre o vir-a-ser, a
Paulicéia se revela além do vir-a-ser, além do In-finito, além do eterno,
revela-se no Celeste do Genesis.
A
poesia-paulicéia está sempre em genesis, está por sempre ser concebida, por ser
criada a sua luz, poesia que sonha a poiésis do universal, da universalidade...
#RIODEJANEIRO#,
25 DE JANEIRO DE 2019#
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