#ÉTER NO ESPAÇO INVISÍVEL# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA
Quem dantes
me encaminhou exultação e à minha facção espezinhou sendas desconhecidas,
incognoscíveis, desdenhou horizontes longínquos, saudando comigo o deleite das
patenteadas...
Um deus se
exalta como se o corpo fosse um pensamento. Ao meu lado permanecia quando
desabotoei para o entoo, para os sonidos da existência, para a música de
cânticos de buscas...
Indiferença
imprevisível, obscuras realidades...
Músicas
in-audíveis, medos indevassáveis...
Veracidade
prestes, querença sumida,
Inculpabilidade
furtada, que, como faíscas,
Assolaram
meus esboços, meus devaneios...
Calafrios
que correm dos pés, sussurros
Que se
manifestam audivelmente no vazio
Das horas
inertes, dos minutos e segundos encantoados,
Em que
limite extremo do picadeiro
Silenciam os
meus gestos de clamor,
Em que
extremidade do proscênio
As sombras
cênicas fulguram,
A última
lágrima não há-de ser vertida
De meus
olhos
O último
verso de mim não há-de ser escrito
Por minha
mão,
Mas pelo
éter que se esvai no espaço invisível
Das
palavras, das metáforas, do silêncio,
Pelo
diamante que risca o efêmero,
Esplende o
brilho branco das metáforas e fonemas.
#RIODEJANEIRO#,
22 DE JANEIRO DE 2019#
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