#ALMÁTICOS VERBOS DE QUIMERAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA
Des-vendar
Segredos,
mistérios...
Des-velar
Desejos,
amor...
Des-cobrir
Esperanças,
sonhos...
Des-enovelar
Versos
re-versos às revezes de in-verdades
Re-vezes
in-versas de versos in-certos...
Des-fiar
Linhas,
entre-linhas, além-linhas, mentiras do não-ser,
Ser nada,
ser vazio, ser
Fantasias,
ilusões, quimeras vão-se
O tempo
preenche de idílios o verbo de sonhos,
Ser de mim o
que inda não sou, entregar-me ao amor,
O que de mim
fui ontem morrer ao alvorecer de hoje
Nada de ser
sozinho...
Sou
"Mentira"
- o vazio da solidão tripudia a esperança
Meu Deus!...
A palavra não tem ser.
A morte ou a
loucura? - eis a questão.
A morte -
nada do não-ser, nem existi
A loucura -
nonada do ser, nonsense da liberdade
A plena e
absoluta tragédia do homem
Enclausurado
no abismo das trevas
Meu Deus!...
Quê dor
dilacerante a roer as veias do coração!
Deixei de
viver - o que me foi a vida?
A vida me
foi a agonia do teatro
Na travessia
para o nonsense da contingência cênica.
Eterna...
Interna... Des-eterna...
As cinzas do
eterno
A vida mente
a performance do teatro,
O teatro
finge as luzes da esperança
Tudo,
nada...
Novos tempos
do não-ser...
As minhas
cinzas na sarjeta da eternidade!...
Au
revoir!...
#RIODEJANEIRO#,
17 DE JANEIRO DE 2019#
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