#DE NOVO NOVAMENTE OUTRA VEZ# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA PROSAICO
Os prazeres
criaram raiz, e o que é ensimesmado no olhar encontra explicação, explicitação.
Música
breve, noite longa.
O medo das
insolências
irreverências,
polêmicas,
desaforos
Não me
apoquenta
Rasgo o
verbo de todos
Incinero as
psicologias de cada um,
Contra-respondo
os rancores,
Dilacero os
verbos
Porventura
estejam inscritos,
Nada temo...
Da colina do
silêncio às avenidas
da solidão,
às alamedas
do silêncio,
da
desolação,
a presença
omnipotente e omnisciente
da
con-templação do espaço.
O que
deveria fazer
se o sol das
palavras
incide nos
sofrimentos
da alma
nas dores da
angústia
tristeza,
nos
desesperos do ser e não-ser?
Despeitar o
mundo,
As
coisas!...
No
fundamento do ser, as horas fulguram, desejo de ainda não desejar, sonho de
ainda não sonhar, cada sentimento tem o seu cintilar, cada emoção tem o seu
brilho e cada brilho o seu pro-jeto para além das con-tingências, presença de
relógio insinuada nas palavras que como carros percorrem as ruas, jumentos
puxam diligências, passam, lobos andam em ziguezague no bosque, perspicácia,
destreza, não o fizerem, a presa não será abocanhada. Ponho-me a correr na
praia, venham as ondas a encobrirem-me, venha o mar, fluxos de sensações,
fluxos de sublimes vontades, abro-os todos, mas de todos eu salto, verbo
in-transitivo de ser a liberdade do Uno-Verso.
Oh, mitos
que cultuamos, sentidos re-versos do lúdico e do erótico, falsos, flores
incolores, anjos desleais, infiéis!...
Arquejos
poéticos eruditos, querubins...
Suspirar
suave, comedido, no silêncio da noite, na passagem solitária por entre as
paisagens do in-finito e alhures, palavras e imagens se invadem, aproximam-se,
amantes se entregam plenamente, ouvindo distante tocar MIND GAMES,
compreendem-se, entendem-se, perdem-se em si mesmos, dormindo profundamente na
noite.
#RIODEJANEIRO#,
18 DE JANEIRO DE 2019#
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