SERPENTES PERSCRUTAM AS ADJACÊNCIAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Se no
horizonte
Brilha o
sonho dos desejos,
Êxtase da
carne, volúpia do gozo,
No verbo do
prazer
O corpo
dança o fado do Ser
Amor,
Carinho,
Entrega,
T
e
r
n
u
r
a...
Se no
uni-verso
Cintila a
luz das esperanças,
Difundindo
de modo harmonioso
Querência do
absoluto, clímax do divino,
Desejanças
da verdade que res-plandece
da liberdade
que tremeluz
No verbo
lúdico dos sentidos,
das
percepções,
das
imaginações,
das intuições,
Sentimentos
do eterno espírito do amor
Esplendem de
carícias, toques
A
sensibilidade da alma -
Carente de
finitos e in-fin-itudes -
Alegria,
Felicidade,
Amor de
sonhos do Verbo...
Se no
alvorecer
As pétalas
de rosas des-abrocham
Exalam
perfumes di-versos, ad-versos
Seduzem os
beija-flores a sugarem-lhes
o néctar
O porvir da
beleza, do belo,
O criar
sendas por onde trilhar
Estendidos
nas sendas silvestres
Do pleno à
luz das utopias eternas
Da verdade
absoluta,
O perfume
exalado ao deus-dará
Dos alhures
do tempo apocalíptico
Na roda-viva
do Ser,
No catavento
da Con-tingência,
No
redemoinho da Metafísica
Transcendente
das Travessias Imortais,
Iluminam de
luzes fosforescentes
Os
interstícios do abismo...
Numinam de
cores do arco-íris os auspícios da colina,
Onde os
lobos uivam livres e serenos,
Onde as
serpentes perscrutam as adjacências.
#RIODEJANEIRO#,
31 DE JANEIRO DE 2019#
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