SONIA GONÇALVES ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA A PROSA #PAULICÉIA DE ÁGUIAS#
Boa tarde
Manoel Ferreira Neto que lindoooo! Obrigada pela homenagem maravilhada em
brilhante texto!
Grata por
poetizar minha cidade de pedra, de coração rústico, porém vai se lapidando ano
a ano, assim como teus pensamentos expressados no papel sempre cada vez mais
lindos, de forma mais harmônica, com sentimento poético incontestável. Você é o
máximo Manu, e a obra artística da Graça Fontis só acrescenta! Gratidão para os
dois lindos! Bjos mil👏👏👏👏👏👏😘
Sonia
Gonçalves
Dizem
versos: "Oh, Minas Gerais/Quem te conhece/Não esquece jamais..." Não
deixa de ser verdade. Minas Gerais não é a única neste sentido. Quem conhece
São Paulo, no sentido de aí viver por anos ou alguns, também não se esquece
jamais. Cidade de pedra, de coração rústico, mas inesquecível. Deixei aí
grandes amigos, poetas e escritores todos. O paulistano tem uma característica
inestimável: sendo amigo, é-o em todos os momentos, o que pode fazer para ver o
amigo crescer faz sem titubear - o que não acontece com os mineiros, pois
reinam a hipocrisia e a farsa. Mas há-de considerar: se "pisar na
bola", como vocês paulistanos dizem, não tem segunda chance, as costas
serão viradas para sempre. Ser coração de pedra é mais do que compreensível:
alfim as situações e circunstâncias são realmente duras, difíceis, mas a alma
não se corrompe. A solidariedade paulistana existe, é real, é só encontrá-la.
Vivi cinco anos aí, e jamais me esqueço, está sempre no coração, na alma.
Aprendi as lições que necessitava aprender aí.
Hoje sou
carioca, radicado no Rio de Janeiro, aqui me despedirei da vida. Culturas
completamente diferentes, tomando em consideração São Paulo. São Paulo é
memória, Rio de Janeiro é realidade. Não troco mesmo São Paulo ou Rio de
Janeiro por Minas Gerais, estas habitam o mais profundo de mim. Tenho um
projecto este ano: dar um passeio em São Paulo, deambular pela Avenida Paulista,
por ela sou apaixonado, visitar o MASP. Estimo que realize.
Mergulhei
fundo para compor esta homenagem a São Paulo, compu-la de sentimentos, emoções,
memórias. PARABÉNS A VOCÊ, Soninha Son, PARABÉNS a São Paulo.
Beijos
nossos!
Manoel
Ferreira Neto
*PAULICÉIA
DE ÁGUIAS**
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: PROSA
Não ser esta
sua canção; ritmo e melodia pres-ent-ificando o que fora verdade, o que fora
utopias de outros uni-versais de querenças e travessias, de outras
uni-versalidades do eterno e in-finito, executados nos éritos do tempo, velha
radiola.
Esta canção
de hoje, aqui e agora são performances de um baile, baile de um tempo que
res-plandeceu de buscas e glórias, a roda-viva da in-fin-itude continua
girando, o sonho alça outros vôos. Neblina, chuvinha miúda, garoa perpassando
instantes e momentos, os raios do sol a-nunciando numinarem outros versos
uni-versais, outras uni-versalidades poéticas, cintilâncias das estrelas
re-velando incidirem outros brilhos de esperanças da arte imitando a vida, da
vida imitando e re-presentando a arte. Sonhos dentro de outros sonhos, dentro
de outros de uni-versalidades que componham a lírica poética do amanhã nas asas
do vir-a-ser, paulicéia de águias sobrevoando florestas, abismos, mares à busca
da plen-itude, sentimentos e emoções que se re-criam, re-fazem, re-nascem,
espírito e alma que se concebem noutras miríades de luzes a res-plandecerem nas
ribaltas do perpétuo.
Noite de
neblina, de luzes, de capote longo, chapéu preto, sob o pulsar desvairado do
coração deste uni-verso e horizonte sem limites, sem fronteiras, passos lentos,
vou seguindo a calçada gauche da Avenida Paulista, transeuntes ombreiam-me,
carros passam, o poeta solitário declama e recita seu poema ao léu das
intempéries do quotidiano, o artista das artes cênicas performa sua dramaturgia
de idílios, quimeras, fantasias, amanhã o Teatro Municipal resplandecerá de
luzes, o piano executando a música de outras genesis do uni-versal, saindo das
salas de projeção, inda presentes na alma, no espírito, cenas de outras
realidades, conversas baixas, falas de outros tempos, sorrelfas de outras
utopias, neblina e luzes da arte do uni-versal compondo de ritmos e melodias o
novo alvorecer. Neblina embelezando, neblina concebendo outros passos adiante,
neblina inspirando o porvir de outras paulicéias, ideais da arte, ideais da
paz, ideais do amor, ideais cosmopolitanos do pleno, do ab-soluto, da verdade
que outra não é senão a transcendência de valores, a busca sem limites, sem
fronteiras do além.
A calçada
gauche da Avenida Paulista plenifica-se inteira de horizontes, magia,
esplendor, resplendor, universal-idades e uni-versais.Sigo em passos lentos,
solitário.
#RIODEJANEIRO#,
25 DE JANEIRO DE 2019#
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