Elizabete Regina Garcia De Mello Mello COMENTA O AFORISMO 307 /**DO LADO DE CÁ DO ESPELHO**/
Pode ser, cada destas pessoas sejam o inverso...
Contradizendo o teu verso...
Ao contrário, as pessoas nem sequer ter no hoje,tempo pra si...
É mais agravantes os comportamentos do outro e de si próprio...
Estão preocupados em ser o que o outro quer para si...
Invejáveis ser a disfarce dunas falsificadas em cada ser...
Imitador de Maria vai com outras e caem em calabouços disfarçados de
castelos...
Edificações em áridas planícies sem horizontes...
Espelhos d'atual enganosa hipotecária da vaidade...
Quando caí em fundo silêncio finda a vida...
Averbação suculenta de falso imaginário surreal...
Surto de vivência banal...
Ilusória sedação...
Vivido no submundo da dependência, expiação do eu no outro...
Elizabete Regina Garcia De Mello Mello
#AFORISMO 307/DO LADO DE CÁ DO ESPELHO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Suportem todos a cruz e a existência no deserto, perdido na imensidão do
espaço de areia, nenhum rumo, não destino, gritem contra as lágrimas bobas e
compreenderão que o Criador, fazendo-os rebeldes, quis zombar de cada um de nós
certamente.
Com desespero e essa blasfêmia, torno-me eu, quem quer seja, ainda mais
infeliz, porque a natureza humana não tolera a blasfêmia e acaba sempre por
tirar vingança dela. Assim, a inquietação, a perturbação, a desgraça, tal a
partilha dos homens, após sofrimentos que suportam pela liberdade deles.
Suportemos a cruz e a existência no deserto, nutrindo-nos de gafanhotos
e de raízes; decerto podemos orgulhar-nos dos filhos da liberdade, do livre
amor, de seu sublime sacrifício em nosso nome. Palavras proféticas?!... Não. É
o que sinto neste instante.
É bem fácil recostar-me à cadeira de balanço, fumando um cigarro,
expelindo a fumaça levemente. O tempo contribui com a minha construção, que
está indissoluvelmente ligada com a sensibilidade, frente ao ideal,
transcendência e engenho, busca e entendimento de seu significado.
O riso, meu amigo, é nosso consentimento ao futuro, a todos os sonhos
que construímos num segundo fugaz, mas que deixa em nós uma semente que irá
brotar, se a regarmos. Por isso, assim creio eu, talvez para expressar um medo
que num átimo perpassou minha alma e não pude retê-la na concha de mãos
fechadas, é preciso aceitar certas verdades. Até mesmo admitir e aceitar que a
perda da alegria é a perda de nossa vontade de estar na vida... É preciso
buscar a unidade perdida. Trazer em comunhão, outra vez, o equilíbrio. O que
aconteceu foi você ter aceite a idéia de que a vida é um ato de sacrifício, o
sofrimento é o alicerce da redenção e da salvação. Tudo isto gerado por um
tempo que criou mitos estereotipados na beleza física e no poder material. O
espelho... e não é o olhar das pessoas cobrando que nos disfarcemos. Não aceite
este jogo, nem se descuide, apenas viva do lado de cá do espelho...
(**RIO DE JANEIRO**, 22 DE OUTUBRO DE 2017)
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