#ESTRUTURA DE TEXTO CRÍTICO ENSAÍSTICO E A POLÊMICA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: ENSAÍSTA
Post-Scriptum: Há-de sempre discernir estruturas: a estrutura poética, a
estrutura prosaica, a estrutura ensaística. Cada uma possui o seu universo
particular. E cada um tem a sua própria, conforme o seu estilo e linguagem,
sobretudo os Críticos Literários, conforme a sua formação acadêmica, conforme a
sua visão sensível literária, filosófica, poética.
Segue ipsis litteris e ipsis verbis uma polêmica com relação a autoria
crítica. (Manoel Ferreira Neto)
Maria Isabel Cunha Uma observação, escritor Manoel Ferreira Neto. Li,
neste resumo de críticas realizadas por alguns comentaristas, excertos de minha
autoria que o escritor alude a outrem , omitindo o meu nome. Sou humilde e
despretensiosa, mas não gosto de atitudes menos corretas. Isto já não é a
primeira vez que acontece . Se não lhe mereço apreço, por favor, omita o meu
comentário, mas não o atribua a outra pessoa. Obrigada.
Manoel Ferreira Neto Sim. O que observaste tu, Maria?
Maria Isabel Cunha "O escritor polémico e abstrato na sua
dialética, dada a erudita linguagem que utiliza e os princípios filosóficos de
que dispõe, torna-se inacessível e até um pouco fastidioso para o leitor comum
que encontra dificuldade em concentrar-se e até consegu...Ver mais
Maria Isabel Cunha Estes excertos são de minha autoria, o autor omite o
meu nome. Já o fez noutras situações em que me designa "Uma Amiga disse:,
a amiga tem nome. Sou "roseira brava", singela, mas verdadeira,
autêntica e "o seu a seu dono".
Manoel Ferreira Neto O que está escrito acima não é seu? Não são
misteres estardalhaços assim, Maria. O texto inda não está oficialmente
publicado. Acontece que este texto fora escrito ano passado, estou revisando-o,
e ano passado você não reclamou a sua autoria.
Maria Isabel Cunha Ora aqui está! Há muitos textos seus que eu não tenho
tempo de os ler. Acontece que li este e dei por esta falha.
Manoel Ferreira Neto Era só dizer-me as falhas. Estou tratando das
revisões. Reafirmo: o texto não está oficialmente publicado. Bem... melhor
excluir esta publicação. Há outro ensaio filosófico meu que pode substituí-lo.
Maria Isabel Cunha E, já no seu livro de Aforismos ,cita algumas vezes
pensamentos meus ou expressões minhas e apenas me designa como "Amiga
disse " Ora como cita nomes de outros autores, por que não citar o meu?
Repito, se não me considera ao seu nível, não transcreva os meus dizeres ou
pensamentos. OBRIGADA.
Manoel Ferreira Neto Neste Aforismo agora, seu nome está revelado:
"...neste texto BÁRATRO DA ALTIVEZ, conforme o comentário da escritora e
poetiza Maria Fernandes revela com nitidez e transparência a questão de
necessitar cingir-se ao seu estilo, vivência e instrução (nat...Ver mais
Maria Isabel Cunha Não faço menção que me cite, apenas que seja
fidedigno aos verdadeiros autores. Cheguei a assinar os meus poemas com Maria
Fernandes, mas nunca as minhas obras. Sou Maria Isabel Cunha. Não me considero
altiva, muito pelo contrário, mas sou fiel e cons...Ver mais
Manoel Ferreira Neto Cônscio sempre do que significa a crítica dos
críticos sobre minha obra, o que significa para ele a sua posição, a sua
opinião. Qualquer deslize sobre a crítica à minha obra, interfiro radicalmente,
como o fora com o poeta Paulo Ursine Krettli: bloqueei-o por desrespeito e
negligência.
Maria Isabel Cunha Se me quiser bloquear, está no seu direito.
Aceitarei, pois é da Sua Vontade.
Manoel Ferreira Neto Não se trata de desfazer amizade por esta questão.
Trata-se apenas de esclarecimento. Não sou infantil, MARIA ISABEL FERNANDES
CUNHA, MARIA ISABEL CUNHA. Jamais a bloquearei. O que estava por ser
esclarecido, creio está-lo agora. Ou não?
Maria Isabel Cunha Ora qui está a verdadeira palavra
"esclarecimento" e foi isso o que eu fiz ao reivindicar o que me
pertencia como autora dos comentários acima indicados.
Manoel Ferreira Neto Seu nome está citado sim, como lhe indiquei acima,
a parte que reclama sua autoria está logo após o citado. Somente uma questão de
estrutura do texto.
Maria Isabel Cunha Tudo esclarecido, daqui lhe envio um Abraço de
"AMIGOS SEMPRE"
Manoel Ferreira Neto O que havia a ser esclarecido, está feito. Seja
como for, este texto não será publicado mais. Estou de saída; retornando,
excluirei.
Maria Isabel Cunha Faça o que entender, mas não vejo motivo para o
excluir. Nunca se esqueça, Manoel Ferreira Neto, tenho poucos AMIGOS, o
escritor é o autor dos prefácios dos meus dois livros editados. Sinto por si,
além de AMIZADE, muita gratidão e consideração, a quem reconheço um elevado
mérito nas Letras.
Manoel Ferreira Neto As modificações feitas no corpo do texto, Maria
Isabel Cunha, creio que afastam as suas reclamações de omissão de sua autoria,
embora a estrutura do texto fique prejudicada, mas tudo bem. Se futuramente
houver necessidade de esclarecer estas modificações, posso fazê-lo com
transparência.
Maria Isabel Cunha Manoel Ferreira Neto , sei dar a mão à palmatória,
meu querido e digníssimo escritor e amigo! Reli o texto e tem toda a razão,
aceite, por favor, o meu pedido de desculpas. Uma Boa Noite. Amigos Sempre
#AFORISMO 285/DISCURSO POÉTICO E EU-POÉTICO NA OBRA DE MANOEL FERREIRA
NETO SEGUNDO A CRÍTICA LITERÁRIA#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
O autor reflete sobre a viagem no NADA, através das paisagens: “
Con-sintamo-nos viajar na viagem do nada ao Vazio, con-templando a paisagem do
horizonte, do uni-verso. Somos enviados ao In-finito. Deixar a viagem ser este
envio por todas as vias da paisagem é a poesia dos viajantes. “
O sentir poético é a mola propulsora para o poeta. Ele não se preocupa o
fazer poético com a gramática do escrever, mas com o sentir na infinitude do
universo, passeando sua alma nas imagens sagradas das paisagens terrenas,
transcendendo o seu estado d´alma para o além do horizonte visto e sentido.
O discurso poético se encerra na paisagem:
A Neblina ora esconde, ora sopra ao “Eu poético” os caminhos nebulosos
do NADA, rumo ao iNFINITO das Verdades e Incertezas do Ser; a paisagem
silvestre, traz o poeta à realidade do Ser e não-ser; o Vento canta a melodia
que anuncia a passagem do Tempo, caminhando entre as montanhas...
A dança entre o Ver do poeta e o Sentir do “Eu poético”; entre o Ser e o
Não-Ser; O Nada e o Tudo,O Finito e o Infinito; ... são os elementos em que
resultam a poesia propriamente dita:
“O pensar que a-colhe a palavra, o sentir que a-colhe o in-finito - tentar
redizer é poesia, pensamento originário. Relação originária entre a poesia e o
pensamento, movimentando-se no Ser como dizer, o logos no sentido heraclitiano
e fundamental do homem e a existência, entendida na forma de compreensão do
Ser,”
O autor descreve sobre a irremediável constatação de que Não há como
existir poesia, a não ser que existam o poeta e a alma poética:
“ Assim o "eu poético" se a-nuncia, iniciando a viagem para o
seu conhecimento que só acontece com o exercício da prática poética, o escrevinhar
poesias em harmonia com o quotidano das con-tingências.”
A poesia está guardada na alma do poeta e é dela (alma poética) que
depende o suscitar do Belo!
O poeta é o instrumento essencial para fazer insurgir o “Eu poético” à
revelação do verbo Ser.
Na busca pelo Belo poético tem de haver, então, a Katarse entre o poeta
e o “Eu poético”:
“A realização estética é uma criação, porque dá um sentido à terra,
fazendo comungar o homem do acontecimento que é a irrupção da verdade. O
artista também não domina o ato da criação artística;; ele é sempre
ultrapassado pela obra”
É nessa comunhão que reside o Sagrado: O divino se manifesta no “Eu
poético” e no poeta a transcender à lógica dos recursos lingüísticos dominados
pelo poeta.
Daí, revela-se a Verdade! Caminhando no Nada, abstraindo o Tudo: A
existência divina.
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Ana Sofia Carvalho, interpretando e analisando o texto BÁRATRO DA
ALTIVEZ, fornece-nos uma das perspectivas da obra do escritor, da palavra à
"filosofia da palavra", a busca da estética, consciência-estética,
poiésis e poiética, pres-ent-ificando-se em toda obra, da estética ao Verbo do
Ser. O processo desta caminhada do escritor em sua jornada é sine qua non.
Assim, diz a crítica, comentarista Ana Sofia Carvalho:
"Poderia referir-me a este texto como "A filosofia da
Palavra" mas talvez seja mais acertado falar de "exegese da filosofia
da palavra", uma espécie de relato do Big Bang da linguística pensada e
escrita (não tanto, penso, falada) que nos transporta numa espécie de viagem
temporal e espacial de desenvolvimento do ser da palavra até à sua
materialização como tal.
Ademais, a destreza quase crua do texto - como me parece ser a nota
singular do autor - não abdica dos aspetos estético-literários, mediante a
utilização fértil de metáforas e figuras de estilo de enorme beleza.
Uma última nota: conheço e admiro dois grandes escritores que me parecem
partilhar consigo uma outra característica muito sui generis: a capacidade de
reinventar a língua, ou melhor, o léxico, criando novas palavras: falo de
Saramago e Mia Couto, cada um à sua maneira, e no caso do Nobel já
desaparecido, a criatividade não tanto do léxico, mas semântica ( através de
uma reinvenção da prosa, recorrendo a uma nova caligrafia e pontuação frásica,
sem recurso a vírgulas, pontos aspas ou travessões - tema que daria pano para
mangas...).
Em outro texto do escritor, IDÍLIOS DA VERDADE, a
artista-plástica(pintora) e poetisa Graça Fontis esclarece os aspectos
estético-literários, referido por Ana Sofia Carvalho: o silêncio que habita na
filosofia da palavra é uma reflexão acerca da dialética da filosofia da
palavra, a desejância da Estética, que é uma vertente-vereda para a Filosofia
da Estética e da Poesia.
"Onde o silêncio se faz voz numa reflexão passiva; assumindo o
lugar do nada aquém do advir, transforma-se literalmente numa dialética suave à
mercê do tempo que se arrasta preguiçosamente sobre mar, campos e melodias,
devaneando, feito em asas sobrevoando o todo à procura de algo ainda que...um
mistério dentro desse universo. ..corpo...alma...Ser?...
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Mas, o escritor na continuidade de seus pensamentos, idéias, desejando a
Estética, a Consciência-Estética, necessita dos significantes para trans-mitir
a luz que habita no silêncio para versar e compor as sendas para a realização
desta intenção, projeto, necessita criar, re-criar, in-ventar, re-in-ventar a
línguística, a semântica, neste texto BÁRATRO DA ALTIVEZ, conforme o comentário
da escritora e poetiza Maria Fernandes, #MARIA ISABEL FERNANDES CUNHA#, revela
com nitidez e transparência a questão de necessitar cingir-se ao seu estilo,
vivência e instrução (natureza da existência):
"Para compor um poema, quantas ideias sobressaltam o autor que
procura os significantes mais cintilantes, deslumbrantes, ousados, eruditos,
mais apropriados para a mensagem que deseja transmitir ao leitor, mas nem
sempre surge a musa inspiratória e se contenta com outros menos soberbos, menos
imponentes e o poema que desejou deslumbrante, apenas lhe parece um arremedo
insignificante, perante a luz que lhe disparou na mente, aquando da iniciação
do mesmo.Logo, o autor de uma obra desconhece em absoluto a aceitação do leitor
perante a mesma. O sensato será ser autêntico, cingindo-se ao seu estilo,
vivência, aptidão e instrução (natureza da existência)."
O escritor polémico e abstrato na sua dialética, dada a erudita
linguagem que utiliza e os princípios filosóficos de que dispõe, torna-se
inacessível e até um pouco fastidioso para o leitor comum que encontra
dificuldade em concentrar-se e até conseguir terminar a leitura dos seus
textos, dada a sua prodigiosa concentração do saber adquirido, inteligência e inspiração
invulgares.
Um ser inquieto com a própria existência, pesquisa no seu próprio ser e
em tudo o que o circunda respostas para a sua existência. Busca nos mananciais
de cultura existentes, desde a antiguidade: Bíblia, Evangelhos, obras de
autores consagrados respostas para as suas inquietações, mas apenas encontra
in-verdades, mentiras seculares ou ambiguidades como resposta para as suas
inquietações.
Deseja a sublimação do amor e toda a sua envolvência em consonância com
o ser/existente, mas encontra falsidades que lhe provocam tristeza, lágrimas e
uma sociedade com ausência de carácter, sem espiritualidade.
Na procura da verdade do Ser/Existente vê-se pó e luz, faltando-lhe
porém, o conhecimento da continuidade no tempo do seu próprio Ser.
Grande e perspicaz observador de tudo o que o rodeia, é um crítico
imparcial, sagaz, conseguindo penetrar na alma e perscrutar os seus segredos
do(s) autor(es) através das suas obras.
Não admite a finitude do Ser, mas sim a plenitude do mesmo, no encontro
Vida/Morte, onde o Ser tomará consciência de toda a sua magnitude.
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Exatamente o que concerne aqui...agora...o canto extraordinário,
exorcizado...belo e pleno. ..Porquanto...outros dormem...a mente vagueia nos
interditos inexplicáveis da alma ...Espírito!...Não pensem ser fácil ao
leitor!...Discernir num átimo o contexto verbalizado ...a carga estereotipada,
metamorfoseada...sentimentos, sensibilidades e emoções em cada verbo, palavras,
frases e pontuações. ..Ah, sim...ler e reler... viajar dentre linhas
assimilando os sentidos com alegria prazerosa por conhecer ou tentar ao máximo
uma aproximação do aparentemente indecifrável. ..Quiçá venhamos finalmente com
sucesso penetrar nessa viagem lúdica e contemporânea abrangendo uma linguagem
poética, limpa e terna...tornando luz o antes obscuro e inimaginável. ..após.
..adentrarmos neste percurso...o irreal torna-se real...o todo apresenta-se em
seu coração ou...É o escritor se apresentando a dizer..a que...por que
veio...mostrando através das palavras o tão sonhado mundo...sem limites. .. sem
fronteiras e sem razão...simples e categoricamente. ..viver/vivendo
filosoficamente a sua... toda existência intrínseca mergulhada numa
subjetividade que há muito ainda que se investigar!..
Respeitante ao nada e a arte do escritor, Manoel Ferreira Neto, apraz-me
verbalizar, que estimar letras impõe abnegação, afinal, a literatura não
auxilia para nada. De outro modo, nem tudo carece auxiliar para factos: há
realidades que despendem finalidade, que duram somente para aformosear a
existência, para apontar a susceptibilidade de quem não se satisfaz unicamente
com aquilo que é verídico. A arte, em comum, e a literatura, em peculiar, são
acções cuja dimensão habita nessa excelsa “ineficácia”. A literatura é
usufruto, é submergir no deleite que os textos conseguem presentear. O deleite
belo que as letras facultam convertem-nos mais concentrados àquilo que é
intangível, converte –nos susceptíveis aos padecimento do planeta.
Nas letras achará distintos itens sobre o dom literário, e os
componentes que a estabelecem, cláusulas que facultarão a qualquer ser, uma
jornada para um cosmos onde só os enormes espíritos conseguem contemplar. (Ana
Júlia Machado)
(**RIO DE JANEIRO**, 17 DE OUTUBRO DE 2017)
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